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CNA identifica potencial de aumento das exportações de pelo menos 41 produtos para a Coreia do Sul

Estudo mostra que é preciso superar desafios como barreiras tarifárias e não tarifárias para concorrer em condições semelhantes com outros mercados

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Ivan Bueno/APPA

O Brasil tem potencial para aumentar as exportações, para a Coreia do Sul, de pelo menos 41 produtos agropecuários, podendo chegar a 250 itens, de acordo com um estudo inédito elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O estudo “Brasil e Coreia do Sul: Complementariedade que merece amplo acordo” mostra que é preciso superar desafios como as barreiras tarifárias e não tarifárias para concorrer em condições semelhantes com outros mercados com os quais o país asiático tem acordos comerciais, como China, Austrália, Nova Zelândia, União Europeia e Estados Unidos.

O documento foi lançado na quarta-feira (14) durante live com representantes do Governo Federal para discutir as negociações em torno do acordo de livre comércio com o país asiático, iniciadas em 2018. Participaram do encontro o subsecretário-adjunto de Negociações Internacionais do Ministério da Economia (ME), Alex Meger Amorim, e o secretário-adjunto de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Flávio Campestrin Bettarello.

“O que o estudo mostra é que só um acordo amplo e ambicioso com a Coreia do Sul poderá contemplar as potencialidades do mercado brasileiro e beneficiar os nossos exportadores”, afirmou a coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, Sueme Mori, moderadora do debate.

Segundo ela, as exportações do Brasil para a Coreia do Sul foram de US$ 2,2 bilhões em 2020, crescimento de 8% em relação a 2019, o que reforça a importância deste mercado para o agro brasileiro. O país asiático está entre os sete principais destinos das vendas externas brasileiras de produtos do setor e importa de outros países 70% dos alimentos que consome.

No encontro, os representantes do governo destacaram a importância de aumentar a inserção do agronegócio brasileiro no comércio internacional, especialmente no continente asiático. Na avaliação de Alex Meger Amorim, um dos desafios é desgravar as tarifas aos produtos agrícolas do Brasil para ampliar o acesso dos produtos do agro. “É um mercado bastante restrito aos produtos agrícolas. Mais de 95% do comércio deles se dá com produtos industriais”, explicou.

Já representante do Mapa disse que um acordo de livre comércio com os coreanos pode representar uma porta de entrada dos produtos do agro brasileiro em outros países do continente asiático. “Nossa participação ainda é tímida”. No entanto, alertou, será necessário discutir as ofertas entre as partes para melhorar as condições oferecidas pelos sul-coreanos aos produtos do agro brasileiro.

“Se dermos mais acesso, precisamos garantir mais acesso também. Eles têm uma oferta concentrada em bens industriais e não podemos deixar o agro de fora do mercado coreano. Precisamos compensar em setores onde somos mais ofensivos”, explicou.

Estudo

Um dos critérios analisados para identificar produtos com maior potencial de exportação foi a análise de setores simultaneamente fortes tanto nas exportações brasileiras quanto nas importações sul-coreanas junto ao mercado mundial, mas com o comércio bilateral aquém do potencial. Entre esses produtos os maiores destaques foram carnes, cereais e produtos e fibras têxteis*.

Carnes

Neste contexto, o setor de carnes mostrou um potencial inexplorado de até US$ 3,5 bilhões, com destaque para a carne suína in natura (até US$ 1,3 bilhão) e para a carne bovina in natura (até US$ 1,1 bilhão). Estes dois produtos sofrem alíquotas de importação de 40% (para as carnes em geral chega a 72%). Em 2017, a Coreia do Sul abriu seu mercado para a carne suína de Santa Catarina e desde então o comércio tem crescido, chegando a US$ 9,3 milhões em 2019.

Cereais

Já as exportações de cereais têm um potencial de até US$ 2 bilhões, dos quais US$ 1,7 bilhão apenas para o milho. “A Coreia do Sul é um mercado promissor para essas exportações especialmente em razão da complementariedade – a indústria coreana utiliza largamente o cereal como insumo para fabricação de rações”, explica o estudo.

Os sul-coreanos são grandes importadores mundiais de grão de milho, comprando, em média US$ 5,4 bilhões, dos quais US$ 348 milhões do Brasil. A alíquota de importação chega a 630%.

Produtos e fibras têxteis

Fibras e produtos têxteis também entram na lista de potenciais produtos para ingressar em maior volume no mercado sul-coreano. O Brasil é responsável por cerca de 10% de todo comércio mundial, com vendas que alcançaram US$ 1,9 bilhão entre 2017 e 2019, mas apenas US$ 83,3 milhões foram para o país asiático, destino de 2,2% das importações mundiais.

Neste segmento, o produto com maior potencial identificado foi o algodão não cardado nem penteado. O produto não enfrenta tarifas de importação e apresenta potencial de até US$ 276,1 milhões.

