Notícias Incentivo a sustentabilidade no campo
Com mais de 1,4 mil projetos, Paraná celebra avanço de energia renovável na agroindústria
Marco foi atingido em 115 dias de vigência do Programa Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Com a possibilidade de financiar projetos de energia renovável a juro zero para agricultores, o Paraná já cadastrou 1.413 produtores interessados em modernizar suas propriedades. O marco foi atingido em 115 dias de vigência do Programa Energia Rural Renovável (RenovaPR), e foi celebrado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na quarta-feira (1º).
“A base econômica do nosso estado é produzir alimentos para o mundo. Além de produzir, precisamos industrializar, e para isso precisamos de energia. Estamos criando novas oportunidades para que os agricultores tenham condições de gerar sua própria energia. Isso diminui o gasto mensal, fazendo com que o produtor possa investir mais na sua propriedade e, consequentemente, gerar mais emprego e renda”, afirmou Ratinho Junior.
Ele participou de um evento realizado na sede do IDR-Paraná, onde também assinou dois decretos que facilitam o acesso dos agricultores à autoprodução energética. “É uma engenharia econômica que ajuda todo mundo a sair ganhando”, complementou.
Os projetos cadastrados pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) fazem parte do Banco do Agricultor, programa de crédito exclusivo com juros subsidiados pelo Governo do Estado. A proposta é incentivar investimentos por meio da equalização da taxa de juros. No caso dos projetos de energia renovável, o percentual está zerado para projetos apresentados até 31 de dezembro de 2022.
Até esta semana, o Estado já havia destinado R$ 52,8 milhões ao Fundo do Desenvolvimento Econômico (FDE) do Paraná para garantir os juros dos financiamentos dos agricultores.
“Estamos falando de uma revolução, uma subida de patamar na questão energética no meio rural paranaense. Energia é um insumo cada vez mais importante: estudos mostram que o valor do quilo do frango é composto de 15% a 20% por esse gasto”, apontou o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
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Genir Roque Cambruzzi, produtor de galinhas em Dois Vizinhos, no Sudoeste, viu no financiamento uma oportunidade de baixar seu gasto com energia, que chegava a R$ 2.700,00 mensais. Produzindo sua própria energia e pagando o financiamento na faixa de R$ 1.800,00 mensais, ele modernizou sua produção e ainda reduziu os custos totais.
“Corri atrás e consegui fazer um empréstimo para colocar as placas (de energia solar), que vão ser muito importantes para a nossa atividade. E ainda vamos ter uma economia, uma sobra para fazer caixa para outras melhorias na propriedade”, contou Cambruzzi.
Empresas parceiras
Se concretizados, esses 1,4 mil projetos vão injetar diretamente R$ 240 milhões em investimentos no agronegócio paranaense. Para serem implementados, devem ser executados por empresas credenciadas ao IDR-Paraná. Neste período, foram credenciadas 416 empresas de energia solar e 15 de biogás e biometano. “O agricultor escolhe a empresa que vai fazer o projeto em que ele vai investir”, explicou o secretário de Agricultura.
Liciany Ribeiro, coordenadora estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) no Paraná, explica que o IDR-PR buscou empresas que tenham capacitação para garantir a qualidade do financiamento, que é de longo prazo. “A energia solar tem retorno de investimento acima de quatro anos. Se não houver seriedade na instalação do projeto, a economia não vai acontecer e o agricultor vai se frustrar”, disse.
Para ela, o programa já se mostra um sucesso de adesão tanto pelos agricultores quanto pelas empresas prestadoras do serviço. “O agricultor é um público que paga uma energia muito abaixo do valor de mercado. Por isso, o retorno de investimento dele acaba sendo maior. Com esse subsídio, parte dos juros está sendo absorvida pelo programa, conseguindo fazer com que a taxa de juros chegue mais próximo ao que ele já está acostumado em outras linhas de crédito”, complementou a coordenadora.
Potencial solar
Apesar de conhecido pela produção de energia hidrelétrica, o Paraná tem um enorme potencial a ser explorado de energia solar. Segundo a Absolar, ele é 40% maior do que em países como a Alemanha, Japão e Reino Unido – líderes mundiais no uso desse tipo de energia. “Esses três países têm muitos mais sistemas solares instalados do que o Brasil, mas o Brasil tem um recurso solar muito melhor, e isso inclui o Paraná”, explicou Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da entidade.
Segundo ele, o Paraná já tem 390 megawatts de energia solar em operação. Isso representa cerca de R$ 2 bilhões em investimentos trazidos pelo setor ao Estado, além da geração de 12 mil empregos locais. “Esse é o começo de um trabalho de crescimento econômico sustentável que o mercado ajuda o Paraná a desenvolver, e temos a oportunidade de continuar avançando com parcerias entre os setores público e privado”, reforçou Sauaia.
Apicultura e turismo rural
Durante o evento, o secretário de Agricultura também anunciou que o Banco do Agricultor vai passar a abranger com subvenção de crédito mais duas áreas: apicultura e turismo rural. Assim, projetos que modernizem a produção de mel ou que atraiam turistas para o Interior vão poder receber o benefício do juro máximo de 1,5% ao ano concedido pelo Estado.
Ortigara aponta que as duas áreas já têm seu espaço garantido no Paraná, mas podem se desenvolver através da tecnologia. O Estado é líder nacional na produção de mel, por exemplo, mas ainda tem possibilidades a serem exploradas, agregando valor ao produto. “Ainda exportamos mel em tambores. Mas o mundo pede, por exemplo, mel com trufa, e nós precisamos começar a produzir”, endossou o secretário.
O turismo rural, por outro lado, representa uma renda importante para centenas de famílias. “Queremos estimular o cicloturismo, as Caminhadas da Natureza e as paisagens naturais, como cânions e cachoeiras. Esses espaços acolhem o povo, e o agricultor pode melhorar sua infraestrutura através de investimentos. Isso gera emprego e traz renda para o meio rural”, complementou Ortigara.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



