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Notícias Incentivo a sustentabilidade no campo

Com mais de 1,4 mil projetos, Paraná celebra avanço de energia renovável na agroindústria

Marco foi atingido em 115 dias de vigência do Programa Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Jonathan Campos/AEN

Com a possibilidade de financiar projetos de energia renovável a juro zero para agricultores, o Paraná já cadastrou 1.413 produtores interessados em modernizar suas propriedades. O marco foi atingido em 115 dias de vigência do Programa Energia Rural Renovável (RenovaPR), e foi celebrado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na quarta-feira (1º).

“A base econômica do nosso estado é produzir alimentos para o mundo. Além de produzir, precisamos industrializar, e para isso precisamos de energia. Estamos criando novas oportunidades para que os agricultores tenham condições de gerar sua própria energia. Isso diminui o gasto mensal, fazendo com que o produtor possa investir mais na sua propriedade e, consequentemente, gerar mais emprego e renda”, afirmou Ratinho Junior.

Ele participou de um evento realizado na sede do IDR-Paraná, onde também assinou dois decretos que facilitam o acesso dos agricultores à autoprodução energética. “É uma engenharia econômica que ajuda todo mundo a sair ganhando”, complementou.

Os projetos cadastrados pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) fazem parte do Banco do Agricultor, programa de crédito exclusivo com juros subsidiados pelo Governo do Estado. A proposta é incentivar investimentos por meio da equalização da taxa de juros. No caso dos projetos de energia renovável, o percentual está zerado para projetos apresentados até 31 de dezembro de 2022.

Até esta semana, o Estado já havia destinado R$ 52,8 milhões ao Fundo do Desenvolvimento Econômico (FDE) do Paraná para garantir os juros dos financiamentos dos agricultores.

“Estamos falando de uma revolução, uma subida de patamar na questão energética no meio rural paranaense. Energia é um insumo cada vez mais importante: estudos mostram que o valor do quilo do frango é composto de 15% a 20% por esse gasto”, apontou o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Com investimento de R$ 13,6 milhões, Estado vai recuperar estradas rurais de oito municípios
Genir Roque Cambruzzi, produtor de galinhas em Dois Vizinhos, no Sudoeste, viu no financiamento uma oportunidade de baixar seu gasto com energia, que chegava a R$ 2.700,00 mensais. Produzindo sua própria energia e pagando o financiamento na faixa de R$ 1.800,00 mensais, ele modernizou sua produção e ainda reduziu os custos totais.

“Corri atrás e consegui fazer um empréstimo para colocar as placas (de energia solar), que vão ser muito importantes para a nossa atividade. E ainda vamos ter uma economia, uma sobra para fazer caixa para outras melhorias na propriedade”, contou Cambruzzi.

Empresas parceiras

Se concretizados, esses 1,4 mil projetos vão injetar diretamente R$ 240 milhões em investimentos no agronegócio paranaense. Para serem implementados, devem ser executados por empresas credenciadas ao IDR-Paraná. Neste período, foram credenciadas 416 empresas de energia solar e 15 de biogás e biometano. “O agricultor escolhe a empresa que vai fazer o projeto em que ele vai investir”, explicou o secretário de Agricultura.

Liciany Ribeiro, coordenadora estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) no Paraná, explica que o IDR-PR buscou empresas que tenham capacitação para garantir a qualidade do financiamento, que é de longo prazo. “A energia solar tem retorno de investimento acima de quatro anos. Se não houver seriedade na instalação do projeto, a economia não vai acontecer e o agricultor vai se frustrar”, disse.

Para ela, o programa já se mostra um sucesso de adesão tanto pelos agricultores quanto pelas empresas prestadoras do serviço. “O agricultor é um público que paga uma energia muito abaixo do valor de mercado. Por isso, o retorno de investimento dele acaba sendo maior. Com esse subsídio, parte dos juros está sendo absorvida pelo programa, conseguindo fazer com que a taxa de juros chegue mais próximo ao que ele já está acostumado em outras linhas de crédito”, complementou a coordenadora.

Potencial solar

Apesar de conhecido pela produção de energia hidrelétrica, o Paraná tem um enorme potencial a ser explorado de energia solar. Segundo a Absolar, ele é 40% maior do que em países como a Alemanha, Japão e Reino Unido – líderes mundiais no uso desse tipo de energia. “Esses três países têm muitos mais sistemas solares instalados do que o Brasil, mas o Brasil tem um recurso solar muito melhor, e isso inclui o Paraná”, explicou Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da entidade.

Segundo ele, o Paraná já tem 390 megawatts de energia solar em operação. Isso representa cerca de R$ 2 bilhões em investimentos trazidos pelo setor ao Estado, além da geração de 12 mil empregos locais. “Esse é o começo de um trabalho de crescimento econômico sustentável que o mercado ajuda o Paraná a desenvolver, e temos a oportunidade de continuar avançando com parcerias entre os setores público e privado”, reforçou Sauaia.

