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Cobb-Vantress destaca processo de evisceração de aves: principais cuidados para garantir qualidade e reduzir perdas na indústria avícola
Vísceras ou intestinos demasiadamente cheios ou muito vazios impactam diretamente no percentual de contaminação e perdas durante o processo de evisceração
Eder Barbon, médico veterinário e Especialista em Plantas de Abate e Qualidade da Cobb-Vantress na América do Sul.
O Brasil abate em média 23 milhões de frangos por dia, de acordo com a publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de março 2021. Assim, configura-se no cenário mundial como terceiro maior produtor de carne de frangos e primeiro exportador, com 4,610 milhões de toneladas exportadas em 2021, que contabilizou 9% a mais que o ano anterior.
O mercado interno, de extrema importância, representa o maior percentual de consumo com cerca de 67,8% do total produzido, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Tais números reafirmam que, durante os últimos dois anos de pandemia, a indústria brasileira de proteína animal não paralisou a sua produção, como aconteceu em alguns países. Assim, o setor conseguiu cumprir um papel importante de atender a demanda dos consumidores do Brasil e do exterior.
Embora tenha alcançado um recorde na produção de frango, a rentabilidade ficou apertada em virtude dos altos custos de produção, pressionando ainda mais a indústria a buscar melhores índices zootécnicos, em especial melhor conversão alimentar, melhores rendimentos na planta de abate e redução de perdas no processo produtivo.
Além de melhores rendimentos, a garantia de qualidade e a segurança alimentar dos produtos são fatores fundamentais e se tornam um diferencial competitivo de grande importância para indústria avícola continuar crescendo e oferecendo proteína de alta qualidade com menores custos e margens positivas.
Além dos preços elevados da matéria-prima, infelizmente temos acompanhado a elevação de todos os custos dos processos nas plantas, especialmente de mão de obra, que atualmente impacta significativamente o custo total de abate. Frente a isso, a indústria avícola obrigatoriamente vem passando por um processo de automatização em toda cadeia produtiva, em especial nas plantas de abate.
O abate e processamento de aves é composto por várias etapas importantes, desde a chegada das aves na plataforma de abate até a embalagem e expedição do produto final. Todas as fases, desde a pendura das aves, o atordoamento, a sangria, a escalda, a depena, a evisceração, o resfriamento, os cortes ou o frango inteiro, a embalagem, o congelamento ou o resfriamento e a expedição, são importantes e demandam monitoramento constante e ininterrupto durante todo turno de abate. O objetivo é evitar desvios e perdas que podem impactar diretamente na qualidade do produto, rendimento final da planta e na lucratividade final da empresa.
A padronização e o controle dos processos, além dos rendimentos da planta são extremamente importantes e representam grande diferencial competitivo entre as empresas. Isso está na mão da equipe, diferentemente dos preços de matérias-primas e custos, que em sua grande maioria dependem do mercado.
Para se ter uma ideia da importância dos rendimentos, que impacta diretamente no resultado econômico final da empresa, consideramos, por exemplo, que a perda de somente 1% no rendimento final da planta para uma empresa que abate 200.000 aves/dia, com preço atual médio do mix de produtos e dólar médio de 2022, representa em torno de dois milhões de dólares por ano.
O processo de eventração, ou evisceração, das aves que no passado era realizado manualmente, assim como os demais processos de abate, hoje na sua grande maioria está totalmente automatizado, com equipamentos modernos projetados para realizar o trabalho rápido, eficiente e ajustado para preservar a integridade e qualidade das carcaças com baixos percentuais de perdas.
Consideramos que o principal objetivo da evisceração na planta é limpar e preparar eficientemente as carcaças para o processo de resfriamento, mantendo a qualidade e rendimento. Não minimizando a importância dos demais processos na planta, a evisceração das aves é um momento delicado, em que se abre as carcaças com um corte na pele do abdômen, expõe e retira-se as vísceras e intestinos da cavidade abdominal. Qualquer desvio ou desajuste dos equipamentos pode levar a rompimentos e gerar contaminações e perdas.
A manutenção preventiva do equipamento, assim como os ajustes momentâneos para cada tipo de lote de acordo com a variação do peso vivo, é de extrema importância e reduz sensivelmente os desvios e possíveis perdas de pacotes de vísceras como: coração, moela e fígado, miúdos de alto valor econômico.
