Notícias Mercado
Clima irregular reduz projeções para safra 2020/21 de soja
Condições climáticas irregulares estão fazendo com que consultorias e entidades revisem para baixo duas estimativas
Os produtores brasileiros de soja estão focados na finalização da semeadura e no desenvolvimento inicial das lavouras, deixando a comercialização em segundo plano. As condições climáticas irregulares estão fazendo com que consultorias e entidades revisem para baixo duas estimativas.
A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá totalizar 132,498 milhões de toneladas, com elevação de 5,5% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 125,619 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. No dia 30 de outubro, data do relatório anterior, a projeção era de 133,52 milhões de toneladas.
Com o plantio se aproximando do final, SAFRAS indica aumento de 2,9% na área, estimada em 38,415 milhões de hectares. Em 2019/20, o plantio ocupou 37,347 milhões de hectares. O levantamento indica que a produtividade média deverá passar de 3.466 quilos por hectare para 3.501 quilos.
O analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque, alerta que foram feitos ajustes negativos pontuais em produtividades médias esperadas para alguns estados produtores do Centro-Oeste, Sudeste e parte do Sul. “Embora ainda seja cedo para definições, o clima irregular registrado desde setembro na maior parte do país trouxe alguns problemas regionalizados, principalmente nos estados da faixa central”, afirma o analista.
Segundo Roque, “ainda não podemos falar em grandes perdas produtivas em nível país, mas precisamos de regularidade climática nos próximos meses para que as condições da safra não piorem. Mesmo com os ajustes negativos atuais, ainda deveremos colher uma nova safra recorde”.
Segundo a Conab, a produção brasileira de soja deverá totalizar 134,451 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com aumento de 7,71% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 124,845 milhões de toneladas. Em novembro, a Conab indicava produção de 134,953 milhões de toneladas. A revisão para baixo entre uma estimativa e outra ficou em 0,4%.
“O plantio está em fase final na maior parte das regiões produtoras, com as oscilações climáticas impactando negativamente o ritmo das operações. No entanto, com a expectativa das normalizações hídricas, não se espera graves comprometimentos nos níveis de produtividade”, informou a Conab.
USDA
O relatório de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,17 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 113,49 milhões de toneladas, mantendo a previsão do levantamento anterior.
Os estoques finais estão estimados em 175 milhões de bushels ou 4,76 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 165 milhões ou 4,49 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 190 milhões de bushels – 5,17 milhões de toneladas.
O relatório projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 362,05 milhões de toneladas. Em novembro, o número era de 362,64 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão estimados em 85,64 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 85,5 milhões de toneladas. Em novembro, a previsão era de 86,52 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 113,5 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 133 milhões de toneladas, repetindo o número de novembro. A Argentina deverá produzir 50 milhões de toneladas. A previsão anterior era de 51 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 132,3 milhões para o Brasil e de 50,4 milhões para a Argentina.
Notícias
ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
Notícias
Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
Notícias
Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.