Fonte: CNA

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Com adesão de consórcio, selo de sanidade agroindustrial chega a 135 municípios paranaenses

Susaf/PR acaba com entraves burocráticos que impossibilitam que produtos alimentícios e derivados reconhecidamente bons do ponto de vista higiênico-sanitário sejam vendidos além dos limites locais. A adesão do Comesp permite a indicação de agroindústrias de 29 municípios da Região Metropolitana de Curitiba.

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Fotos: Gisele Barão/E-Paraná Comunicação

O Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná (Comesp) oficializou na última sexta-feira (19) sua adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR). Com isso, os 29 municípios que formam o consórcio poderão indicar suas pequenas agroindústrias que cumprem com as normas sanitárias para ampliarem o seu potencial de venda para todo o Estado.

O Susaf/PR acaba com entraves burocráticos que impossibilitam que produtos alimentícios e derivados reconhecidamente bons do ponto de vista higiênico-sanitário sejam vendidos além dos limites locais. Para receber o certificado, as empresas precisam ter registro no Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal. A meta governo estadual é chegar a 200 municípios com adesão até o final de 2026. Atualmente, 135 cidades fazem parte do programa.

Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “Fizemos uma lei para abrir as portas para essas agroindústrias, para que tenham a oportunidade de vender para 11 milhões de pessoas, que é a população do Paraná”

Na solenidade de oficialização da entrega dos certificados de adesão, que aconteceu na sede do Comesp, em Curitiba, o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reforçou o apoio do Estado à agroindústria familiar. “Tem produtos muito bons que são feitos nos municípios e têm apenas selo de inspeção municipal. Nós fizemos uma lei para abrir as portas para essas agroindústrias, para que tenham a oportunidade de vender para 11 milhões de pessoas, que é a população do Paraná”, disse.

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir César Martins, destacou a qualidade dos produtos das agroindústrias paranaenses. Ele lembrou o desempenho dos produtores no 3º Mundial de Queijos, na semana passada, que rendeu 55 prêmios ao Estado, além do prêmio de Melhor Queijeiro do Brasil e a 2ª posição na categoria Melhor Queijista do Brasil. “É uma satisfação muito grande para nós, pois a Adapar tem um braço muito pesado na fiscalização efetiva, mas hoje ela tem outro braço que vemos aqui, que é o trabalho em conjunto com os municípios, para as pequenas agroindústrias terem condições de produzir com qualidade”, afirmou.

Municípios

Os consorciados do Comesp que integram a iniciativa são Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo do Tenente, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Doutor Ulysses, Fazenda Rio Grande, Guaratuba, Itaperuçu, Lapa, Matinhos, Piên, Pinhais, Piraquara, Pontal do Paraná, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná. “Às vezes, temos produtos como queijos, salames, entre outros, com boa qualidade, mas com venda limitada. Trabalhamos isso com nossos técnicos das prefeituras para dar essa possibilidade aos produtores de conseguir outros selos de inspeção. Isso gera emprego, renda, e melhora as condições dos estabelecimentos”, disse o prefeito de Almirante Tamandaré e presidente do Consórcio, Gelson Colodel.

Na oportunidade, algumas empresas da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e Litoral  também receberam o selo Sisbi-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de

Diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir César Martins: “É uma satisfação muito grande para nós, pois a Adapar tem um braço muito pesado na fiscalização efetiva, mas hoje ela tem outro braço que vemos aqui, que é o trabalho em conjunto com os municípios”

Origem Animal).

Adesão

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal (GIPOA) da Adapar, Mariza Koloda, o Susaf/PR busca incentivar o desenvolvimento das agroindústrias, com melhoria na qualidade dos produtos e acesso a novos mercados, entre outros benefícios. “Destacamos e agradecemos os prefeitos aqui do Comesp, pelo esforço e apoio para a adesão ao Susaf, e também às equipes das prefeituras, do IDR-Paraná, e a todos que direta ou indiretamente trabalharam muito para chegarmos a este momento”, disse.

O Susaf foi criado por lei em 2013 e regulamentado em 2020. O programa é destinado especialmente à agroindústria familiar e às de pequeno porte. A exigência é que elas estejam registradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM). O selo pode ser concedido aos municípios ou consórcios intermunicipais que apresentem como atribuição o serviço de inspeção e que ele seja estruturado, garantindo que o produto é de qualidade.

Os estabelecimentos interessados em obter o selo Susaf/PR devem seguir os programas de autocontrole, como limpeza, desinfecção e higiene, hábitos higiênicos e saúde dos manipuladores. Além disso, são exigidos a manutenção das instalações e equipamentos, controle de potabilidade de água, seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens, controle de pragas e vetores e controle de temperatura. Também devem contratar profissional habilitado para a industrialização e conservação dos produtos.

Os consumidores podem verificar no site da Adapar os municípios cadastrados. Por meio dos links, o interessado será encaminhado aos sites dos municípios, onde estão informações dos estabelecimentos e dos produtos indicados ao Susaf/PR.