Apicultura e turismo rural

Durante o evento, o secretário de Agricultura também anunciou que o Banco do Agricultor vai passar a abranger com subvenção de crédito mais duas áreas: apicultura e turismo rural. Assim, projetos que modernizem a produção de mel ou que atraiam turistas para o Interior vão poder receber o benefício do juro máximo de 1,5% ao ano concedido pelo Estado.

Ortigara aponta que as duas áreas já têm seu espaço garantido no Paraná, mas podem se desenvolver através da tecnologia. O Estado é líder nacional na produção de mel, por exemplo, mas ainda tem possibilidades a serem exploradas, agregando valor ao produto. “Ainda exportamos mel em tambores. Mas o mundo pede, por exemplo, mel com trufa, e nós precisamos começar a produzir”, endossou o secretário.

O turismo rural, por outro lado, representa uma renda importante para centenas de famílias. “Queremos estimular o cicloturismo, as Caminhadas da Natureza e as paisagens naturais, como cânions e cachoeiras. Esses espaços acolhem o povo, e o agricultor pode melhorar sua infraestrutura através de investimentos. Isso gera emprego e traz renda para o meio rural”, complementou Ortigara.

Fonte: AEN/Paraná

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Governo federal reforça compromisso na busca de mais investimentos para a Embrapa

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

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Com foco na revolução para o futuro do agro brasileiro, na quinta-feira (25), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) celebrou seus 51 anos de criação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçaram o compromisso em trazer mais investimentos para alavancar o crescimento da empresa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pontuou que há 14 anos um presidente da República não ia à empresa. “A Embrapa é a empresa de maior respeitabilidade do Brasil e cabe a nós, do governo, dar a ela o tamanho que ela merece”, ponderou o presidente Lula. “Não é bondade do governo federal. É o reconhecimento da importância da Embrapa no desenvolvimento agrícola do nosso país. Cada dinheiro investido na Embrapa, retornam milhões de reais para o Brasil”, completou.

Fotos: Divulgação/Mapa

O ministro Fávaro ressaltou o importante papel da Embrapa no avanço da vocação brasileira para a produção de alimentos. Desde a criação da empresa, o Brasil passou de importador para um dos principais exportadores do mundo. “Sob a gestão do presidente Lula, saímos da 13ª, somos a 9ª e vamos, rapidamente, ser a 8ª economia do mundo, descobrimos há 50 anos a nossa verdadeira vocação, que é produzir alimentos de qualidade”, destacou o ministro.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados. “Fortalecer e trazer a empresa de volta ao PAC, buscar com que a Embrapa se prepare para os próximos 50 anos é um legado que o presidente Lula está deixando a partir de agora”, completou Fávaro. Para isso, o presidente convocou, durante a cerimônia, os ministros Fávaro e Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) para uma reunião com foco nas demandas da Embrapa para os próximos 50 anos.

A presidente Silvia Massruhá destacou o impacto do trabalho realizado pela Embrapa. “Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade para todos os cidadãos, a promoção da melhoria do bem-estar e de qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio, o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados. É para isso que a Embrapa trabalha”.

Terceirização

Ao enfatizar que o reconhecido trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado pela Embrapa é feito, sobretudo, por pessoas, Fávaro lembrou as palavras da presidente ao destacar que a ciência não é feita apenas com investimentos. “Por isso, deixamos aqui a garantia de que não haverá a terceirização da carreira de auxiliar de pesquisa”, disse o ministro em atenção a um dos pleitos dos servidores da Embrapa. A empresa conta com 7,7 mil trabalhadores atuando em 43 unidades em todo o país.

Acordos de cooperação

Durante o evento, foram celebrados dois acordos de cooperação técnica de abrangência internacional com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) – que juntos formam o Grupo Banco Mundial (GBM) – foi firmado o Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos para um setor agroalimentar mais verde, resiliente e inclusivo, apoiado em modelos de empreendedorismo rural e intercâmbio científico para países em desenvolvimento com duração de cinco anos.

Já a cooperação técnica com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) tem como objetivo o Desenvolvimento colaborativo da agricultura de precisão e digital para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro. A proposta é aumentar a transparência, confiabilidade e eficiência do processo produtivo brasileiro com referência na expertise japonesa no domínio de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Ao todo, foram sete acordos estratégicos celebrados durante o evento, incluindo parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Em 26 de abril de 1973 foi empossada a primeira diretoria da Embrapa no Ministério da Agricultura. A celebração dos 51 anos da empresa ocorre de 25 a 27 de abril na sua sede, em Brasília (DF).

A cerimônia desta quinta-feira também contou com a presença da primeira-dama Janja, dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Marcio Macêdo.

Fonte: Assessoria Mapa
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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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