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Coamo é referência na comercialização de produtos agrícolas

Desde a fundação, há 50 anos, Coamo mantém comercialização como ponto primordial da atividade agrícola dos cooperados

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Fotos: Divulgação

Uma equipe treinada e altamente capacitada que opera nos mercados interno e externo, responsável pela comercialização dos produtos entregues pelos cooperados. Esse é um importante trabalho realizado pela Coamo desde a sua fundação. Ao longo de 50 anos, os produtos e a maneira de comercializar mudaram. O algodão, por exemplo, deixou de fazer parte do calendário de produção e a soja teve um incremento, sendo a principal commoditie na safra 2019/2020.

Os cooperados são informados diariamente sobre os mercados. Assim, podem decidir sobre o melhor momento para comercializar a produção. A Coamo foi criada em 1970 com o objetivo de comercializar trigo, mas logo veio a soja. As primeiras produções eram armazenadas em silos de plásticos. Os volumes eram pequenos e uma indústria em Maringá comprava toda a produção. “Na época, as informações eram bem restritas.  A cooperativa ofertava soja e apenas no dia seguinte sabia a resposta do comprador. Às vezes, o negócio era fechado, às vezes não. Logo, a cooperativa aprendeu que os preços eram balizados em Chicago (EUA)”, comenta o diretor Comercial da Coamo, Rogério Trannin de Mello.

Ele ressalta que a área Comercial da Coamo sempre estuda o mercado para saber se o preço oferecido pelos compradores é a melhor alternativa para os cooperados, mas para que isto acontecesse foi preciso investir.  “A Coamo foi se estruturando ao longo dos anos, construindo armazéns, indústrias, terminais portuários e reforçando a frota de caminhões, para extrair o máximo que o mercado podia oferecer para o produtor.”

De acordo com ele, a cooperativa se adequa ao momento do mercado e do cooperado. “Somos os seus ouvidos e olhos para o mercado”, destaca.

Rogério Trannin observa que o papel da Coamo é comercializar a produção explorando as melhores oportunidades de mercado. Porém, é o cooperado que dita o ritmo. É ele que escolhe o momento certo de fixar o preço. “No início, a cooperativa adotou um sistema que existe até hoje no Japão. Comercializava a produção durante o ano e no final todos tinham a mesma média de preços. Mas, isso logo mudou e os cooperados é que decidem se é ou não o momento de vender.”

 

Mercados interno e externo

A Coamo é capaz de atuar no mercado nacional e internacional em grandes volumes. A cada negócio tem condições de encher um navio de grande porte com a produção dos cooperados. Isso melhora o preço, pois os custos diminuem. Um produtor individual não teria condições e acesso a esse tipo de mercado, ainda mais parcelando as vendas em pequenas etapas. Um grande diferencial para o cooperado é que a cooperativa paga no dia, à vista, e isso é valorizado por ele. “Isso possibilita que ele [cooperado] possa explorar as condições de mercado até o último momento. Pode analisar o mercado e tomar a decisão que entender ser a mais correta”, afirma Trannin.

 

Desenvolvendo o mercado

A Coamo tem capacidade de desenvolver novos mercados. O diretor Comercial explica que em muitos casos o mercado tradicional pode não estar remunerando dentro do esperado. “Um dos exemplos é com o milho. Em 1996, a Coamo foi a pioneira na exportação do cereal, mais precisamente para o Marrocos, com 40 mil toneladas. Na época, foi uma situação necessária, tendo em vista os baixos preços do milho no mercado interno. Esta operação resultou num aumento de 10%, melhorando a comercialização dos produtores.”

Outra situação com o milho ocorreu em 2000, quando houve uma geada que prejudicou bastante as lavouras. Diante disso, os compradores imaginaram que a produção seria completamente atingida. A colheita foi acima do esperado, mas com qualidade inferior e ficou sem mercado. A Coamo foi atrás de alternativas e encontrou compradores na Espanha, que utilizaram o produto na produção de cerveja. “Eles visitaram outras empresas no Brasil, mas o produto da Coamo estava mais bem conservado, e a cooperativa estava estruturada para exportar. Conseguimos fazer a venda e remunerar o cooperado. Isso abriu novos mercados para o cereal. São ações que geram boa reputação no mercado externo e ajudam a realizar novas exportações.” O diretor Comercial lembra que na esteira da Espanha, o Japão se interessou pelo milho da Coamo, que na época, não era transgênico. “Eles precisavam de milho para alimentação humana, com alta qualidade e a Coamo conseguiu atender. Fizemos vários negócios, isso abriu os olhos do mundo para o milho do Brasil. Se o Japão comprou era porque o produto era bom.”

Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador de milho. Conforme Trannin, essa liquidez possibilita ao cooperado comercializar parte da produção antes mesmo de colher. “Sem exportação, isso não seria possível. Temos o orgulho de dizer que conseguimos desenvolver esse mercado”, destaca.

A Coamo vende farelo de soja em navios contratados pela cooperativa diretamente aos consumidores na Europa. Foi a primeira cooperativa brasileira a realizar essa operação que antes acontecia pelas multinacionais.

 

Solução para o trigo

A mesma situação ocorre com o trigo, que não tinha liquidez e a comercialização era mais difícil, pois os compradores preferiam importar o cereal. Trannin recorda que no passado existiam reclamações quanto a qualidade do produto brasileiro. “Fomos entender onde estava o problema e tivemos que substituir algumas variedades que não davam o resultado esperado. Incentivamos as empresas para que desenvolvessem novas variedades que se adequassem as exigências do mercado”, frisa.

A qualidade melhorou, mas a reputação não, pois os compradores ainda falavam mal do trigo nacional, então, a cooperativa teve que buscar novos mercados. Os moinhos do Norte e do Nordeste sempre foram atendidos por trigo de fora, importados da Argentina, Estados Unidos e Canadá. “Enviamos amostras do nosso trigo, eles gostaram, mas como outros moinhos falavam mal do nosso produto no mercado, ficaram receosos quanto à qualidade. Então, decidiram levar um caminhão para testes em escala industrial, pois em planta piloto poderia não retratar a realidade”, conta o diretor da Coamo.

Segundo ele, quando o caminhão chegou não tinha como descarregar em função de que as moegas eram fechadas, pois os produtos só chegavam de navio. “Para descarregar o caminhão eles tiveram que quebrar a parede. Foi um esforço que deu certo. O fato ocorreu em outubro de 2014. Eles gostaram do nosso produto, que dava sim para fazer pão francês. Então, compraram um, dois, dez navios e fizeram elogios no Congresso Nacional da Indústria de Trigo em São Paulo. Com isso, a má imagem foi desfeita e o nosso trigo passou a ser reconhecido como de alta qualidade para panificação”, lembra.

Em 2015, a Coamo inaugurou um moderno moinho de trigo no seu parque industrial em Campo Mourão. Dois meses após entrar em funcionamento, toda a produção já estava vendida, pois a farinha é de ótima qualidade.

 

Novos mercados e a credibilidade

Conforme Rogério Trannin, o principal segredo para atuar no mercado interno e externo é ter credibilidade. “O agricultor não opera com uma empresa ou cooperativa em que não confia, assim como a Coamo não venderá a produção para compradores que não tenham reputação, e os compradores sérios não irão comprar produtos de cooperativas que não possam cumprir os contratos. A comercialização é motivada pela credibilidade”, diz.

 

Fonte: Assessoria

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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