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Com menor área produzida, São Paulo fecha 2023 com safra de 460 mil toneladas de trigo

Informações de cooperativas e cerealistas apresentadas em reunião da Câmara Setorial do Trigo do estado indicam qualidade superior à da colheita de 2022

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Foto: Gilson Abreu

Com a colheita do trigo em solo paulista se aproximando do fim, o volume estimado de produção no estado está na casa das 400 mil toneladas, com qualidade superior à safra anterior. Essas informações receberam destaque na última reunião da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo de 2023, realizada na última quinta-feira (19) em Itaberá (SP).

Foto: Divulgação/Sindustrigo

O evento, realizado de forma híbrida, reuniu a cadeia produtiva do cereal na cidade que apresenta a maior quantidade de trigo produzida no estado para debater os resultados esperados da safra e analisar o contexto em que eles estão inseridos nacional e internacionalmente. Os palestrantes convidados trocaram informações e conhecimentos com os participantes da reunião, com o objetivo de avançar no desenvolvimento do trigo paulista.

Em relação à etapa produtiva do processo, o Gerente de Produção de Sementes da Biotrigo Genética, Bruno Moncks, indicou que o intervalo de 45 dias na semeadura em diferentes regiões produtoras de São Paulo produziu resultados diferentes no campo, variando de acordo com as condições climáticas distintas encontradas nas fases de desenvolvimento do trigo. “O rendimento da cultura é dependente de quando o grão foi plantado. O produtor paulista enfrentou a seca no estabelecimento das primeiras áreas e, posteriormente, a condição de chuva, gerando resultados diferentes pelo estado. A qualidade desse trigo, consequentemente, também poderá variar de acordo com a região e com a época de semeio”, explica.

De acordo com a gerente de Desenvolvimento de Produtos da Biotrigo, Kênia Meneguzzi, variações de temperatura facilitam o enchimento do grão, o que exerce influência direta na qualidade do trigo colhido. Em 2023, São Paulo apresentou temperaturas mais estáveis, com baixa amplitude, e a cultura passou por uma situação de estresse por calor. No Cerrado, Moncks avalia que as chuvas nos períodos ideais possibilitaram rendimento e qualidade superiores aos registrados no ano anterior. Já nos estados da região Sul, a precipitação, a giberela e a brusone impactam negativamente as safras, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Volume de produção

A reunião da Câmara Setorial contou, ainda, com a tradicional apresentação dos reportes de cooperativas e cerealistas do estado, cuja produção estimada está na casa das 400 mil toneladas. A área cultivada em São Paulo teve uma redução, em função de um maior espaço destinado ao plantio de cevada.

O motivo atribuído para essa troca de culturas foi a baixa rentabilidade trazida pelo cultivo de trigo. Segundo os representantes das cooperativas presentes, o investimento para produzir um cereal de qualidade é superior ao retorno financeiro que isso proporciona. “Mesmo sob efeito do calor e da chuva no final da colheita, as cooperativas presentes reportaram qualidade boa ou melhor para o trigo paulista. Algumas delas destinaram uma menor área para o cultivo, por conta da cevada, mas outras puderam aumentar o número de hectares dedicado ao trigo”, ressalta o presidente da Câmara Setorial, Ruy Zanardi.

Cenário interno e externo

O analista da Safras & Mercado, Élcio Bento, trouxe aos participantes um panorama sobre a situação do cereal no Brasil e no mundo. Além da chuva que afetou as principais regiões produtoras, outro fator que alterou o cenário interno foi a diminuição da safra argentina, que, por consequência, destinou um volume menor de trigo para exportação. “Ano passado o País teve um avanço na produção interna, atingindo números recordes. Em 2023, é esperado um volume total inferior no Brasil e, com uma demanda maior do que a quantidade cultivada, a importação ainda é uma importante ferramenta para os moinhos. Quem mais preencheu a lacuna deixada pela Argentina foi o trigo russo, principalmente na região Nordeste”, pontua.

A guerra entre Rússia e Ucrânia continua influenciando os preços internacionais do cereal, nutrindo um cenário de instabilidade nas principais bolsas do mundo. Com os preços na Rússia reduzidos, a conclusão do analista é de que o mercado passa por um momento baixista.

A reunião da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo pode ser acompanhada na íntegra clicando aqui.

Fonte: Assessoria Sindustrigo

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Campanha de atualização de rebanhos começa nesta quarta-feira no Paraná

Prazo vai até 30 de junho. Atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.

