Conectado com

Notícias Mercado

Colheita do trigo avança no Paraná, mas oferta ainda não pressiona

Além da situação das lavouras do Rio Grande do Sul e do Paraná, o mercado brasileiro acompanha as oscilações cambiais

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

A colheita do trigo no Paraná pode terminar antes do habitual. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, o rápido desenvolvimento das lavouras e a significativa evolução semanal dos trabalhos favorecem essa projeção. “Os preços no Paraná começam a recuar novamente, devido ao ingresso desta oferta de maneira mais representativa, em um curto espaço de tempo”, disse.

Por outro lado, as recentes secas no Paraná causaram estragos nas lavouras de trigo, reduzindo a produtividade observada na colheita. A meteorologia indica chuvas que, além de poder reduzir a intensidade dos trabalhos, pode causar maiores danos às lavouras restantes, levando a uma nova queda de produtividade geral.

“Por ser o principal produtor nacional, os impactos no quadro de oferta nacional tendem a ser sentidos nos referenciais de preços no mercado doméstico. Ou seja, mesmo com este período de ingresso de safra, e com o início da colheita no Rio Grande do Sul, os preços paranaenses já não deverão recuar de maneira mais acentuada”, analisou.

Além da situação das lavouras do Rio Grande do Sul e do Paraná, o mercado brasileiro acompanha as oscilações cambiais. A valorização do real em relação ao dólar reduz o custo das importações, favorecendo a indústria nacional, que necessita buscar parte abastecimento no mercado internacional.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita do trigo no Paraná atinge 70% da área, estimada em 1,023 milhão de hectares, contra 1,102 milhão de hectares em 2018, queda de 7%. As lavouras estão em boas condições (62%), condições médias (29%) e ruins (9%), divididas entre as fases de desenvolvimento vegetativo (1%), floração (10%), frutificação (51%) e maturação (38%).

Rio Grande do Sul

A colheita de trigo ainda não foi iniciada no Rio Grande do Sul. Segundo a Emater/RS, 3% das lavouras encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 28% delas em fase de floração, 64% estão na fase de enchimento do grão e em 5% delas o trigo encontra-se em maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita). Nesta safra, a área estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares. A área de cultivo de trigo no RS corresponde a 37% da área brasileira de plantio com o grão.

USDA

Os estoques norte-americanos de trigo em 1o de setembro de 2019 totalizaram 2,385 bilhões de bushels – leve baixa em relação ao mesmo período de 2018. O mercado esperava os estoques em 2,318 bilhões de bushels. Os estoques trimestrais de trigo durum totalizaram 92,9 milhões de bushels, alta de 3% frente ao ano passado.

A produção de trigo dos Estados Unidos totaliza 1,962 bilhão de bushels em 2019, alta de 4% ante o total revisado para 2018, de 1,89 bilhão de bushels. O mercado esperava o número em 1,971 bilhão de bushels. A área colhida totalizou 38,1 milhões de acres, 4% abaixo do ano anterior. A produtividade das lavouras norte-americanas é estimada em 51,6 bushels por acre, 4,0 bushels acima do ano passado.

Fonte: Agência SAFRAS

Notícias

IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

Publicado em

em

Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias

ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
Continue Lendo

Notícias

Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.