Notícias
Com mais de 16 mil animais atendidos, Hospital Veterinário da UEM celebra duas décadas
É o único hospital veterinário em um raio de 150 km. O local é referência no atendimento a animais de pequeno e grande porte na região Noroeste do Paraná. Clientes de Maringá, Londrina e municípios de Mato Grosso do Sul também procuram os serviços da unidade, que oferece atendimento 24 horas por dia nos casos de emergência.

Mais de 16 mil animais atendidos e 60 mil procedimentos realizados em duas décadas. Os números revelam o impacto regional do Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que comemora, nesta quinta-feira (12), 20 anos de prestação de serviços.
Situado no Câmpus Regional de Umuarama (CAU) da UEM, o HVU é o único hospital veterinário em um raio de 150 km. O local é referência no atendimento a animais de pequeno e grande porte na região Noroeste do Paraná. Clientes de Maringá, Londrina e municípios de Mato Grosso do Sul também procuram os serviços da unidade, que oferece atendimento 24 horas por dia nos casos de emergência.
Conforme o reitor da UEM, Leandro Vanalli, as atividades do HVU representam a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolvidos na universidade. “O Hospital Veterinário Universitário de Umuarama simboliza o que a universidade pública produz de melhor: formação profissional gratuita e de qualidade aliada à prestação de serviços relevantes à sociedade. Nos orgulha, enquanto comunidade acadêmica, saber que o HVU completa 20 anos como um órgão vinculado ao Centro de Ciências Agrárias e em um momento ímpar de investimentos, expansão e perspectivas de crescimento”, destacou.

Fotos: Divulgação/UEM
“Nossos parabéns e nossa gratidão a toda a comunidade do Câmpus Regional de Umuarama e aos estudantes e servidores que fazem do hospital veterinário da UEM uma referência para todo o Paraná”, completou o reitor.
As comemorações no HVU, previstas para o mês de outubro, vão além do aniversário de 20 anos. Em agosto, o hospital se tornou um órgão vinculado ao Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEM, após aprovação pelo Conselho Universitário (COU) – antes, o HVU era considerado um projeto de prestação de serviços.
De acordo com o coordenador do hospital, Oduvaldo Câmara Marques Pereira Júnior, a mudança de status deve proporcionar maior representatividade ao hospital na busca por recursos. “A criação do HVU como um órgão dentro da universidade é um sonho antigo e mostra a importância deste, não somente para a comunidade acadêmica, mas para toda a comunidade da Noroeste do Paraná. Este fato impactará positivamente na captação de recursos para melhorias e a ampliação na oferta de serviços, bem como na criação de novas parcerias e convênios”, celebrou.
Um projeto para licitação de reforma e ampliação da estrutura física do hospital, que tem apoio da Reitoria e do CCA, já está em trâmite na Prefeitura do Câmpus (PCU). Também está em andamento o processo para a aquisição de ao menos 40 novos equipamentos que agregarão tecnologia, inovação e segurança aos procedimentos realizados na rotina do HVU. “Continuaremos buscando expandir nossas capacidades, colaborações e impacto na comunidade, comprometidos em manter o curso de Medicina Veterinária da UEM entre os primeiros do Paraná e entre os melhores do Brasil”, ressaltou Pereira Júnior.
Referência
Somente em 2024, o HVU já realizou mais de 5 mil procedimentos, entre cirurgias, anestesias e exames complementares, em ao menos 900 animais. O hospital é equipado para o atendimento a animais de pequeno porte (como cães, gatos e coelhos), equídeos, ruminantes (como ovinos, caprinos e bovinos), além de animais selvagens.
Entre os serviços prestados destacam-se os atendimentos clínicos, cirúrgicos e reprodutivos a pequenos e grandes animais, bem como a espécies selvagens encaminhadas ao hospital. Um setor recém-inaugurado permite a internação de animais de pequeno e grande porte, quando necessário, para o tratamento de doenças infectocontagiosas.
Anestesiologia, diagnósticos por imagem, patologia clínica, parasitologia, microbiologia, anatomia patológica e acupuntura, além de especialidades ortopédicas e neurológicas em pequenos animais, são outras atividades oferecidas à comunidade com baixo custo.
Não à toa, o hospital é referência no atendimento a animais oriundos de diferentes regiões do Paraná e até de Mato Grosso do Sul. “O HVU possui um corpo clínico altamente especializado, com médicos veterinários referência em suas áreas de atuação, além de um parque de equipamentos moderno e em constante atualização. Realiza procedimentos cirúrgicos complexos em pequenos e grandes animais, sendo o único da região a fazer determinados procedimentos”, enfatizou o coordenador.
Para suprir a demanda pela alta variedade de serviços, o hospital conta com uma equipe fixa formada por dez docentes médicos veterinários, duas técnicas médicas veterinárias, 14 médicos-veterinários residentes, três médicas veterinárias voluntárias e oito servidores técnicos.
Além disso, o local também é campo de estágio, pesquisa e aprendizado para 200 estudantes da graduação em Medicina Veterinária do CAU/CCA, bem como de alunos do Programa
de Pós-Graduação em Produção Sustentável e Saúde Animal (PPS/UEM).
