Notícias Sanidade animal
Com índice de vacinação de 99% contra Brucelose, São Paulo alcança mais um recorde histórico
Marca é a maior desde o início da vacinação obrigatória contra a enfermidade no Estado de São Paulo, em 2002.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), alcançou durante a campanha de vacinação contra Brucelose do segundo semestre de 2023 o índice inédito de 99%. A marca é a maior desde o início da vacinação obrigatória contra a enfermidade no Estado de São Paulo, em 2002.
“O índice demonstra a seriedade e o comprometimento do Governo de SP com a atividade de vacinação contra a Brucelose, além do engajamento e conhecimento dos produtores rurais com a doença e sobre a importância da vacinação, uma vez que estão vacinando cada vez mais”, comemora Rodrigo Ferreira, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PECEBT).
Para Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da CDA, o índice recorde vai além da sanidade animal e também se relaciona com a saúde pública. “É mais um empenho que além das metas, visa a saúde pública, uma vez que a Brucelose é uma zoonose e pode atingir as pessoas, por isso seu controle também é uma das nossas preocupações”, destaca.
Durante a campanha, todas as fêmeas, bovinas e bubalinas, de três a oito meses de idade, deveriam receber a dose do imunizante. Segundo o GEDAVE, das 365.850 (trezentos e sessenta e cinco mil, oitocentos e cinquenta) bovinas indicadas para o recebimento da vacina, foram imunizadas 361.922 (trezentos e sessenta e um mil, novecentos e vinte e dois).
Já das 7.342 (sete mil, trezentos e quarenta e duas) bubalinas existentes no Estado, 7.278 (sete mil, duzentos e setenta e oito) foram vacinadas de acordo com relatório do sistema.
Os produtores que não imunizaram suas fêmeas cometeram uma infração (deixar de aplicar produtos e insumos) e podem ser penalizados em 5 UFESP’s por fêmea não vacinada. O valor da UFESP em 2024 foi estipulado em R$ 35,36.
Etapa 2024
A primeira etapa da vacinação contra a Brucelose em 2024 já está em andamento e os produtores têm até 31 de maio para imunizarem seus rebanhos.
A manifestação mais comum da Brucelose bovina no rebanho é o abortamento no terço final de gestação, acarretando diminuição da produção de carne e leite, aumento do intervalo entre partos e queda da taxa de natalidade. Além desses prejuízos econômicos diretos, a Brucelose é uma zoonose considerada doença ocupacional, sendo frequente a infecção das pessoas que estão em contato direto com os animais doentes ou que consomem leite cru ou seus derivados.
Trata-se de uma doença de notificação obrigatória ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e à Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
A vacinação obrigatória contra a Brucelose é feita nas fêmeas entre 3 e 8 meses de idade e apenas uma única vez. Nos machos, por sua vez, não é permitida a vacinação.
É importante ressaltar que trata-se de uma vacina viva, que deve ser manuseada com cuidado para evitar a infecção de quem a manipula. Portanto, a vacinação deve ser feita por um médico-veterinário cadastrado, que além de garantir a aplicação do imunizante com segurança, fornece o atestado de vacinação ao produtor para que este faça sua declaração junto à Defesa Agropecuária.
A relação dos médicos-veterinários cadastrados na Defesa Agropecuária para realizar a vacinação nos diversos municípios do Estado de São Paulo está disponível clicando aqui.

Notícias
Pescadores precisam regularizar registro até 31 de dezembro
Envio do REAP é obrigatório para manter o RGP ativo e garantir o acesso ao seguro-defeso; ministério intensifica auditorias e alerta para cancelamentos.

Opescador e a pescadora profissional têm até 31 de dezembro para enviar o Relatório Anual de Exercício da Atividade Pesqueira (REAP) no sistema PesqBrasil, do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). O prazo é fundamental para manter o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) ativo e garantir o direito ao seguro-defeso.
O REAP é o documento que comprova que o trabalhador exerceu regularmente a pesca ao longo do ano. Nele, são informados, mês a mês, os volumes pescados, as espécies capturadas e os locais de pesca. Sem esse envio, o RGP fica irregular e o pescador não poderá acessar benefícios, como o seguro-defeso.
Registros estão sendo auditados
O MPA reforça que todas as informações declaradas passam por verificação. Segundo a secretária Nacional de Registro, Monitoramento e Pesquisa da Pesca e Aquicultura, Carolina Dória, o ministério já vem realizando um amplo processo de fiscalização. “O Ministério está conferindo todos os registros e cancelando aqueles que não estão ativos. Já foram mais de 300 mil cancelados apenas neste ano”, afirmou.
Ela também alerta que o preenchimento do REAP deve refletir a realidade da atividade exercida. “O seguro-defeso é um direito de quem vive da pesca. Quem não exerce a atividade e mantém registro ativo pode ser responsabilizado”, completou.
RGP e CIN
Para enviar o REAP, é necessário que o pescador esteja com o RGP ativo e regular. Além disso, até o prazo final, também é obrigatória a Carteira de Identidade Nacional (CIN), que passa a ser exigida tanto para a manutenção do RGP quanto para o envio do relatório.
A adoção da CIN permite ao Governo Federal integrar as bases de dados e aumentar a segurança na concessão do seguro-defeso e de outros benefícios sociais, como o Bolsa Família, reduzindo fraudes e garantindo que os recursos cheguem a quem realmente trabalha na pesca.
Como preencher o REAP
O preenchimento é feito de forma online e leva poucos minutos:
Acesse o Sistema PesqBrasil, do Ministério da Pesca e Aquicultura
Clique na opção “Manutenção” do seu cadastro
Entre no módulo REAP
Informe os dados da sua atividade pesqueira (espécies, quantidades, métodos e locais de pesca)
Envie o relatório
O acompanhamento pode ser feito no próprio menu “Manutenção”.
Não deixe para a última hora. O prazo termina no dia 31.
Notícias
Invasão de fazenda no Noroeste do Paraná acende alerta no campo
Sistema Faep repudia ação em Xambrê, cobra reintegração imediata e aponta risco à segurança jurídica e aos investimentos na produção agropecuária.

