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Colheita de milho avança no Brasil, enquanto nos EUA pressiona as cotações

Nesse cenário, os negócios estiveram em ritmo lento na maior parte do mês, e os preços cederam.

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Foto: Albari Rosa

O avanço da colheita da segunda safra brasileira de milho, as estimativas oficiais indicando produção recorde no País e o início da colheita nos Estados Unidos mantiveram compradores afastados do mercado spot nacional em agosto. Nesse cenário, os negócios estiveram em ritmo lento na maior parte do mês, e os preços cederam. No acumulado de agosto, o Indicador Esalq/BM&FBovespa cedeu apenas 0,15%, fechando a R$ 53,54/saca de 60 kg no dia 31.

A média mensal, de R$ 53,34/sc, recuou 3% sobre a de julho. O Indicador Esalq/BM&FBovespa atravessou o mês de agosto operando entre R$ 52 e R$ 53/saca de 60 kg.

 

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores registraram baixa de 1,8% no mercado de balcão (ao produtor), mas avançaram 1,4% no mercado de lotes no mesmo período. Já quando comparadas as médias mensais de julho e agosto, as quedas foram de 1,5% e 0,7%, respectivamente.

Na B3, os contratos recuaram em agosto, devido à elevada oferta interna e à queda das cotações internacionais. Ambos os vencimentos setembro e novembro deste ano baixaram 4% no acumulado de agosto, fechando a R$ 53,15/sc e a R$ 56,64/sc de 60 kg no dia 31, respectivamente.

Estimativas

A Conab reajustou positivamente a estimativa da segunda safra para 100,18 milhões de toneladas (um novo recorde), sendo dois milhões de toneladas acima do relatório de julho e 14,7 milhões de toneladas superior à safra anterior. Com isso, a produção total de milho na safra 2022/23 está estimada em 129,96 milhões de toneladas, também recorde.

O consumo foi mantido em 79,4 milhões de toneladas, e as exportações foram ajustadas para 50 milhões de toneladas, dois milhões acima do divulgado em julho. Caso essas projeções se confirmem, os estoques finais para janeiro de 2024 estão previstos em 10,5 milhões de toneladas, quantidade 28% superior à da safra anterior.

Em termos mundiais, o USDA indica que, apesar da cautela quanto ao impacto do clima quente e seco nas lavouras, a produção mundial em 2023/24 deve ser de 1,21 bilhão de toneladas. Os aumentos ocorreram principalmente na Argentina, na União Europeia e nos Estados Unidos.

 

O consumo deve totalizar 1,2 bilhão de toneladas, enquanto os estoques mundiais ao final da temporada devem ser de 311 milhões de toneladas, aumento de 4% em relação à 2022/23.

Campo

Produtores brasileiros seguiram concentrados nos trabalhos de campo em agosto. Enquanto a colheita – de uma segunda safra recorde – caminhou para a reta final em muitas regiões, em outras, como no Rio Grande do Sul e no Paraná, agricultores iniciaram a semeadura da temporada de verão 2023/24, que pode ter a área menor que a da safra anterior.

Em relatório divulgado no último dia 04 de setembro, a Conab apontou que a colheita da segunda safra chegou a 89,2% da área nacional, atraso anual de aproximadamente 8 p.p. Os estados de Goiás, Maranhão, Piauí, Tocantins e Mato Grosso já finalizaram as atividades.

Em Mato Grosso do Sul, até o dia 25 de agosto, a colheita havia alcançado 54% da área estadual, com atraso de 17 p.p. em relação à temporada anterior, segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Esse cenário se deve ao atraso da semeadura e também à expectativa de recuperação nos valores por parte dos produtores.

Para o Sudeste, o tempo seco vem beneficiando a colheita, que chegou a 68% em São Paulo e a 94% em Minas Gerais, de acordo com dados da Conab.

Já no Paraná, a Deral/Seab indicou que a colheita no estado chegou, até o dia 28, a 63% da área, ainda com 28 p.p. de atraso em relação ao mesmo período da temporada anterior.

Quanto à semeadura da safra verão, foi iniciada no Rio Grande do Sul e no Paraná, mas a área pode ser reduzida, devido aos baixos preços que vêm sendo praticados no mercado interno, além dos riscos climáticos para o período. Assim, parte dos produtores deve optar por outras culturas, como a soja.

Conforme a primeira estimativa da Emater, no Rio Grande do Sul (o terceiro maior produtor de safra verão em 2022/23), a redução na área deve ser de 0,7%, mas deve ser compensada pelo aumento de 53% da produtividade.

Já para o Paraná, o Deral/Seab, aponta redução de 16% na área estadual e produtividade 1% menor, o que pode resultar em produção de 3,13 milhões de toneladas, queda de 17% em relação à 2022/23.

A região de Erechim (RS) já conta com 20% da área semeada, Santa Rosa (RS), com 70%, e algumas cidades próximas que compõem a região de Ijuí (RS) somam 40% da área, segundo o relatório da Emater/RS divulgado no dia 31 de agosto.

No Paraná, a Seab/Deral indicou que a semeadura chegou a 9% da área estadual até o dia 28.

Portos

Em agosto, a moeda norte-americana avançou 4,6% de 31 de julho a 31 de agosto, a R$ 4,95. O preço em Paranaguá (PR) avançou 3,7% no mesmo comparativo, a R$ 60,13/saca de 60 kg e, em Santos (SP), a alta foi de 6,7% a R$ 61,48/sc no dia 31.

Quanto aos embarques brasileiros, totalizaram 9,39 milhões de toneladas em agosto, superando os 7,44 milhões no mesmo mês de 2022 – dados da Secex.

Internacional

Apesar das preocupações com o tempo quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, as estimativas indicando safra mundial volumosa e o início da colheita no Sul dos EUA pressionaram as cotações.

Com isso, entre 31 de julho e 31 de agosto, os contratos setembro/23 e dezembro/23 recuaram 8,5% e 6,7%, fechando a US$ 4,61/bushel (US$ 181,48/t) e a US$ 4,7825/bushel (US$ 188,28/t) no último dia do mês.

Quanto às lavouras, o USDA relatou, no dia 28 de agosto, que 55% da safra norte-americana estava em condição entre boa e excelente.

Na Argentina, as atividades estão em bom ritmo e, segundo a Bolsa a de Cereales, até o dia 31, a colheita havia alcançado 98,9% da área estimada.

Fonte: Assessoria Cepea

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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal

Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.

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Fotos: SEAB

A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.

“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.

“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.

Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.

“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.

Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.

A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.

Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.

Indicação geográfica

Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)

Fonte: AEN-PR
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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná

Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.

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Foto: Shutterstock

De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!

A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.

Foto: Hb audiovisual

Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.

Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!

Fonte: Assessoria ABCS
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