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Com expectativa de safra recorde, disponibilidade do milho no 2º semestre deve trazer mais conforto ao mercado

Somada a 1ª e a 3ª safra são projetados um novo recorde de 121,6 milhões de toneladas do cereal brasileiro, apresentando uma recuperação em comparação à safra anterior, castigada pela estiagem, geada e ataques de pragas em importantes regiões produtoras do país. Em relação ao ciclo anterior, o aumento na produção deverá chegar a 44%.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Os produtores de milho deverão colher em dezembro uma produção de 93 milhões de toneladas na safra 2022/23 conforme estimativas da consultoria StoneX Brasil. Somada a 1ª e a 3ª safra são projetados um novo recorde de 121,6 milhões de toneladas do cereal brasileiro, apresentando uma recuperação em comparação à safra anterior, castigada pela estiagem, geada e ataques de pragas em importantes regiões produtoras do país. Em relação ao ciclo anterior, o aumento na produção deverá chegar a 44%.

Especialista em Inteligência de Mercado da StoneX Brasil, Ana Luiza Lodi – Foto: Divulgação/StoneX

Conforme a especialista em Inteligência de Mercado da StoneX Brasil, Ana Luiza Lodi, se as projeções se confirmarem esta será a maior produção de milho 2ª safra já registrada, porém Ana lembra que mesmo com estágio avançado da cultura, cerca de 19% das lavouras de 2ª safra de milho ainda se encontram sob influência do clima (entrevista feita na primeira quinzena de agosto). “Estamos com uma perspectiva muito positiva de oferta de milho no mercado doméstico com atual colheita, que segue em andamento, e também de aumentar a exportação do cereal, que quando a oferta diminui é a primeira variável que sofre, mas é preciso ficar atento às mudanças do clima”, ponderou.

De outro lado, a consultoria Radar Agro do Itaú BBA prevê um volume um pouco menor, mas ainda assim recorde de produção na safra 2021/22, chegando a 115 milhões de toneladas. Isso somado a um cenário de leve aumento de área a ser produzida com milho verão na safra 2022/23 e também de um crescimento de 5% no plantio de milho safrinha, que seria abaixo da média de 9% dos últimos três anos, deverá trazer um conforto maior em relação à disponibilidade local do cereal, o que amorteceria possíveis aumentos das exportações e ainda assim reduzir os níveis de prêmios sobre as paridades com as cotações internacionais. “Diferentemente do observado em 2021 e 2022, as cotações deverão atravessar 2023 oscilando ao redor dos níveis de paridades de exportação, ou seja, em patamares levemente menores do que em 2022”, expõem.

Exportações

Segundo estimativas da Companhia de Abastecimento Nacional (Conab), com a entrada da safra 2021/22 deverá haver um incremento de 80,2% das exportações do grão, com estimativa de que 37,5 milhões de toneladas devem sair do país via portos. Os estoques finais também tendem a aumentar em 25,3% na comparação com a safra anterior, o que indica a recomposição da disponibilidade interna do cereal ao fim do ano safra em curso. “O impasse pela liberação dos grãos da Ucrânia no porto do Mar Negro é um dos fatores que tendem a reforçar a demanda pela oferta do Brasil”, menciona a especialista da StoneX Brasil.

Comercialização do milho

Ao longo do primeiro semestre de 2022 a média do valor da saca de milho na Bolsa de Chicago foi 21% superior em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo os consultores do Radar Agro do Itaú BBA, a razão para essa elevação na Bolsa de Chicago é reflexo do balanço apertado de oferta e demanda global, intensificado com a interrupção do fluxo comercial na região do Mar Negro em razão do conflito entre Ucrânia e Rússia, países que representam juntos em torno de 18% da produção mundial de milho, sendo a Ucrânia o quarto maior produtor mundial. Além disso, a região é importante produtora e exportadora de trigo, produto substituto ao milho na ração animal.

Por sua vez, no porto de Paranaguá (PR), a média do preço de milho nos primeiros seis meses do ano ficou cerca de R$ 94,30 a saca, enquanto no mês de julho estava sendo comercializada R$ 85 a saca. “Essa queda é resultante do arrefecimento dos preços da exportação de milho, que deixaram de concorrer com os preços do mercado doméstico. Com perspectivas de entrada de uma safrinha recorde no mercado há uma pressão sobre os preços no meio do ano, no entanto, mesmo assim os preços se mantêm fortalecidos, o que deve amortecer um pouco as margens dos custos de produção”, afirma Ana.

Com esse cenário, a relação entre o estoque e uso local tende a seguir abaixo da média dos últimos anos. Em relação à China, importante importador global do cereal, apesar de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) esperar uma leve redução da produção local, o órgão aponta que as importações do milho tenderão a reduzir quando comparado com a safra 2021/22, atingindo 18 milhões de toneladas. “Entretanto, recentemente os governos chinês e brasileiro avançaram no acordo do protocolo sanitário que deve pavimentar o caminho para que o milho nacional também seja destinado a esse importante mercado”, pontuam os consultores da Radar Agro.

Mais um ano de boas margens para os produtores

Os consultores do Itaú BBA apontam que com a queda dos preços dos nitrogenados para patamares próximos dos observados no período pré-guerra entre Ucrânia e Rússia, a relação de troca para adquirir insumos apresentou melhora. “Embora o cenário de risco de disponibilidade de fertilizantes tenha reduzido, ainda não se pode descartar a hipótese que possíveis desafios para a entrega de tais insumos poderão ocorrer, o que poderia afetar a disponibilidade de produtos para os produtores que estiverem no final da fila”, avaliam, acrescentando que o ambiente de negócios vai seguir influenciado pelo grande nível de incertezas derivado dos desdobramentos da guerra e dos eventos relacionados à pandemia. “Diante desse cenário, é de se esperar, por exemplo, que a volatilidade cambial seguirá elevada e que atrasos logísticos poderão ocorrer, como observado recentemente”.

Os especialistas da Radar Agro também chamam atenção para a perda de eficiência operacional nos portos da China, apontando como uma das consequências da crise logística marítima agravada pela Covid-19, salientando a importância de os produtores gerenciarem bem seus riscos (mercado, operacional, financeiro, etc.), com especial atenção ao descasamento cambial. “Dados os maiores custos e gargalos logísticos esperados para o próximo ano, será importante ao produtor preservar bons níveis de liquidez para fazer frente à possíveis aumentos do ciclo de caixa, seja para operar em um mercado antecipado para compra de insumos e/ou para alongamento do prazo de recebimento das agroindústrias”, analisam.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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