Conectado com

Notícias

Com safrinha e novos mercados, milho brasileiro ganha força

País tem investido no plantio da cultura em uma espécie de dobradinha com a soja. Com safra recorde esperada, especialistas acreditam que brasileiros vão manter os compradores conquistados nos últimos dois anos.

Publicado em

em

Foto: Olímpio de Oliveira Ferreira Filho/Embrapa Milho e Sorgo

A produção do milho tem ganhado força no Brasil nos últimos anos e deve seguir assim nesta safra, que instituições esperam ser de novo volume recorde. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de milho deve chegar a 125 milhões de toneladas em 2022/2023, alta de 10% frente ao período anterior.

O bom desempenho se deve em grande parte à chamada ‘safrinha’, que nasceu pequena, mas hoje é responsável pela maior parte do volume produzido de milho no país. Por conta da safrinha, mesmo com o impacto da seca na chamada primeira safra, colhida na região Sul, o volume total brasileiro ainda deve ser suficiente para o mercado interno e externo.

Há algumas décadas, o Brasil começou a plantar a safrinha no Centro-Oeste, intercalando a sua produção com a da soja. Assim, o País aproveitou o clima quente de estados como Goiás e conseguiu produzir milho inclusive durante o inverno. Essa produção otimizada de duas culturas em uma mesma área torna o crescimento do milho no Brasil uma questão estrutural. “Veio para ficar”, afirma Enilson Nogueira, analista-chefe de mercados agrícolas na consultoria Céleres.

Para Nogueira, a dobradinha na produção milho e soja da safrinha torna a produção mais competitiva. “O custo fica mais baixo em relação a outros países. E o fato de termos ganhado espaço no mercado internacional é questão de preço competitivo, e modelo de negócios otimizado de duas safras”, destacou Nogueira.

Segundo ele, outro fator a se destacar é o crescimento de área dedicada à cultura. “Devemos ter, na safra de inverno, 1 milhão de hectares a mais. Temos esse incentivo em resposta à rentabilidade. Os produtores estão vendo preços ainda atrativos e aí a coisa fica interessante porque é essa cultura que direcionamos para exportação, inclusive para países árabes”, disse Nogueira.

Exportação em alta 
O especialista lembra que o excedente produzido deve resultar em alta também nos embarques ao exterior. “Se confirmado [o recorde em produção], e temos um caminho longo até lá, vemos um cenário do Brasil exportando de 49 a 50 milhões de toneladas entre o final de 2023 e começo de 2024, que é um recorde também. E na prática, a partir do momento que temos uma produtividade elevada, ganhamos competitividade internacional”, pontuou ele.

As exportações brasileiras ganharam um gás nos últimos anos, quando o Brasil ganhou mais espaço no mercado exterior, e abocanhou mercados como a China. O movimento aconteceu principalmente por fatores externos como o conflito na Ucrânia, que até então era o segundo maior exportador de milho do globo, e intempéries climáticas como a seca que atingiu os Estados Unidos.

Para o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), André Sanches, o crescimento estruturado do milho foi a base para que o Brasil conseguisse agora exportar mais ao mundo. “No ano passado, enquanto os outros players estavam sofrendo com questões climáticas, o Brasil se beneficiou de um recorde colhido e acabou abastecendo o mercado global. Esse ano tem uma perspectiva de colher recorde também. O Egito, por exemplo, foi o quarto maior comprador, e a Arábia Saudita comprou mais de 1 milhão de toneladas do milho brasileiro. O Brasil tem se destacado pela capacidade de produtor e por comercializar a preços competitivos”, concluiu Sanches.

Mas será que é possível manter os novos compradores que vieram nas últimas safras? “Não vemos uma mudança de cenário. [A produtividade do Brasil] é uma tese estrutural, uma conjuntura. Além de estruturalmente sermos competitivos, países como a China já começaram a buscar o milho brasileiro”, concluiu Nogueira, lembrando a demanda do gigante chinês, que vem cada vez mais buscando produto no exterior, e se torna agora concorrente de nações árabes pelo milho brasileiro.

Fonte: Ascom Anba

Notícias

Jornalistas da América do Sul conhecem soluções e pesquisas para sustentabilidade da agropecuária brasileira

Evento deu oportunidade para que jornalistas de países da América do Sul participassem de debates com especialistas sobre este e outros assuntos que impactam o cenário do agronegócio global.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Embrapa

Como o investimento em ciência e inovação posicionou a agropecuária brasileira como benchmark global, aliando produtividade e conservação ambiental, foi um dos destaques da “2ª Press Tour da BASF Soluções para Agricultura”, realizado em Santo Antônio de Posse, SP, no dia 6 de novembro. O evento deu oportunidade para que jornalistas de países da América do Sul participassem de debates com especialistas sobre este e outros assuntos que impactam o cenário do agronegócio global, como as mudanças climáticas e a adoção de tecnologias inovadoras nos sistemas de produção, destacadamente do cultivo de grãos

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Num painel mediado por Marcelo Batistela, vice-presidente da BASF Soluções para Agricultura Brasil, Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, e Luiz Fernando Gutierrez, consultor de mercado especializado em soja e milho da Safras & Mercado, discutiram questões importantes para o agronegócio. O foco da conversa foram temas como sustentabilidade e as dinâmicas atuais do mercado agrícola.

