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Com alta de 31,7%, carne de frango in natura foi o produto mais exportado pelo Paraná em 2022

O Paraná registra crescimento considerável na economia há alguns anos. Em 2015, por exemplo, o volume de produtos exportados representava US$ 2,3 bilhões.

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

A carne de frango in natura ganhou destaque entre os produtos mais exportados na balança comercial paranaense de 2022. O produto teve alta de 31,72% nas exportações (de US$ 2,7 bilhões para US$ 3,6 bilhões), ultrapassando a soja em grão, que costumava liderar a lista, mas no ano passado registrou uma queda devido à perda de safra por conta da forte estiagem que assolou o Estado em 2021. A participação de aves no comércio internacional aumentou de 14,5% para 16,5%.

Os maiores compradores de carne de frango in natura foram China (US$ 776 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 334 milhões) e Japão (US$ 274 milhões).

Já a venda de soja para o Exterior variou de R$ 4,6 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Os principais destinos foram China (US$ 2,4 bilhões), Coreia do Sul (US$ 104 milhões) e Irã (US$ 99 milhões). Apesar de ter ultrapassado a soja em grão e o farelo de soja, o volume de exportação de carne não superou o complexo todo, que inclui óleo, cuja soma ultrapassa US$ 5,7 bilhões.

Os dados constam em um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), construído a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

Para o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o aumento na busca dos países pela carne de frango paranaense se deu por uma série de fatores externos, entre eles a guerra na Ucrânia e a inflação interna. Entretanto, ele destaca que a procura ocorreu também por conta da qualidade do produto, que ganha cada vez mais mercado.

“Temos uma vantagem competitiva e comparativa, tecnologia, milho e soja em abundância e empresas verticais. Temos qualidade reconhecida, tanto in natura como processado, além de sanidade reconhecida. São vários atributos que nos conferem uma presença importante no mercado externo, levando a carne paranaense para todo o mundo”, ressaltou.

Segundo ele, a previsão é que em 2023 o setor continue em expansão, impulsionado principalmente pelo grande volume de investimentos na indústria agropecuária. “Nos próximos 12 meses, algumas plantas que estavam paradas vão começar a operar, e também serão feitos ajustes de abates por parte de algumas empresas. Ainda haverá crescimento da produção e da exportação, a expectativa é muito positiva. O mundo precisa da nossa comida e vamos continuar exportando”, complementou Ortigara.

Balança

De acordo com o estudo do Ipardes, as exportações cresceram 16,2% em 2022 no Paraná. Foram transportados US$ 22,1 bilhões em produtos para o mercado externo, contra US$ 19 bilhões movimentados em 2021. No caminho inverso, as importações aumentaram 32% (de US$ 16,9 bilhões para US$ 22,8 bilhões). Com isso, a balança comercial fechou o ano passado com diferença de US$ 279 milhões entre os dois caminhos do comércio internacional.

O Paraná registra crescimento considerável na economia há alguns anos. Em 2015, por exemplo, o volume de produtos exportados representava US$ 2,3 bilhões.

Produtos

Os principais produtos exportados foram carne de frango, soja em grão, farelo de soja, açúcar bruto, óleo de soja bruto, papel, cereais e celulose. Atrás da carne de frango in natura está a soja em grão, que teve 13,6% de participação em 2022. Em 2021, ela alcançou 24,5%.

“O ano de 2022 foi de safra muito ruim para o Paraná. Acabamos produzindo 12,2 milhões de toneladas diante de uma perspectiva inicial de 20 milhões. O problema começou em dezembro de 2021. Perdemos mais de 9 milhões de toneladas por causa da seca. E esse problema atingiu todos os principais produtores: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina também perderam”, explicou Ortigara.

No terceiro lugar entre os produtos mais transportados para fora do País esteve o farelo de soja, com alta de 35,8% em 2022. Foram exportados US$ 1,7 bilhão, com 8% de participação, contra US$ 1,3 bilhão em 2021 (6,9% de participação). Os países que mais importaram o produto do Estado foram Países Baixos (US$ 345 milhões), Alemanha (US$ 291 milhões) e Vietnã (US$ 191 milhões).