O Sistema Faep manifesta repúdio à invasão da Fazenda Santa Fé, no município de Xambrê, na região Noroeste do Paraná, neste sábado (27), por 250 integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) e do Movimento de Terra e Alimento. Diante do ocorrido, o presidente da entidade, Ágide Eduardo Meneguette, solicitou apoio ao secretário estadual de Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, para a imediata reintegração de posse.
Desde a invasão, equipes da Polícia Militar do Paraná, por meio do 25º Batalhão, com sede em Umuarama, estão no local. O acesso à fazenda permanece fechado e controlado pelas forças policiais.
Nos últimos meses, a escalada de invasões promovidas tem gerado insegurança entre produtores paranaenses. Para o presidente do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette, a invasão de propriedades produtivas e privadas constitui ato ilegal e afronta direta ao Estado de Direito, além de comprometer a produção agropecuária e desestimular investimentos no setor.
“Não vamos aceitar que grupos organizados desrespeitem a lei e coloquem em risco a segurança dos nossos produtores rurais”, afirma Meneguette. “O meio rural não pode estar atrelado a práticas ilegais e coercitivas promovidas por grupos criminosos. Essas ações enfraquecem as instituições, prejudicam o andamento de políticas públicas e ameaçam a segurança jurídica, um risco grave para o desenvolvimento do setor agropecuária”, complementa.
O Sistema Faep segue acompanhando o caso, dando suporte aos proprietários, por meio do Sindicato Rural de Umuarama, e cobrando a imediata reintegração de posse. Para a entidade, esse procedimento gera instabilidade, desestimula investimentos no campo e favorece a atuação de grupos que agem à margem da lei.
Notícias Retrospectiva 2025
Oferta recorde derruba preços da soja e amplia exportações do Brasil em 2025
Produção global elevada, colheita histórica no País e recomposição da oferta nos EUA e na Argentina pressionaram as cotações, enquanto os embarques brasileiros atingiram novo recorde.

O mercado de soja apresentou elevada volatilidade de preços ao longo de 2025, em um contexto de ampla oferta global, disputas comerciais entre China e Estados Unidos, mudanças na política de “retenciones” na Argentina e expansão da demanda em diversos países.
As cotações médias foram as mais baixas dos últimos anos tanto no Brasil quanto no front externo. Os Indicadores CEPEA/ESALQ – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná registraram em 2025 as menores médias anuais desde 2019, em termos reais. Na CME Group, o contrato de primeiro vencimento teve a menor média anual desde 2020.
No Brasil, apesar de o ano ter começado com o menor estoque de passagem em quatro safras, o avanço acelerado da colheita 2024/25 confirmou uma produção recorde de 171,48 milhões de toneladas.

Foto: Gilson Abreu
A quebra registrada no Rio Grande do Sul foi compensada pela elevada produtividade nos demais estados, o que ampliou a disponibilidade interna e a liquidez do mercado spot. Com esse desempenho, o País respondeu por cerca de 40% da produção mundial, estimada em 427,15 milhões de toneladas pelo USDA.
Argentina e EUA também tiveram recuperação expressiva na produção, alcançando os maiores volumes desde a safra 2021/22. Os EUA colheram 119,04 milhões de toneladas, crescimento de 5% em relação à temporada anterior, enquanto a Argentina produziu 51,1 milhões de toneladas, avanço de 6%. Outros países também atingiram recordes, reforçando o cenário de ampla oferta global.
Do lado da demanda, o desempenho também foi relevante. A China importou 108 milhões de toneladas, quantidade 3,5% menor que a da safra anterior, mas esse recuo foi compensado pela expansão das compras em outros destinos.
No total, o comércio mundial de soja atingiu 184,8 milhões de toneladas em 2024/25, alta de 3,9%, com o Brasil respondendo por 55,8% das exportações globais. Os embarques brasileiros atingiram um novo recorde em 2025. A China permaneceu como principal destino, com participação de 78,3% (de janeiro a novembro), enquanto a Argentina ampliou as importações do grão brasileiro em 73,5%, um movimento atípico e relevante ao longo do ano.



