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Colheita do trigo avança e preços sobem no Brasil

Preços do trigo se mantêm apresentando maior sustentação do que o habitual para este período

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Divulgação/AENPr

O mercado brasileiro de trigo acompanha o início das conversas sobre a possibilidade de aprovação, ou não, para comercialização do produto transgênico. Recentemente, a Argentina autorizou o uso comercial, vinculado ao aceita do Brasil em importar o grão.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Joanthan Pinheiro, os preços do trigo se mantêm apresentando maior sustentação do que o habitual para este período. “Os agentes seguem atentos às condições das lavouras na Argentina e toda situação climática desfavorável resultante da seca no país vizinho, bem como por possíveis problemas para o trigo pronto para colheita que eventualmente podem ocorrer devido a precipitações no Brasil”, disse.

De maneira geral, conforme o analista, o clima está favorável no Brasil e o mercado pode, gradualmente, apresentar retrações dos referenciais, tendo em vista a alta nas bolsas de referenciais internacionais. Registros no Paraná, nesta semana, ficaram acima dos vistos nas últimas, com reportes FOB entre R$ 1.350,00 até R$ 1.400,00 por tonelada. “Vale destacar que produtores que não necessitam de venda imediata estão elevando suas pedidas, ou se retraindo, para voltar a negociar somente em um período de entressafra, mais propício ao lado ofertante”, analisou.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou que a colheita atinge 84% da área, com avanço semanal de 5 pontos percentuais. Em igual período do ano passado, eram 82% colhidos. As condições das lavouras no estado vêm melhorando semana a semana. Aproximadamente 66% das plantas já estão próximas do ponto de colheita.

Rio Grande do Sul

A colheita do trigo atinge 31% da área no Rio Grande do Sul. O avanço semanal foi de 13 pontos percentuais. Em igual período do ano passado, os trabalhos chegavam a 20%. A média dos últimos cinco anos é de 26%. A ausência de chuvas na semana favoreceu a colheita do trigo no estado.

Até o momento, 45% das lavouras estão em maturação, 23% em enchimento de grãos e 1% em floração. O desenvolvimento está em linha com a média dos últimos cinco anos.

Argentina

A colheita de trigo atinge 3% da área na Argentina. Segundo boletim semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os trabalhos avançaram 1,7 ponto percentual na semana. A Bolsa rebaixou sua estimativa de produção para 16,8 milhões de toneladas. Na última semana, caiu o percentual de lavouras em deficit hídrico e em más condições.

Conforme o documento, 50% das lavouras estão em situação de regular a ruim. Na semana passada, eram 52%. Em igual período do ano passado, 29% da área estava nessa situação. As lavouras com condição de excelente a boa passaram de 9 para 10%. Nesta semana, 53% das lavouras estão em situação de déficit hídrico. Na semana passada, eram 54% e, no ano passado, 46%. A área fica em 6,5 milhões de hectares.

Fonte: Agência Safras

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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