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Fotos: Ari Dias/AEN

A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2024 começa nesta quarta-feira (1º), e se estenderá até 30 de junho. A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) lembra que a atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.

A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda).

Os produtores podem fazer a atualização pelo aplicativo Paraná Agro, pelo site da Adapar ou presencialmente em uma dasUnidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.

O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007.

Segundo a Gerência de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.

Área livre

O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 27 de maio de 2021. Como

Foto: Gilson Abreu/AEN

compromisso do Estado, há a necessidade de se realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.

O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista na OIE. “Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.

Fonte: AEN-PR
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Notícias Do Paraná

Ganhando o Mundo Agrícola vai levar 100 alunos de áreas rurais da rede estadual para os Estados Unidos

Ação integra programa do Governo do Paraná que viabiliza intercâmbio para alunos do ensino médio da rede estadual. Eles irão para Iowa. Candidatos devem estudar em uma escola técnica estadual nos cursos de Agropecuária, Agrícola, Florestal, Operações de Máquinas Florestais e Agronegócio.

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Estão abertas as inscrições para o Ganhando o Mundo Agrícola, ação que integra o programa Ganhando o Mundo, do Governo do Estado, realizado por meio da Secretaria da Educação. São 100 vagas disponíveis e o destino escolhido foi o estado de Iowa, nos Estados Unidos, que é reconhecido como um dos principais polos agrícolas do mundo, oferecendo diversidade de experiências e aprendizados no segmento agropecuário.

Fotos: Lucas Fermin/SEED-PR

edital 26/2024 para esta edição inédita foi divulgado nesta segunda-feira (29) e as inscrições vão até o dia 15 de maio. Ela é destinada a alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, em um dos centros estaduais de educação profissional, constantes no edital e que também tenham estudado do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola da rede estadual do Paraná. O resultado será divulgado no dia 12 e junho.

Assim como nas demais edições, no Ganhando o Mundo Agrícola os estudantes receberão uma bolsa intercâmbio mensal, composta por cinco parcelas de R$ 800, para cobrir despesas durante o período no exterior. Além disso, os intercambistas contarão com assistência de seguro (viagem e saúde) e acomodação em casas de família ou residências estudantis no país de destino.

As despesas relacionadas ao processo de intercâmbio, desde a emissão de documentos até os embarques e desembarques, também serão custeadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).

“O estado de Iowa é líder em tecnologia agrícola, com extensas áreas de cultivo e empreendimentos agrícolas de reconhecimento internacional, que adotam tecnologias de ponta para aumentar a eficiência e a produtividade. Durante o intercâmbio, os participantes terão a oportunidade de aprender, por exemplo, sobre o uso de drones, GPS, sistemas de irrigação e outras inovações que estão moldando o futuro da agricultura”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda.

As cidades que contam com colégios agrícolas e florestais são Apucarana, Pinhais, Lapa, Rio Negro, Campo Mourão, Cascavel, Santa Mariana, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão,

Guarapuava, Irati, Manoel Ribas, Cambará, Diamante do Norte, Clevelândia, Castro, Palmeira, Ponta Grossa, Ortigueira, Palotina, Toledo, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Sapopema, Umuarama e Arapoti. Há Casas Familiares Rurais e Cursos Técnicos em Agronegócio em outros lugares.

Ganhando o Mundo

Criado em 2019 pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) como um programa de intercâmbio estudantil, o programa já levou 1.240 estudantes da rede estadual de ensino para países de língua inglesas da América do Norte, Europa e Oceania. A nova etapa aos alunos, para 2025, terá 1.200 vagas.

O Ganhando o Mundo Professores foi a primeira edição do programa no Canadá e Finlândia – na qual participaram 96 docentes. As vagas foram abertas para professores ou pedagogos cursistas e professores ou pedagogos formadores de todas as regiões do Estado.

Depois de estudantes, professores e pedagogos, os diretores da rede estadual terão uma experiência internacional. O anúncio foi feito em fevereiro durante o Seminário dos Diretores com Foco na Aprendizagem, que reuniu em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, 2 mil profissionais da educação de toda a rede estadual. O programa levará, ainda em 2024, 200 gestores das escolas estaduais para uma capacitação de duas semanas no Chile, com embarques previstos para agosto. O investimento será de cerca de R$ 5 milhões.

Outras modalidades lançadas recentemente foram o Ganhando o Mundo Ciência e Ganhando o Mundo Servidor. Gerido pela Fundação Araucária, o primeiro prevê, em uma primeira etapa, a oferta de 100 bolsas de iniciação científica e 100 de pós-doutorado aos estudantes e professores das universidades estaduais. O segundo, lançado na semana passada, garante que servidores e agentes públicos do Paraná que se destaquem pelo bom trabalho desempenhado em suas respectivas funções poderão receber novas premiações anuais, incluindo viagens internacionais.