Foi o caso da estudante Martina Galeriani Pirasol, egressa do curso de Medicina Veterinária e mestranda pelo PPS. A estudante ingressou no HVU em 2019, como estagiária. “O hospital contribuiu muito para minha formação pessoal, pois desde o primeiro ano da graduação pude acompanhar procedimentos clínicos, cirúrgicos e laboratoriais e aprender com profissionais capacitados, dentre eles professores e residentes”, afirmou.
Ela acrescenta que, com isso, foi possível obter bastante experiência prática e desenvolver pensamento crítico para lidar com as diversas situações da rotina. “Sinto que saí da graduação mais preparada para o mercado de trabalho”, relatou a jovem, que segue atuando no HVU como médica-veterinária voluntária do setor de diagnóstico por imagem.
HIistórico
O início das atividades do Hospital Veterinário Universitário da UEM, em 12 de setembro de 2004, ocorreu por meio do projeto de prestação de serviços “Atendimento Médico Veterinário Clínico e Cirúrgico em Pequenos e Grandes Animais à Comunidade de Umuarama e Região”. A coordenação era da médica veterinária Rita de Cássia Menchon Tramontini.
À época, a estrutura era composta por apenas duas salas, utilizadas, provisoriamente, como consultório médico e sala cirúrgica para aulas práticas e atendimentos gratuitos a animais enviados pela Sociedade Protetora dos Animais de Umuarama.
Nos anos seguintes, a estrutura do HVU se expandiu. Foram instalados, por exemplo, laboratórios de análises clínicas e diagnósticos por imagem e um centro cirúrgico de pequenos animais. Em 2008, após novas ações de ampliação, o Hospital Veterinário passou a contar também com recepção, dois ambulatórios para atendimento clínico, setor de internamento e central de esterilização, além de laboratórios de semiologia, parasitologia e reprodução.
Em agosto de 2010, foi inaugurado o Hospital Veterinário de Grandes Animais, composto por três baias internas, almoxarifado e centro cirúrgico.
O hospital passou a receber médicos veterinários residentes em 2013, com a criação do Programa de Residência Médico-Veterinária que ofertou, inicialmente, cinco vagas. O programa seria ampliado em 2017, com oportunidade para 14 residentes em sete áreas distintas.
Entre 2015 e 2019, devido ao aumento da demanda pelos serviços do hospital, a coordenação do HVU promoveu novas reformas na estrutura física do prédio. São exemplos a instalação de um novo setor de internamento de pequenos animais; a readequação da entrada da sala de espera e da secretaria do hospital; e a reforma da central de esterilização, entre outras.
Em março de 2022, já com a estrutura consolidada, o HVU passou a ofertar atendimento 24 horas por dia, em todos os dias da semana, para casos de emergência. Assim, passou a ser o único hospital veterinário da região a oferecer atendimento especializado de forma ininterrupta.
No final do mesmo ano, também foram inaugurados espaços de internamento exclusivos para cães e para gatos, além de um setor de tratamento de doenças infectocontagiosas. A especialidade, que conta com ambulatório e internamento específicos, contribui também para a garantia da saúde humana, já que algumas das doenças tratadas no HVU são zoonóticas – infecções que podem ser transmitidas por animais a seres humanos.
A tendência de expansão do hospital continua em 2024. De janeiro a setembro, a coordenação do HVU já promoveu a renovação de equipamentos do centro cirúrgico de pequenos animais, bem como a aquisição de um sistema digital de radiologia para otimizar o atendimento a pequenos e grandes animais.
Ao longo dos últimos 20 anos, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e os governos federal e estadual contemplaram o Hospital Veterinário da UEM com mais de R$ 1 milhão em investimentos para a aquisição de equipamentos e a reforma da infraestrutura. O HVU também recebe apoio da Reitoria da UEM e conta com recursos próprios para a manutenção de suas atividades. “Fruto de muito trabalho de todos os docentes, servidores técnicos e médicos veterinários residentes que aqui estão ou que por aqui passaram e deixaram sua contribuição, o que era um sonho tornou-se realidade: um centro de excelência em cuidados veterinários, que promove a educação e o desenvolvimento profissional e contribui para o avanço da Medicina Veterinária, sempre comprometido com o bem-estar dos animais”, resumiu o coordenador, Oduvaldo Pereira Júnior.
Serviço
O Hospital Veterinário Universitário da UEM está localizado na Estrada da Paca, sem número, no bairro São Cristóvão, em Umuarama. Fica ao lado das demais instalações do “câmpus Fazenda”, do CAU/CCA. O HVU realiza atendimentos 24 horas por dia para casos de emergência, quando há risco iminente de óbito para o paciente.
Para casos menos graves ou eletivos, o hospital atende com horário marcado, visando maior comodidade aos tutores. O período de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 08 às 12 horas e das 13h30 às 17 horas. Os agendamentos devem ser feitos pelo telefone e WhatsaApp (44) 3621-9437.
Para obter mais informações, entrar em contato pelo mesmo telefone ou o e-mail sec-hvu@uem.br. Também é possível acessar o site oficial do HVU e o perfil na unidade no Instagram (@hv_uem).
Já para contato com a secretaria do CAU/CCA, estão disponíveis os telefones (44) 3621-9418, para assuntos acadêmicos, e (44) 3621-9400, para assuntos administrativos. O contato via e-mail é pelo endereço sec-cau@uem.br. Mais informações são encontradas no site do CAU/UEM.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



