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Combate à fome é prioridade de força-tarefa, afirma CEO da JBS em evento do G20
Gilberto Tomazoni expressa apoio à Aliança Global por segurança alimentar, prioridade do Brasil na presidência do grupo que reúne as maiores economias do mundo

Na busca de aprimorar os sistemas alimentares, os países terão como desafios erradicar a fome, ampliar a produtividade, melhorar a vida das pessoas que fazem parte dos processos de produção, promover a sustentabilidade e tornar o alimento acessível. Para que tudo isso ocorra, será necessário enfrentar o desafio das barreiras comerciais, que elevam os preços dos alimentos em algumas regiões do mundo, apontou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, na segunda-feira (29).

CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni: “Nosso agronegócio moderno adota tecnologia de ponta, mas ainda temos uma enorme oportunidade de levar essas inovações aos pequenos produtores” – Fotos: Divulgação/JBS
Os pontos foram trazidos na apresentação de Tomazoni como head da força-tarefa de Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura no lançamento do B20 Brasil – braço empresarial da G20 – no evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Tomazoni disse que a força-tarefa que coordena pretende considerar o comércio internacional com práticas justas como um mecanismo para sistemas alimentares inclusivos e como incentivo para produtores adotarem tecnologias modernas e sustentáveis.
Tomazoni expressou total apoio ao enfrentamento da fome como a principal prioridade da presidência do G20 pelo Brasil neste ano e à criação da Aliança Global em torno do tema. O CEO da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, é o líder de uma das oito forças-tarefas definidas pelo B20, que conecta a comunidade empresarial aos governos do grupo que reúne as maiores economias do mundo, o G20.
A missão de cada força-tarefa é elaborar sugestões do setor privado que influenciem o processo de tomada de decisões nas pautas prioritárias dos respectivos governos. Todos os trabalhos serão orientados pelo tema “crescimento inclusivo para um futuro sustentável” e pelos seguintes pilares: promover o crescimento inclusivo e combater a fome, a pobreza e as desigualdades; promover uma transição justa para uma economia net zero; aumentar a produtividade por meio da inovação; promover a resiliência das cadeias globais de valor; e valorizar o capital humano.
Tomazoni destacou que o restabelecimento da força-tarefa de Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura, que esteve ativa pela última vez em 2018, é um marco no compromisso do B20. Os sistemas alimentares representam 10% do PIB global e 35% dos empregos em todo o mundo. A essa importância inconteste há contrastes intensos: 2,3 bilhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar no mundo, o setor, contribui com 30% das emissões de gases do efeito estufa e são responsáveis por 80% da perda de biodiversidade.
Tecnologia de ponta para pequenos produtores
A força-tarefa que Tomazoni lidera tem como principais objetivos, neste primeiro momento, identificar as ações mais críticas para empresas e governos transformarem os sistemas alimentares e agrícolas globais e recomendar políticas que possam apoiar as comunidades empresariais globais a acelerar as mudanças necessárias.
Entre as possíveis ações apresentadas por Tomazoni estão aumentar a produtividade e eficiência, possibilitar práticas comerciais mais justas que visem alcançar a segurança alimentar global, promover métodos de produção mais sustentáveis e fomentar um quadro global-local público-privado para coordenar esforços de financiamento para a transformação.
O líder da força-tarefa de Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura disse que o Brasil está em posição privilegiada para contribuir para essa agenda e catalisar seu impacto. “Nosso agronegócio moderno adota tecnologia de ponta, mas ainda temos uma enorme oportunidade de levar essas inovações aos pequenos produtores, recuperar terras degradadas, adotar práticas regenerativas e ser uma ferramenta para ajudar o mundo a alcançar uma maior segurança alimentar.”
Como o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, segundo maior produtor de biocombustíveis e um dos principais países em tecnologia agrícola, o Brasil deve fazer o máximo para proteger seus recursos naturais não somente para alcançar seus objetivos locais, mas também para contribuir para a transformação dos sistemas alimentares globais e para enfrentar o desafio da fome e garantir que os objetivos do B20 sejam alcançados.
Na abertura da reunião no Rio, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, corroborou o papel do país em relação aos sistemas alimentares. “O Brasil pode fazer toda a diferença nesse momento, de pós-pandemia, alta de inflação e guerra. Segurança alimentar, segurança energética, a agenda do clima são temas em que o Brasil é protagonista e para os quais podemos dar grandes contribuições para o mundo”, disse.
Alckmin elogiou o formato de B20, em que a sociedade civil propõe soluções para uma série de desafios. “Vamos tratar de transição enérgica, alimentação sustentável, emprego e educação, comércio, desenvolvimento, compliance, transformação digital, finanças e infraestrutura, além de inclusão e diversidade”, afirmou.
O painel de apresentação das forças-tarefas e do conselho de ação do B20 Brasil também contou com Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer (força-tarefa de Comércio e Investimentos); Walter Schalka, CEO da Suzano (Emprego e Educação); Ricardo Mussa, CEO da Raízen (Transição Energética e Climática); Fernando de Rizzo, CEO da Tupy (Transformação Digital); Luciana Antonini Ribeiro, sócia-fundadora da EB Capital (Finanças e Infraestrutura); Claudia Sender, integrante do Conselho de Administração de várias empresas de capital aberto (Compliance e Integridade); Paula Bellizia, presidente de Pagamentos Globais na EBANX (Mulheres, Diversidade e Inclusão nos Negócios); e Constanza Negri, gerente de Diplomacia Empresarial e Competitividade Comercial na CNI, sherpa (facilitadora) do B20.

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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro
Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.
No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.
No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.
Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.
A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil
Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.
Planilha de Custos
Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS
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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira
Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel
Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.
Exemplo
O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.
Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.
A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro
Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.
Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol
Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.
Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.
Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.
Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.
A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.
Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”
Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.
“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.
Atrações
Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.
“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.
Critérios de avaliação
Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.