Fonte: AEN-PR
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Marrocos amplia relações comerciais com o Brasil

Entre os produtos estão lácteos, envoltórios naturais de bovinos, mel, produtos apícolas, couros e material genético bovino que devem ser comercializados com o país marroquino.

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Fotos: Divulgação/Mapa

Com intuito de compartilhar as boas práticas do agro brasileiro e fortalecer os laços comerciais com o Marrocos, uma comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esteve no país norte-africano nos últimos dias. Em colaboração com o Ministério da Relações Exteriores (MRE), os representantes do Mapa participaram, junto a empresários brasileiros, da 16ª edição do Salão Internacional de Agricultura no Marrocos (Siam), em Mequinez, um dos maiores eventos do setor no continente africano. O evento atrai cerca de um milhão de visitantes de 70 diferentes países.

Coordenada pelo secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, os interlocutores do Ministério também se reuniram com autoridades governamentais marroquinas, especialmente do Escritório Nacional de Segurança Alimentar do Marrocos (ONSSA), para conduzir reuniões bilaterais e assinar acordos em benefício da agricultura de ambos os países.

Ao lado do embaixador do Brasil em Marrocos, o diplomata Alexandre Parola, e da adida agrícola no país, Ellen Laurindo, as partes brasileiras avançaram nas negociações para a abertura do mercado marroquino para produtos brasileiros, incluindo lácteos, envoltórios naturais de bovinos, mel, produtos apícolas, couros e material genético bovino. Também foram discutidas a abertura de cotas tarifárias para importações de carne bovina e aves, visto que as tarifas praticadas pelo governo marroquino chegam a 200% para carne bovina congelada e 100% para carne de frango in natura. Por outro lado, os representantes do Mapa concordaram em permitir a importação de mandarina do Marrocos para o Brasil.

De acordo com Julio Ramos, a liderança do ministro Carlos Fávaro, do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e do Itamaraty tem sido fundamental na expansão do comércio agrícola brasileiro no cenário internacional. “Por onde passamos, recebemos elogios ao presidente Lula e à política externa brasileira, reflexos de nossa credibilidade, bom controle sanitário e abertura ao diálogo. Estamos otimistas de que em breve teremos boas notícias vindas do governo marroquino. É o Brasil demonstrando sua força e a relevância do agro no comércio mundial”, ressaltou o secretário-adjunto.

Marrocos está entre os cinquenta países que abriram mercados para o Brasil nos últimos 16 meses, autorizando a exportação de pet food. O país foi o quarto principal destino das exportações brasileiras para a África, totalizando US$ 1,23 bilhão em 2023, ano em que a corrente de comércio entre os dois países alcançou US$ 2,65 bilhões.

Missão na Espanha

Antes de passar pelo Marrocos, o secretário-adjunto do Mapa esteve em Barcelona, na Espanha, acompanhado do assessor técnico especializado do Mapa, Thiago Arcebispo, e do adido agrícola na União Europeia, Nilton de Morais, representando o Ministério na “Seafood Expo Global”. A feira é a maior do setor de frutos do mar e se tornou um ponto de referência internacional para as tendências mais relevantes nos setores de processamento, equipamentos de embalagem, controle de qualidade e segurança alimentar.

O evento contou com a coordenação da ApexBrasil e da Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescado), em parceria com os Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA), Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e Agricultura e Pecuária (Mapa), além da participação de empresários brasileiros.

Durante a feira, os representantes do Brasil dialogaram com autoridades da Ásia, Oriente Médio e Europa para avançar nas aberturas de mercado para a pesca brasileira, destacando também a diversidade e qualidade do setor. As discussões tiveram também a participação do secretário-executivo do MPA, Carlos Mello, do presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, e da coordenadora de agronegócio da ApexBrasil, Paula Soares.

A agenda incluiu ainda uma visita à fábrica da Nestlé em Girona, uma das maiores fábricas de café da empresa, que serve o mercado ibérico e exporta volumes significativos para a Europa, América, Ásia, África e Oceania. Atualmente, o Brasil é um dos grandes exportadores dessa unidade, responsável por processar 1% de todo o café do mundo. Além disso, a Nestlé mantém cinco unidades semelhantes à de Girona, uma das quais está localizada em Montes Claros (MG), no Brasil.

Fonte: Assessoria Mapa
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