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Com série de encontros, IDR-Paraná promove protagonismo feminino no campo

Durante o mês de maio o IDR-Paraná atendeu de maneira especial o público feminino, em comemoração à Semana da Mulher do Campo. Diversas atividades mobilizaram mulheres rurais de todo o Estado. Foram realizados encontros, reuniões e eventos com o objetivo de valorizar o trabalho das produtoras, divulgar informações técnicas, além de incentivar a especialização.

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O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater tem na sua natureza a assistência ao produtor rural, apoiando-o na viabilização de projetos que beneficiem toda a sua família. Durante o mês de maio o IDR-Paraná atendeu de maneira especial o público feminino, em comemoração à Semana da Mulher do Campo. Diversas atividades mobilizaram mulheres rurais de todo o Estado. Foram realizados encontros, reuniões e eventos com o objetivo de valorizar o trabalho das produtoras, divulgar informações técnicas, além de incentivar a especialização.

Fotos: Divulgação/IDR-Paraná

No início do mês, dia 9, o município de Japira abriu a programação e recebeu uma visita especial: 328 cafeicultoras de doze municípios do Norte Pioneiro. Elas participaram do 10º Encontro Mulheres do Café. O evento marcou o início da colheita de café na região e também foi um momento de celebração para as participantes. Na ocasião foram entregues certificados às campeãs do Concurso Cup das Mulheres do Café do Norte Pioneiro, além de 50 máquinas de colheita para as sócias da Associação das Mulheres do Café (AMUCAFE) adquiridas com recursos da Itaipu.

Em São Jorge do Oeste as mulheres participaram, no dia 16, de um evento organizado para que elas pudessem discutir questões do seu dia a dia. “O Campo sob o olhar feminino”, idealizado pelo IDR-Paraná em conjunto com a prefeitura, reuniu 400 mulheres de toda a região Sudoeste no Centro de Eventos dos Lagos do Iguaçu. Elas tiveram a oportunidade de participar de atividades culturais, palestras e oficinas. Uma mesa redonda destacou trabalhos relevante das mulheres na agricultura do Sudoeste. São produtoras de queijo, frutas, peixes e grãos.

“Demos ênfase em como a mulher pode se destacar e se profissionalizar na atividade. Fizemos provocações de todas as maneiras, desde a parte técnica, passando pela parte cultural e também emocional. Essa é a mensagem do Sistema Estadual de Agricultura”, afirmou Rosane Dalpiva Bragatto, gerente regional do IDR-Paraná de Pato Branco.

Em São José dos Pinhais, 345 mulheres de 11 municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) se reuniram no dia 24 durante o evento “Amigas das Hortaliças”. O objetivo foi destacar a força do trabalho feminino, bem como repassar informações técnicas para que as mulheres possam se aprimorar tecnicamente. A produção sustentável de hortaliças foi o principal tema, já que a atividade é uma das fontes de renda e ocupação de mão de obra na RMC.

Na oportunidade, a primeira-dama, Luciana Saito Massa, lançou o programa Mulheres do Campo, que tem o objetivo de promover a autonomia econômica das mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade no campo. Para isso, serão colocadas em prática as políticas públicas voltadas à inclusão produtiva e qualificação dos processos produtivos e econômicos no Estado. O programa será coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família, que vai definir os critérios de seleção das beneficiárias.

Entre as diretrizes do programa Mulheres do Campo estão facilitar o acesso a programas de fomento produtivo, ao crédito rural, a capacitação as mulheres para gestão e cooperativismo, o desenvolvimento e divulgação de tecnologias sociais e sustentáveis, priorizando a participação em programas de compras públicas da agricultura familiar.

Em Umuarama, 50 mulheres participaram de um evento de capacitação em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária-Noroeste, no dia 23. A iniciativa faz parte do programa estadual Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança. A intenção é formar lideranças femininas com capacitações e divulgação de práticas inovadoras relacionadas à saúde, combate à violência contra as mulheres, empreendedorismo, agricultura familiar, além do atendimento a mulheres que estão em situação de vulnerabilidade social.

A pesquisadora Kátia Fernanda Gobbi, do IDR-Paraná, disse que as mulheres estão cada vez mais ocupando seus espaços no agronegócio e que uma pesquisa entre esse público mostrou que vem crescendo o interesse delas em assumir a gerência e participar mais das tomadas de decisão no meio rural. “Uma das preocupações das mulheres é a melhoria na capacitação profissional e também da produtividade das propriedades. Nesse evento a gente tentou ligar as duas coisas”, afirmou.

Para o gerente regional do IDR-Paraná, Rafael Meier de Mattos, o evento reforçou o compromisso do Instituto com as mulheres do campo. “O que vivemos em Umuarama foi a confirmação de que as mulheres estão, cada vez mais, buscando conhecimento e tomando o espaço que já era delas, mas que agora ganha força a cada dia“, disse.

Na região de Ponta Grossa, 450 mulheres participaram dos encontros realizados em Ventania, Piraí do Sul e Palmeira. Na pauta de discussões estiveram temas como a valorização da mulher, saúde feminina, desenvolvimento e auto estima e políticas públicas voltadas às produtoras rurais..

Na segunda-feira (27), mais de 200 produtoras participaram do I Encontro das Mulheres do Agro, em Paranavaí, cujo tema principal foi o Turismo Rural. O encontro buscou mostrar como o setor agropecuário pode ser beneficiado com o turismo, melhorando a renda das famílias rurais e favorecendo a sucessão rural. “A região tem um grande potencial para o turismo rural, porém nem sempre as famílias percebem a oportunidade ou não sabem como iniciar o processo para ter sucesso na atividade”, afirmou José Jaime Lima, gerente regional do IDR-Paraná de Paranavaí.

No dia 28, as mulheres de Catanduvas se reunirem num encontro para discutir empreendedorismo. Na mesma data lideranças de Laranjeiras do Sul reuniram 330 produtoras, de dez municípios, para conversar a respeito de previdência rural, políticas públicas dirigidas às mulheres, protagonismo e resiliência feminina.

“As mulheres sempre são atuantes na hora da tomada de decisões sobre algum assunto da família ou da propriedade. Elas trabalham ativamente e queremos motivá-las a ocupar o espaço em funções de comando”, destacou Deomar Fracasso, gerente regional do IDR-Paraná em Laranjeiras do Sul. O encontro contou com a parceria da prefeitura de Laranjeiras do Sul, Sicredi Grandes Lagos, Cresol Vale das Águas, Sementes Pioneer e Coprassel, além da colaboração das prefeituras dos municípios da região.

Na quarta-feira (29) foi a vez das produtoras de Itaipulândia se reunirem para conhecer as linhas de crédito para a mulher rural e casos de mulheres que conseguiram sucesso na atividade agropecuária. Em Astorga, o IDR-Paraná também organizou o 2º Encontro Técnico de Mulheres Rurais. As cerca de duzentas produtoras inscritas discutiram sindicalismo, a Lei Maria da Penha, políticas públicas para as mulheres e a saúde feminina. Ainda na quarta-feira aconteceu o 1º Encontro de Mulheres Rurais de Jesuítas.

Fonte: AEN-PR

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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