Deve-se medir o desempenho e realizar ajuste do equipamento de acordo com o necessário, com uma frequência mínima a cada troca de lote. Espera-se a melhor eficiência possível do equipamento, entre 97% e 99%, sendo que o equipamento deve ter por escrito seu programa de manutenção preventiva e ações corretivas em caso de desvios, assim como mão de obra treinada com excelência para manutenção e operação do processo.
Um fator importante que pode impactar negativamente na qualidade do processo de evisceração, que por muitas vezes passa despercebido na planta é a qualidade e falta de ganchos na linha de abate, assim como ganchos vazios sem carcaças que passam pelo equipamento intercalados. A planta deve ter um programa que inclua ganchos novos e reparados que possam garantir rápida substituição caso necessário.
Além do peso vivo das aves que requer ajustes, devemos considerar o percentual de uniformidade e coeficiente de variação (CV) das aves dentro do próprio lote, quanto maior a variação do CV e diferença de peso entre as aves do mesmo lote, maior a dificuldade no ajuste do equipamento, consequentemente maior probabilidade de desvios. Dentro desse conceito, lotes de frangos sexados com menor variação nos pesos (CV), propiciam o processo de evisceração. Outro fator determinante para garantir eficiência no processo, evitar contaminações e perdas e que não depende somente do ajuste do equipamento é a qualidade e uniformidade do jejum alimentar pré-abate.
Acompanhar, monitorar e ajustar o jejum para que o máximo de aves do lote cumpram corretamente o jejum entre 8 e 12 horas, garantindo hidratação uniforme do lote através de estímulos para consumo de água entre 4 e 6 horas após o corte da ração é condição imprescindível.
Vísceras ou intestinos demasiadamente cheios ou muito vazios impactam diretamente no percentual de contaminação e perdas durante o processo de evisceração. Devemos considerar que, além da evisceração, a boa hidratação garante redução de perda de rendimento final e melhor condição de bem-estar das aves.
Concluímos que a automatização na indústria avícola nacional, em especial o processo de evisceração das aves, assim como nos demais setores da indústria que tem grande dependência de mão de obra é inevitável. Formar, preparar e treinar equipes de alta performance para operar essas novas tecnologias com eficiência, além de receber do campo a matéria-prima (frango vivo) com boa qualidade de carcaça, com bom empenamento, baixo percentual de lesões de pele, saudáveis, uniformes e com jejum pré-abate do lote dentro do preconizado é fundamental para se obter altos rendimentos e baixos percentuais de perdas, garantindo melhor lucratividade e sobrevivência da empresa nos momentos de custo elevado dos insumos e preços de produtos baixos.
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Fortaleza, Caruaru e Natal são os próximos destinos da Rota da Sanidade Ceva Aves de Postura
Nos dias 22, 23 e 24 de outubro, os especialistas da Ceva Saúde Animal compartilharão informações técnicas sobre sanidade aviária com profissionais da indústria avícola de postura no Nordeste, região de destaque na produção de ovos no Brasil.
A caravana da equipe da Unidade de Negócios Avicultura da Ceva Saúde Animal Brasil está rumo ao Nordeste a fim de levar palestras técnicas sobre estratégias de gestão e inovações em saúde aviária.
A primeira parada será no dia 22 de outubro em Fortaleza (CE), seguida por Caruaru (PE) no dia 23 e Natal (RN) no dia 24 de outubro. “O foco será na proteção eficaz, otimização de mão de obra, performance das aves e bem-estar animal, visando sempre a rentabilidade dos estabelecimentos comerciais”, informa Felipe Pelicioni, Gerente de Marketing Aves de Ciclo Longo da Ceva Saúde Animal no Brasil.
A iniciativa, realizada com o apoio de parceiros regionais da Ceva Saúde Animal, entre elas a DrogaVet Agroveterinária e a Usivet, trará uma programação técnica voltada para os desafios sanitários específicos da região Nordeste. “Os participantes terão acesso a temas que impactam diretamente a saúde e a gestão diária de suas operações nas granjas, uma excelente oportunidade para atualização, troca de ideias, acompanhamento dos debates e muito networking, planejada sob medida por nossa equipe”, complementa Pelicioni.
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Biochem LATAM realiza 1º Workshop sobre Saúde Intestinal em Foz do Iguaçu
A Biochem LATAM promoveu, na última semana, o 1º Workshop Biochem LATAM – Saúde Intestinal, realizado na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. O evento reuniu técnicos e especialistas de diversas empresas do Brasil e da América Latina, com o objetivo de discutir questões relevantes para a produção animal, de forma clara e objetiva, focando na saúde intestinal.
