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Notícias Panorama por regionais

Clima prejudica avanço da semeadura da soja no Rio Grande do Sul

O cenário climático não favoreceu os cultivos em implantação, tampouco o consolidado devido à ausência de umidade no solo afetar o desenvolvimento das culturas e praticamente paralisar a semeadura e os tratos culturais no Rio Grande do Sul. O plantio da soja avançou pouco no Estado e está em 88% da área prevista, com atividades apenas onde ainda havia alguma umidade.

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Arquivo/OP Rural

O cenário climático não favoreceu os cultivos em implantação, tampouco o consolidado devido à ausência de umidade no solo afetar o desenvolvimento das culturas e praticamente paralisar a semeadura e os tratos culturais no Rio Grande do Sul. O plantio da soja avançou pouco no Estado e está em 88% da área prevista, com atividades apenas onde ainda havia alguma umidade.

Na regional da Emater/RS de Soledade, a restrição hídrica é generalizada. Nas lavouras há dificuldades para o desenvolvimento da cultura; por conta de solos com baixo teor de umidade e temperaturas elevadas (acima de 30°C), o crescimento das plantas foi estagnado.

Na regional de Santa Rosa, áreas recentemente implantadas têm emergência razoável de plantas, sendo que aproximadamente 10% das sementes não germinaram ou sofreram interrupção do processo em função da deficiência hídrica. Nas lavouras implantadas anteriormente, a condição ainda é boa para o desenvolvimento das plantas cujo sistema radicular já havia se desenvolvido.

Nas regionais de Ijuí e Frederico Westphalen, a semeadura foi paralisada. A emergência de lavouras é irregular, conferindo aspecto visual de baixo estande. Nas implantadas, observa-se encurtamento dos entrenós e folhas com tamanho reduzido. Produtores têm dificuldades em quantificar a necessidade de replantio à medida que se esgota o período ideal.

O tempo predominantemente seco no Estado, condição que vem se acentuando desde a segunda quinzena de outubro e resultando em efeitos negativos à cultura do milho. Os baixos volumes de chuvas ocorridos em algumas localidades não chegaram a alterar o cenário. As condições do tempo têm acelerado o ciclo da cultura, e em 7% dos cultivos já ocorre a maturação.

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Bagé e Caxias do Sul, é distinto o comportamento dos cultivos. Na Fronteira Oeste são sentidos fortemente os efeitos da estiagem. Em São Borja, as lavouras estão com murchamento das folhas. Em algumas localidades produtores já consideram perdida a produção de grãos e aproveitam a palha para forragear animais. Na Campanha, a semeadura apresentou pequeno avanço até 07/12, nas áreas de várzea. O tempo seco impediu a aplicação de fertilizantes nitrogenados nas lavouras em estágio de três a seis folhas. Além disso, a aplicação de herbicidas para controle de ervas daninhas ficou limitada à ocorrência de ventos. Nas lavouras já estabelecidas, o potencial produtivo é satisfatório, considerando o estande de plantas adequado, a disponibilidade de umidade suficiente na zona radicular e as baixas temperaturas noturnas.

Na regional de Caxias do Sul, as lavouras na Serra apresentam perdas irreversíveis, pois as condições de tempo seco afetam as que se encontram em floração e formação de grãos, período crítico à falta de água. Já nas Hortênsias e nos Campos de Cima da Serra, a situação é um pouco mais tranquila, porque as chuvas são mais frequentes e volumosas, mantendo as lavouras com bom desenvolvimento na maioria das localidades. Os cultivos de milho que não dispõem de irrigação seguem acumulando perdas devido à falta de chuvas nas regionais de Ijuí, Santa Rosa, Erechim, Passo Fundo, Frederico Westphalen, Pelotas, Porto Alegre, Soledade e Santa Maria.

Com a prolongação do período seco, aliado ao calor e à baixa umidade do ar, as plantas estão com desenvolvimento paralisado, aumento do murchamento de folhas, do caule, das espigas e dos grãos, com acelerada senescência de folhas. Produtores eliminam os cultivos com danos irreversíveis ou os destinam à confecção de silagem para a alimentação animal. Plantas sem problemas fitossanitários expressivos.

Na regional de Bagé, o tempo colabora com o desenvolvimento excelente das lavouras de arroz, cultivos têm boa sanidade. A ausência de chuvas tem diminuído os mananciais, dificultando a manutenção da lâmina da água devido ao aumento da evaporação e aos solos extremamente secos. Na Campanha, o desenvolvimento das lavouras continua satisfatório. Na de Pelotas, lavouras apresentam bom estande de plantas, bom desenvolvimento, sem problemas fitossanitários. O tempo quente e seco tem acelerado o desenvolvimento do arroz. Na de Soledade, continua o manejo da lâmina de água; a falta de chuva reduz significativamente o nível de água dos rios e reservatórios, preocupando os orizicultores que já começam a racionar o uso da água.

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Soledade, Santa Maria, Porto Alegre, Erechim e Frederico Westphalen, a qualidade do feijão já começa a ficar comprometida devido à falta de umidade no solo. Os danos são causados pela escassez hídrica principalmente nas lavouras em florescimento e enchimento de grãos, que apresentam elevada queda de flores e de vagens pequenas; nas em maturação, o ciclo acelerou; nas em desenvolvimento vegetativo, o desempenho reduziu. Lavouras em maturação evidenciam redução na produtividade. O manejo fitossanitário começa a exigir mais atenção devido a doenças como antracnose.

Calor e chuva para os próximos dias 
Os próximos sete dias terão calor e chuva expressiva no RS. Nesta sexta-feira (17) o tempo seco e quente seguirá predominando na maioria das regiões, porém a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuvas fracas e isoladas na Zona Sul, Litoral, Região Metropolitana e na Serra do Nordeste.

No sábado (18) e domingo (19), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com sol, nebulosidade variável e temperaturas elevadas, que superarão 35°C na maioria das regiões e poderão alcançar 40°C na Fronteira Oeste e Missões.

Tendência para próxima semana
Entre a segunda (20) e terça-feira (21), o deslocamento de uma área de baixa pressão favorecerá a ocorrência de chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta-feira (22), ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Leste e Nordeste, mas o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e garantirá o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões.

Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm na maioria das localidades do RS. Nas faixas Leste e Norte, Serra do Nordeste e nos Vales do Taquari e Rio Pardo os volumes oscilarão entre 35 e 50 mm.

 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Notícias Em Pontes e Lacerda

Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado

Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.

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Fotos: Rafaela Sanchez de Lima

O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.

Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.

Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.

Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.

A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.

“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.

Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.

“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.

As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.

“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.

“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.

Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.

Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.

Fonte: Assessoria Secretaria do Estado de Agricultura Familiar do Mato Grosso
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal

Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.

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Fotos: SEAB

A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.

“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.

“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.

Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.

“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.

Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.

A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.

Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.

Indicação geográfica

Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)

Fonte: AEN-PR
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