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Com foco no hidrogênio verde, Paraná elabora nova política pública para biogás e biometano

O grupo estuda um plano que estabeleça uma política pública de aproveitamento racional e eficiente das possibilidades de energia renovável. A primeira verão será apresentada em fevereiro, durante o Show Rural.

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O Governo do Paraná, por meio do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), trabalha na elaboração de uma política pública de aproveitamento de forma intensiva de dejetos agropecuários com vistas à produção de biogás e biometano e foco no hidrogênio verde. Em novembro do ano passado foi criado um grupo de trabalho e neste ano há uma continuidade nas ações de apoio e incentivo aos produtores rurais, dentro do escopo do Programa Paraná de Energia Rural Renovável (RenovaPR), que já apoia o financiamento de usinas sustentáveis.

O grupo estuda um plano que estabeleça uma política pública de aproveitamento racional e eficiente das possibilidades de energia renovável. Entre as estratégias está uma parceria com a Compagas, que abre uma boa oportunidade de introdução do biometano em sua matriz energética, possibilitando a injeção de biometano nos gasodutos. Isto, por si só, gerará grande demanda no setor, cuja maior fonte de geração está exatamente no aproveitamento por biodigestão dos dejetos das cadeias produtivas de proteína animal e nos resíduos das agroindústrias e frigoríficos.

Fotos: Geraldo Bubniak/AEN

A nova política que estimulará o biogás e o biometano pretende ampliar os benefícios e estímulos tanto pela tributação incentivada como pela subvenção às taxas de juros dos financiamentos rurais. Isso possibilitará que produtores, agroindústrias e cooperativas agropecuárias tenham maiores atrativos para instalar biodigestores em suas respectivas propriedades.

A política pública aplicada pelo RenovaPR estimulará a geração de energia térmica em substituição à demanda por lenha. “A geração própria de energia elétrica é extremamente vantajosa para os produtores rurais, da mesma forma que é a geração de biometano para uso combustível tanto em motores geradores como no transporte e logística do próprio agro”, afirmou o coordenador do programa de energia renovável, Herlon Goelzer de Almeida.

O mercado brasileiro já oferta geradores, caminhões e tratores a biometano, o que poderá dar uma enorme autonomia e economia a produtores, cooperativas e agroindústrias paranaenses.

“O grande objetivo é gerar maior competitividade ao agro do Paraná em suas diferentes cadeias produtivas, seja pela redução de custos propiciada, seja pela geração de novos produtos, seja pela venda de energia elétrica e biometano, produtos que os criadores e agroindústrias paranaenses já podem produzir e fornecer com regularidade ao mercado”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A política pública em discussão terá sua primeira versão apresentada até o final de fevereiro. Depois, passará por análise e discussões com o setor produtivo e suas instituições, sendo aperfeiçoada durante o mês de março. A previsão do anúncio oficial é entre os dias 18 e 20 de abril, durante o Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que ocorrerá em Foz do Iguaçu, no Oeste. O primeiro debate público ocorrerá no Show Rural Coopavel, em Cascavel (Oeste), no dia 9 de fevereiro, às 10 horas no Espaço Impulso.

A política é uma das estratégias para preparar o Paraná para ser um dos ambientes brasileiros mais propícios à produção de hidrogênio verde, nome que se dá ao hidrogênio produzido com eletricidade oriunda de meios orgânicos e processos limpos, e com o uso de energia renovável no seu processo. Para isso, a biomassa paranaense, em especial das cadeias produtivas da proteína animal, é uma fonte com volume expressivo e renovável.

“O hidrogênio é considerado o combustível do futuro e motivo de investimentos de pesquisa e desenvolvimento por muitos países, e o Paraná e o Brasil estão nessa rota com reconhecimento mundial da sua viabilidade”, disse Ortigara.

Investimentos

Recentemente, uma missão alemã, capitaneada por representantes do governo e empresários, esteve em Toledo e Nova Santa Rosa, onde foi recebida pelo vice-governador Darci Piana, pelo secretário Norberto Ortigara e pelo secretário Valdemar Bernardo Jorge (Desenvolvimento Sustentável), para discutir investimentos na geração de biogás, biometano e hidrogênio verde. Foram assinados convênios de cooperação entre as empresas alemãs e as cooperativas Ambicoop, de Toledo, e Coopersan, de Nova Santa Rosa. “Essa foi uma demonstração de que o Paraná possui potencial para hidrogênio verde, tanto que o governo e empresas alemãs já estão investindo 2,3 milhões de euros em infraestrutura e no estudo de viabilidade técnica e econômica”, acentuou Ortigara.

Foto: José Fernando Ogura/AEN

Para o coordenador do RenovaPR, o desafio da nova política é tornar mais atrativa as condições no ambiente paranaense para estimular ainda mais a geração de biogás, biometano e, no futuro próximo, o hidrogênio verde. “As agroindústrias e cadeias produtivas de suínos, frango e leite são as mais promissoras, pois possuem dejetos e resíduos, que, além de gerarem energia, poderão gerar hidrogênio”, afirmou Almeida.

A geração do hidrogênio, que é uma energia renovável, na rota que será estimulada no Paraná, se dará pelo uso da quebra da molécula do metano (CH4), isolando o carbono e tendo duas moléculas de hidrogênio (H2). O processo é diferente, por exemplo, da rota estimulada na região Nordeste do País, que é pela eletrólise da água (H20) do mar, com o uso de energia eólica, que gera uma molécula de hidrogênio (H2) e libera oxigênio para a atmosfera ou para uso industrial.

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Para esse avanço na política pública paranaense, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR Paraná), por meio do RenovaPR, discute a realização de um convênio com a Agência Alemã de Cooperação, o que deve se efetivar ainda neste trimestre.

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O Governo do Estado também organiza, via Secretaria de Planejamento, uma integração maior de todos os atores envolvidos em ações isoladas nesse processo a nível local, como Copel, Sanepar, Invest Paraná, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e o setor privado.

Fonte: AEN

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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