A realização do workshop, que antecedeu o PSA Latin America, foi pensada de maneira estratégica. Ao promover o evento antes de um dos maiores congressos do setor, a Biochem LATAM reforçou sua posição como uma referência no mercado, oferecendo soluções práticas, objetivas e baseadas em ciência e tecnologia para a indústria.
“Foi uma excelente oportunidade de interação entre técnicos e especialistas do setor, fortalecendo o intercâmbio de ideias e o desenvolvimento de novas práticas que impactam diretamente a produção”, destacou Paulo Oliveira. “Estamos comprometidos em promover a saúde intestinal de forma eficaz, contribuindo para o avanço da indústria”.
A Biochem LATAM agradece a presença de todos os clientes, parceiros e amigos que participaram deste importante evento. Juntos, seguimos na missão de fortalecer a indústria e melhorar a saúde intestinal com soluções inovadoras e sustentáveis.
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GutGuard chega ao mercado para revolucionar a saúde intestinal e o desempenho produtivo das aves
De Heus lança solução que combina ácidos orgânicos e óleos essenciais para melhorar integridade intestinal, absorção de nutrientes e produtividade na avicultura
A De Heus, multinacional holandesa e líder em nutrição animal, acaba de lançar a especialidade GutGuard, uma solução inovadora desenvolvida para elevar a saúde intestinal e o desempenho produtivo de aves de corte, poedeiras comerciais e matrizes reprodutoras. Com uma fórmula exclusiva composta por óleos essenciais, vitaminas e ácidos orgânicos, GutGuard atua na promoção da modulação microbiana entérica e melhoria da integridade intestinal das aves, resultando em animais mais saudáveis e produtivos.
De acordo com David Toledo, Gerente de Negócios – Aves da De Heus, o lançamento de GutGuard representa um avanço significativo na nutrição avícola e trará muitos benefícios para o setor. “Nosso produto traz uma combinação sinérgica de ácidos orgânicos e óleos essenciais selecionados, que fortalece a saúde intestinal das aves e otimiza a absorção de nutrientes, o que cria um ambiente intestinal desfavorável para patógenos. Ele funciona oferecendo um reforço significativo na integridade do intestino, aumentando a resistência da barreira intestinal e fortalecendo as ‘tight junctions’, que são essenciais para impedir a entrada de patógenos. Sua dosagem poderá ser ajustada conforme a orientação da equipe técnica da De Heus. Com isso, há um incremento significativo no ganho de peso e melhora da conversão alimentar, levando à maior produtividade dos sistemas e lucratividade para os avicultores”, explica ele.
O diferencial de GutGuard reside em sua formulação inovadora e exclusiva, sendo que a utilização de óleos essenciais com alto peso molecular e propriedades não voláteis garante que os princípios ativos do produto sejam mantidos estáveis e eficazes ao longo de todo o trato gastrointestinal. “Acreditamos que o GutGuard representa uma verdadeira evolução no manejo da saúde intestinal das aves, oferecendo uma abordagem mais direta e eficiente em comparação com os produtos tradicionais do mercado”, destaca o gerente.
Benefícios extras de GutGuard: uma visão global
O uso de GutGuard contempla ainda os pilares de sustentabilidade e segurança alimentar, pois a ação antibacteriana e anti-inflamatória do produto reforça a resistência natural das aves e contribui para um sistema produtivo mais responsável e seguro. David Toledo aponta que “ao promover uma saúde intestinal robusta, GutGuard não só melhora a qualidade do produto final, seja carne ou ovo, mas também fortalece a posição dos avicultores no mercado, com lotes mais uniformes e produtivos”.
Diante dos desafios sanitários enfrentados pela avicultura, como surtos de doenças e altos custos com medicamentos, GutGuard surge também como uma importante alternativa natural e eficaz, que pode ser utilizada tanto em conjunto com promotores de crescimento tradicionais quanto como uma ferramenta auxiliar na redução do uso de antibióticos. Embora não substitua diretamente os antibióticos, ele atua de forma complementar para um manejo mais sustentável e responsável.
“A De Heus está comprometida em fornecer soluções que façam a diferença para os avicultores na superação dos desafios diários da produção, garantindo um futuro mais produtivo e sustentável para a avicultura”, salienta Toledo.