Notícias AQUICULTURA E PESCA
Com apoio do Mapa, Semana do Pescado incentiva consumo de peixes e demais espécies no país
A ideia é estimular o consumidor a experimentar e conhecer pratos típicos do país com pescado
Além de saboroso, o pescado é uma proteína magra fonte de energia e de nutrientes importantes para o organismo humano, como ômega-3, ferro, zinco, cálcio e vitaminas do complexo B. No Brasil, o consumo ainda é vinculado a períodos específicos do ano, como a Semana Santa e o Natal.
Para estimular o consumo de pescado pelos brasileiros, começa, nesta quarta-feira (1º) a Semana do Pescado, que tem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em sua 18ª edição, a ação, organizada pelo setor privado, pretende descentralizar o conhecimento e acesso aos produtos dos grandes centros de produção e consumo para atingir todas as cidades brasileiras.
Considerada uma “segunda Quaresma”, a Semana do Pescado, em edições anteriores, mostrou um aumento entre 30% e 50% nas vendas no varejo no período da campanha, que vai até 15 de setembro.
Segundo o secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério, Jorge Seif, o Brasil tem a maior ictiofauna do mundo, o que nos permite experimentar essa grande variedade de espécies.
“O brasileiro gosta do peixe na brasa, do bobó de camarão, da caldeirada. Então, a Semana do Pescado serve para incentivar o consumidor a experimentar novas espécies, testar novas receitas, visitar restaurantes. Isso aumenta o consumo, o que, consequentemente, também impacta na cadeia produtiva, reduzindo a importação e impactando nos preços dos produtos”, explica.
Produção e consumo de pescado
O Brasil se destaca por ser um grande produtor desta proteína animal, além de possuir uma diversidade de espécies aquáticas de água doce e água salgada. Além de peixes, o pescado reúne crustáceos (camarões), moluscos (ostras e mexilhões), anfíbios (rãs), répteis (jacaré e tartarugas), equinodermos (ouriços e pepinos-do-mar) e outros animais aquáticos usados na alimentação humana.
O pescado ainda pode ser produzido através da atividade agropecuária, conhecida também, como aquicultura. Hoje, o país ocupa a 15ª posição na produção de peixes em cativeiro, e é o 8º na produção de peixes de água doce.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, na sigla em inglês) estima que a produção global de peixes tenha chegado a cerca de 179 milhões de toneladas em 2018, das quais 82 milhões de toneladas foram provenientes da produção aquícola.
Esta atividade, sendo praticada de forma adequada e sustentável, pode auxiliar nas Metas mundiais da OMS para reduzir a má nutrição até 2030, e ainda, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), colocar fim à fome, garantir segurança alimentar e gerar melhoria da nutrição da população.
Assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que o consumo dessas proteínas deve ser semanal, em pelo menos duas refeições. Isso significa uma média de 12 kg por pessoa ao longo de um ano, de acordo com a FAO. O brasileiro, no entanto, está um pouco abaixo da média, com um consumo anual de cerca de 9 kg.
Dicas de consumo e compra
Para incrementar o consumo nacional, a Semana do Pescado promove a comercialização de diferentes espécies em todo o país e compartilha receitas. O pescado está presente em diversos pratos típicos das regiões do Brasil, podendo ser preparado frito, assado, ao molho, e elaborado com ingredientes locais e frescos, carregando a diversidade cultural brasileira.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.