Spadotti apresentou dados que demonstram o atual cenário do uso e ocupação das terras no Brasil, ressaltando a contribuição dos produtores de soja para a preservação ambiental. Análises da Embrapa Territorial mostram que as áreas destes imóveis rurais estão reservadas à manutenção da vegetação nativa e seus respectivos serviços ecossistêmicos, como a preservação da fauna, flora e recursos minerais, inclusive a água. Ao cumprir a legislação vigente, destacadamente o Código Florestal Brasileiro, o produtor rural brasileiro, dentre os quais os sojicultores, dedicam cerca de 33% do território brasileiro, ou 49% dos seus imóveis, à preservação da vegetação nativa. “Boa parte destas áreas são aptas para a produção de alimentos, fibras ou bioenergias, mas os produtores as imobilizam em prol da biodiversidade animal, vegetal e mineral”, destaca Spadotti.

Ele também comentou sobre práticas sustentáveis que aumentaram a eficiência agropecuária da produção brasileira e reduziram o impacto ambiental, como o plantio direto, a fixação biológica de Nitrogênio e os sistemas integrados, com destaque para a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Spadotti mencionou ainda a importância de novas tecnologias e boas práticas, como o melhoramento genético, a edição gênica e o uso correto de insumos e defensivos agrícolas para ampliar esses resultados. “Ainda existe uma grande amplitude de produtividade entre os produtores mais tecnificados da média nacional. Nosso papel é não só gerar tecnologias adaptadas aos biomas e tipologias de produtores, mas fazer com que elas sejam transferidas e implementadas junto aos nossos homens em mulheres do campo”, ressalta o chefe da Embrapa Territorial.

A conversão das pastagens brasileiras degradadas é outra oportunidade promissora, capaz de aumentar a produtividade sem expandir a fronteira agrícola. Spadotti detalhou o Plano Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, um programa do Governo Federal que visa transformar mais de 40 milhões de hectares em áreas produtivas nos próximos 10 a 15 anos. Dentro desse programa, a Embrapa Territorial contribui com estudos para avaliar a aptidão agrícola de pastagens, considerando o seu nível de degradação, e a repartição territorial destas áreas em função do tamanho dos imóveis rurais. Será um elemento-chave no direcionamento e alocação dos recursos desta política pública.

Em relação às mudanças climáticas, Spadotti informou que a Embrapa vem trabalhando em duas frentes: mitigação e adaptação. Para amenizar os efeitos climáticos, ele deu exemplos de boas práticas, como agricultura regenerativa, soja e carne de baixo carbono, e os sistemas integrados. Para adaptação, a Empresa propõe uma rede de agrometeorologia e genética, cada vez mais adaptada às mudanças climáticas, focadas nas grandes culturas, como soja, milho e trigo e outros cultivos, como frutas, hortaliças e também bioinsumos.

Visão dos jornalistas estrangeiros 

Com várias visitas ao Brasil, o jornalista paraguaio David Mencia já estava familiarizado com o trabalho desenvolvido pela agricultura brasileira, mas contou ter se surpreendido com a informação de que as áreas de pastagens degradadas possuem potencial para serem reintegradas ao sistema de rotação. “Isso demonstra que o Sistema de Semeadura Direta, ou Plantio Direto, continuará a se expandir como modelo conservacionista”, afirmou.

Já a jornalista argentina Carola Urdangarin, inicialmente, associava a agricultura brasileira a um modelo mais voltado para altos rendimentos, semelhante ao dos Estados Unidos, com foco menor em práticas sustentáveis. No entanto, ao comparar os sistemas produtivos de seu país com os do Brasil, ela percebeu semelhanças. Assim como os produtores brasileiros, os agricultores argentinos também adotam novas tecnologias e preocupam-se com a adoção de práticas sustentáveis. Contudo, Carola observa que, apesar disso, os produtores argentinos não conseguem alcançar a mesma rentabilidade que seus pares brasileiros. Ela acredita que as questões regulatórias podem ser um fator que dificulta o processo de maior lucratividade na Argentina.

Fonte: Assessoria Embrapa
Continue Lendo

Notícias

Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
Continue Lendo

Notícias

Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.