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Com boa demanda, suíno acumula valorização de 9,39% em junho

Demanda interna esteve um pouco mais discreta ao longo do mês, sendo compensada pelo bom fluxo de exportação

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Arquivo/OP Rural

O mercado brasileiro de suínos refletiu o cenário de boa demanda, especialmente voltada ao mercado externo, e se aproxima do final de junho acumulando uma valorização de bastante expressiva no preço do quilo vivo no Centro-Sul do País, de 9,39%, de acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado. O analista Allan Maia ressalta que a demanda interna esteve um pouco mais discreta ao longo do mês, sendo compensada pelo bom fluxo de exportação, o que manteve a disponibilidade de oferta bem ajustada.

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil ficou em R$ 4,63 na quinta-feira (27), bem acima dos R$ 4,23 praticados no encerramento de maio. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 7,86, alta de 3,38% frente aos R$ 7,68 praticados no fechamento do mês anterior. A carcaça registrou um valor médio de R$ 7,79, avançando 12,34% frente ao preço praticado no final de maio, de R$ 6,94.

Para o segundo semestre, Maia acredita em um cenário otimista para o mercado, considerando o cenário complicado da China, que sofre com uma grande lacuna de oferta, o que deve levar o país a atuar de forma ainda mais incisiva nas importações, favorecendo o Brasil.

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 146 milhões em junho (14 dias úteis), com média diária de US$ 10,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 43,5 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 3.353,50.

Em relação a maio, houve alta de 72,9% na receita média diária, ganho de 16,5% no volume diário e avanço de 48,4% no preço. Na comparação com junho de 2018, houve aumento de 273,2% no valor médio diário exportado, incremento de 116,6% na quantidade média diária e ganho de 72,3% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 104, avanço frente aos R$ 92 registrados no fechamento de maio. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 3,50 para R$ 3,65. No interior a cotação no estado aumentou de R$ 4,45 para R$ 4,85. Em Santa Catarina o preço do quilo na integração subiu de R$ 3,50 para R$ 3,70. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 4,50 para R$ 4,90. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 4,45 para R$ 4,80 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo aumentou de R$ 3,55 para R$ 3,65.

No Mato Grosso do Sul a cotação na integração avançou de R$ 3,50 para R$ 3,60, enquanto em Campo Grande o preço aumentou de R$ 3,75 para R$ 3,90. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 4,90 para R$ 5,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno avançou de R$ 5 para R$ 5,90. No mercado independente mineiro, o preço também aumentou de R$ 5 para R$ 5,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis avançou de R$ 4 para R$ 4,35. Já na integração do estado a cotação passou de R$ 3,45 para R$ 3,61.

Fonte: Agência SAFRAS

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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020

Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

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Foto: Asgav

Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.

Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.

O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.

Fonte: Assessoria Cepea
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis

Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.

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Fotos: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.

Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).

“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

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Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.

A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.

O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.

Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.

“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.

Fonte: Assessoria JBS
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