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Com Núcleo de Inteligência Geográfica, IAT amplia uso de tecnologia contra desmatamento

O NGI é formado por 33 pessoas especializadas em conferir alertas, garimpar vestígios de supressão da vegetação e emitir relatórios técnicos com punições pesadas para quem insiste em cometer crimes ambientais. Trabalho resultou em aumento de multas contra desmatamento, de 1.168 em 2018 para 3.433 em 2022.

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Foto: Divulgação/IAT

Por trás da redução de 54% no desmatamento da Mata Atlântica no Paraná, melhor índice do País de acordo com levantamento recente do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, há um robusto setor de inteligência, formado por 33 pessoas, especializado em conferir alertas, garimpar vestígios de supressão da vegetação e emitir relatórios técnicos com punições pesadas para quem insiste em cometer o crime ambiental. Esse é o Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação, mais conhecido como NGI.

Criado em 2019 pelo Instituto Água e Terra (IAT) com a função de vigiar 24 horas por dia o patrimônio natural do Estado, o núcleo ajudou a gerência de fiscalização a ampliar o número de Autos de Infração Ambiental (AIA) em 194% entre 2018 e 2022, o que fez com que o valor das multas crescesse quase 400%.

Uma função executada numa espaçosa sala repleta de monitores do segundo andar da sede do IAT em Curitiba. É de lá, do QG contra o desmatamento no Paraná, que o NGI fiscaliza com a ajuda de modernos satélites tudo o que está acontecendo nas florestas e matas estaduais.

“É esse núcleo que faz com que o meio ambiente do Paraná esteja sendo observado, cuidado e protegido. A orientação aqui é para sempre fazer mais, melhor e mais rápido, o que tem refletido na melhora do combate ao desmatamento no Estado”, destacou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

A base para a consolidação do NGI em um lugar único, multidisciplinar e preparado para fornecer dados em tempo real para todos os setores e escritórios do IAT consiste na integração de três pilares: cartografia, geoprocessamento e sistemas de informação, tornando a gestão ambiental mais moderna, eficiente e precisa, apoiada especialmente em novas tecnologias.

Ferramentas como os alertas de desmatamento são emitidos pela plataforma Mapbiomas, um dos parceiros do IAT. O sistema permite comparar imagens históricas com as atuais para identificar as coordenadas do desmatamento ilegal e fazer com que o dano ambiental seja interrompido enquanto está acontecendo, com o suporte dos fiscais do IAT.

Desta forma, o IAT conseguiu atender 53% dos alertas publicados para o Paraná, priorizando aqueles com maior dano ao bioma. Isso fez com que o número de AIAs relacionados à flora passasse de 1.168 em 2018 para 3.433 em 2022. E o valor das multas saltasse de R$ 19,1 milhões para R$ 95,2 milhões no período, incremento de 398%.

“Essa é uma conquista de todo o IAT, é fruto do nosso monitoramento e das ações educativas e punitivas”, afirmou a engenheira florestal do NGI, Aline Canetti.

Modernização

O NGI segue em evolução constante para acompanhar as novas tendências tecnológicas. Com apoio da Secretaria de Estado do Planejamento, o IAT finalizou os trâmites do financiamento com o Banco Mundial (Bird) para apoiar a implementação do i9 ambiental. O recurso a ser liberado é de US$ 25 milhões (cerca de R$ 123,7 milhões), assinado no final de 2022, e o investimento total é de R$ 175 milhões – a diferença vem de recursos do Tesouro Estadual.

“É impossível fazer uma análise ambiental sem uma ferramenta de geoprocessamento para trazer dados com bases cartográficas atualizadas, para dar embasamento em tomadas de decisão”, explicou Jaqueline Dornelles, cientista da computação e coordenadora do programa i9 Ambiental do IAT, projeto em fase de desenvolvimento que busca agrupar as necessidades tecnológicas, sistemas para armazenamento e digitalização de informações dentro de um ambiente único.

Os objetivos do i9 Ambiental são qualificar, inovar e agilizar os processos ambientais e a tomada de decisão, contribuindo para o atendimento eficiente das demandas relativas ao desenvolvimento sustentável. O programa desenvolverá a Plataforma Inteligente Gestão Ambiental, composta pelo Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA), que abrange vários outros sistemas interconectados pela Infraestrutura de Dados Espaciais do Paraná, plataforma conhecida como GeoPR.

É na GeoPR que os dados cartográficos são organizados e atualizados, se integrando a diversos sistemas que compõem o SIGA, plataforma em que estão armazenados os dados provenientes das redes de monitoramento ambiental, das licenças e atuações ambientais e gestão de recursos hídricos. Esses sistemas se integrarão também a ferramentas de suporte à decisão baseadas em geotecnologias, denominada Inteligência Geográfica (IG).

Boa parte destes recursos do i9 Ambiental será aplicada na criação de uma base cartográfica oficial do Estado, fato inédito que também está em desenvolvimento pelos técnicos do NGI. “Até hoje o Paraná utiliza mapeamentos da Diretoria de Serviço Geográfico do Exército ou do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o mapeamento sistemático na escala de até 50 mil (1:50.000). São dados utilizados até hoje, mas de 20, 40 anos atrás”, explicou a engenheira cartógrafa do NGI, Gislene Lessa.

Com essa base cartográfica oficial do Paraná desenvolvida pelo IAT, a escala passará a ser de 10 mil (1:10.000). Isso significa mapas com maior volume de detalhamento e de informações, maior precisão do olhar territorial, melhor resolução, além de um mapa oficial com uma “fotografia” atualizada. “Teremos uma precisão adequada para determinar em nível de propriedade questões de nascentes, declividade e supressão de área por exemplo”, complementou Aline.

Essa novidade impacta o Paraná como um todo. Tais informações serão amplamente utilizadas no desenvolvimento de políticas públicas do governo, em áreas como a saúde, educação, agropecuária, infraestrutura e, também, em pesquisas universitárias.

“A partir desta nova escala vamos conseguir responder efetivamente quantos rios de fato o Paraná tem. Teremos maior segurança para delimitar áreas para deslizamento de terra, além de melhorias no planejamento urbano de municípios, entre outras informações territoriais precisas e necessárias sob a ótica da gestão ambiental”, acrescentou Gislene.

Sistemas de informação

É também no NGI que os aplicativos e plataformas de dados ambientais são desenvolvidos. Esses sistemas estão disponíveis para quaisquer usuários do Estado. Um exemplo é o aplicativo Paraná Mais Verde, que permite que qualquer cidadão solicite mudas aos 19 viveiros florestais.

O usuário consegue localizar qual é o viveiro mais próximo, quais as espécies disponíveis, quantidade de mudas e agendar a retirada. Para quem deseja saber a qualidade da água de mares e rios paranaenses durante o verão, basta acessar o aplicativo Balneabilidade Estado do Paraná.

Ainda em fase de implementação, outro sistema que irá agilizar a fiscalização é o AIA-e. Para uso interno dos fiscais do IAT, ele permite a emissão instantânea de Autos de Infração Ambiental, ideal para quem está trabalhando em campo.

Por meio dele é possível georreferenciar a área que foi desmatada e inserir informações necessárias ao AIA. Outros aplicativos e sistemas estão por vir, como o SimuLA, para simulação de solicitação de licenciamento para o público externo e outro de monitoramento das estações hidrológicas.

“Aqui o futuro é próximo. A nossa principal meta é executar todos esses projetos do i9 Ambiental, ações fundamentais para o NGI e, consequentemente, para o IAT em termos de inovação e automação”, destacou a chefe do NGI, Sonia Burmester do Amaral.

Fonte: Assessoria AEN

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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