Prefeito de Almirante Tamandaré e presidente do Comesp, Gelson Colodel: “Às vezes, temos produtos como queijos, salames, entre outros, com boa qualidade, mas com venda limitada. Trabalhamos isso com nossos técnicos das prefeituras para dar essa possibilidade aos produtores de conseguir outros selos de inspeção”

Extensão

De acordo com Laís Adamuchio, coordenadora regional de Projetos do IDR-Paraná, desde o ano passado o Instituto vem assessorando empreendedores da RMC para que as agroindústrias sejam regularizadas. Esse trabalho contou com a participação de representantes das prefeituras, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab),  Adapar e Ministério da Agricultura, e possibilitou uma articulação para que os municípios participantes do Comesp tivessem acesso tanto ao Susaf/PR quanto ao SISBI-POA. “É um grande passo para as agroindústrias da Região Metropolitana e existe um grande potencial a ser explorado, pois a RMC concentra um terço da população do Estado”, disse.

Os extensionistas do IDR-Paraná acompanham os produtores familiares em todas as etapas do processo de agroindustrialização, desde a definição da planta baixa da construção, passando pelo aprimoramento do processo de manipulação de alimentos, até o desenvolvimento de rótulos e embalagens dos produtos, atendendo às exigências legais vigentes. “O IDR-Paraná faz um trabalho que antecede o processo de regularização, e também posterior, que é o acompanhamento do crescimento da agroindústria, a articulação para mercados, custeio para crédito e investimento, projetos e acompanhamento da cadeia produtiva”, ressaltou Laís.

Presenças

Participaram da cerimônia de entrega a coordenadora-geral do Escritório Estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Familiar, Leila Klenk; o gerente regional do IDR-Paraná de Curitiba, Orival Stolf; a coordenadora estadual de Agroindústria do IDR-Paraná, Karoline Marques; o chefe do núcleo regional da Seab em Curitiba, Valdenir Veloso Neto; o chefe do núcleo regional da Seab em Paranaguá, Maurício Lunardon, além de prefeitos da região e servidores do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri).

Fonte: AEN-PR
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Malásia habilita quatro novas plantas de carne de frango

Mercado com critérios halal passa a contar com 07 plantas brasileiras

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Foto - DIVULGAÇÃO Vibra

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a informação divulgada hoje pelo Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a autorização de quatro novas plantas para exportação de carne de frango para o mercado da Malásia.

A habilitação pelas autoridades sanitárias malásias alcança quatro plantas frigoríficas do Brasil – duas unidades da BRF, uma da JBS Aves e uma da Vibra Agroindustrial, que estão localizadas no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. As unidades habilitadas se somarão às outras três plantas frigoríficas já autorizadas a embarcar produtos para a Malásia – duas da BRF e uma da Jaguafrangos, localizadas no Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.

A Malásia é reconhecida internacionalmente como um dos mercados com os mais elevados critérios para produtos halal entre as nações de maioria islâmica, e tem aumentado significativamente as suas importações de carne de frango do Brasil. No ano passado, o país importou 13,6 mil toneladas, volume 45,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

“Mais que dobramos o número de plantas habilitadas a atender o mercado malásio, que deverá registrar bons incrementos nos volumes embarcados ao longo de 2024. É uma importante notícia para o Brasil, que é o maior exportador global de carne de frango halal e tem visto sua presença aumentar no mercado islâmico”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Conforme o diretor de mercados, Luís Rua, “a articulação de ações entre o Ministério da Agricultura e as demais pastas do Governo, como o Ministério das Relações Exteriores, vem conquistando grandes avanços para a ampliação da presença internacional das proteínas do Brasil, o que se reflete, por exemplo, nas novas habilitações para a Malásia.

 

Fonte: ABPA
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Demanda enfraquecida de farelo de soja mantém pressão sobre cotações

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do produto caíram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de abril com a média de março. No comparativo anual, a queda foi de 19,8%, em termos reais.

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Os preços do farelo de soja seguiram em queda no mercado brasileiro na primeira quinzena de abril, refletindo a cautela de consumidores, sobretudo domésticos.

Indústrias esmagadoras também não mostraram grande interesse em negociar, por conta da valorização da matéria- -prima e da dificuldade no repasse para o derivado.

Também atentos à firme procura por óleo de soja, consumidores esperam pelo aumento no volume do grão esmagado e, consequentemente, por um excedente de farelo, em um contexto em que a recuperação na oferta da Argentina deve limitar as exportações brasileiras deste derivado.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja caíram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de abril com a média de março.

No comparativo anual, a queda foi de 19,8%, em termos reais (IGP-DI de março).

Em Campinas (SP), Mogiana (SP), Rondonópolis (MT), Santa Rosa (RS), Passo Fundo (RS), Ijuí (RS) e Chapecó (SC), os preços do derivado foram os menores desde setembro de 2019, também em termos reais.

Por outro lado, o movimento de baixa foi limitado pelas exportações intensas. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou volume recorde de farelo de soja no primeiro trimestre de 2024, somando 5,2 milhões de toneladas, 15% superior ao registrado há um ano.

Os principais destinos do derivado brasileiro foram Indonésia (18,6%) e Tailândia (12,7%).

Fonte: Por Débora Kelen Pereira da Silva, do Cepea.
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