Açúcar bruto (US$ 995 milhões), óleo de soja bruto (US$ 942 milhões), papel (US$ 871 milhões), cereais (US$ 811 milhões), celulose (US$ 766 milhões), madeira compensada ou contraplacada (US$ 643 milhões) e automóveis (US$ 523 milhões) também romperam a marca do meio bilhão de dólares.

Em 2022, a importação de adubos e fertilizantes teve alta de 83,9%, com US$ 3,5 bilhões, frente a US$ 1,9 bilhão em 2021 (de 11,3% para 15,7% de participação), seguida por óleos e combustíveis, que teve um aumento de 134,8%, com US$ 2,5 bilhões importados contra US$ 1,1 bilhão em 2021. Em terceiro lugar estiveram produtos químicos, com uma variação de 102,3%. Em 2022, foram US$ 2 bilhões, enquanto que no ano anterior foram US$ 1 bilhão importados.

Agronegócio

Segundo o economista Francisco Castro, do Ipardes, os números refletem o potencial econômico do Estado e foram impulsionados principalmente pelo desenvolvimento do Interior do Paraná. “Temos setores produtivos bem espalhados pelo Estado. Há produção de soja em quase todo território paranaense, a avicultura expandiu muito em várias regiões, isso fez com que a economia dessas cidades encontrasse um encadeamento produtivo, com geração de empregos e renda, o que contribui com desenvolvimento social do Paraná”, disse.

O economista destaca também o protagonismo do agronegócio na atividade econômica paranaense e o impacto do setor nos resultados consolidados em 2022. “O Paraná tem instituições importantes nesse setor, grandes estabelecimentos industriais, ambiente de negócio favorável, investimentos para expansão. Foi um setor que passou muito bem durante a pandemia, contribuiu inclusive para o crescimento do PIB do Estado”, destacou Castro.

Ortigara complementa que, apesar da balança comercial ter fechado 2022 com saldo de mais importações, o potencial de exportação do agronegócio paranaense é gigante. “Nós importamos mais do que exportamos, fazia tempo que isso não acontecia, mas só o agronegócio trouxe no último ano US$ 14,6 bilhões líquidos, o que pagou as demais importações”, complementou.

Segundo dados do Agrostat, o Paraná é o sexto maior exportador do Brasil, e quando se trata do agronegócio, é o terceiro maior, representando 75,5% de todas as exportações paranaenses.

“O Paraná é reconhecido pelo mundo pela participação relevante na produção agropecuária, o que passa pelas proteínas animais. Também temos participação importante na produção de açúcar e etanol, placas, papel e celulose, ou seja, continua havendo um movimento de investimentos em diversos produtos, e o mundo sabe que nós temos relevância”, disse o secretário.

Para 2023, ele destaca que a expectativa é de um aumento na produção do setor, e que a expectativa é de alta na exportação do complexo de soja. “Esperamos produzir acima de 21 milhões de toneladas de soja. A safra está ligeiramente atrasada, houve frio e chuva em setembro e outubro, o que prejudicou os processos de grãos, mas a perspectiva é que teremos uma safra bem boa”, arrematou.

Nacional

O valor total exportado pelo Brasil em 2022 cresceu 19,1% e o valor importado foi 24,3% maior do que o registrado em 2021. Assim, o superávit na balança comercial do País fechou o ano passado em US$ 61,8 bilhões, um pouco superior aos US$ 61,4 bilhões de 2021.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), no Indicador de Comércio Externo (Icomex).

Segundo a instituição, o saldo em novembro e em dezembro surpreendeu com a melhora das vendas para a China, com destaque para a agropecuária. O superávit do setor extrativo caiu e houve déficit da indústria de transformação.

 

Fonte: Ascon AEN

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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