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Clima desfavorável deve impedir safra recorde de soja

Clima seco em dezembro antecipou o ciclo das lavouras implantadas em setembro, prejudicando o potencial produtivo em muitos estados brasileiros

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Divulgação/Ocepar

Pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, afirmam que a expectativa de nova safra recorde em 2019 pode não se concretizar, pois o crescimento de 1,8% na área será insuficiente para compensar a queda na produtividade. O clima seco em dezembro antecipou o ciclo das lavouras implantadas em setembro, prejudicando o potencial produtivo em muitos estados brasileiros. Paraná e Mato Grosso devem antecipar a colheita para períodos nunca vistos anteriormente.

Além do clima, produtores estão atentos à possibilidade de menor preço na época de colheita, tendo em vista os aumentos dos custos observados nesta temporada. Para preços, por enquanto, ainda deve pesar a maior oferta global, diante da maior produção dos Estados Unidos (colhida em 2018) e de outros países da América do Sul, especialmente da Argentina. A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China também é foco do setor neste início de 2019 – vale lembrar que, em 2018, a demanda chinesa foi deslocada para o Brasil em detrimento dos Estados Unidos, elevando prêmios de exportação e os preços domésticos.

Em relação aos custos de produção, o aumento nesta temporada foi resultado da valorização do dólar frente ao Real, do custo de transporte no Brasil e da maior demanda. Cálculos da Equipe de Custo de Produção Agrícola do Cepea indicam aumento de 8% nos custos da safra 2018/19 frente à anterior em Guarapuava (PR) e Passo Fundo (RS); de 9% em Cascavel (PR); de 11% em Rio Verde (GO); de 7% em Balsas (MA) e de 5% em Sorriso (MT).

O lado bom para vendedores brasileiros é que, em meados de 2018, muitos produtores já negociaram parte da safra 2018/19. Segundo o Imea (Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária), 41,33% da safra de Mato Grosso já foi vendida. No Paraná, a Seab indica que 20% da produção do estado foi comercializada.

A receita também dependerá do dólar, uma vez que os preços de soja nos Estados Unidos estão inferiores aos do Brasil. O contrato com vencimento em março/19 na B3 foi negociado a US$ 22,11/sc de 60 kg no dia 3 de janeiro, expressivos 10% acima do verificado na Bolsa de Chicago (CME/CBOT) na mesma data, de US$ 20,12/saca de 60 kg.

Contudo, é importante sinalizar que os valores na CME/CBOT apontam elevações para os próximos dois anos, depois de terem registrado perdas expressivas em 2018. Já para o Brasil, ao se considerar os valores FOB (Free on Board) porto de Paranaguá (PR), os contratos a termo de fevereiro a julho de 2019 apontam relativa estabilidade.

A paridade de exportação no porto brasileiro de Paranaguá indica preços de R$ 79,18/sc a R$ 82,35/sc de 60 kg, quando considerado o dólar futuro negociado na B3 no dia 3. No mesmo período de 2018, a paridade de exportação indicava valor abaixo de R$ 80,00/sc de 60 kg para o primeiro trimestre de 2018, cenário que se concretizou naquele período. Ressalta-se que, de janeiro a março de 2018, o dólar não passou de R$ 3,30, sendo que, para 2019, a moeda norte-americana é negociada atualmente entre R$ 3,76 e R$ 3,80 na B3 para os contratos de janeiro a dezembro.

Oferta

A área brasileira da safra 2018/19 deve somar 35,8 milhões de hectares, com previsão de colheita de 120,6 milhões de toneladas, 0,66% superior à anterior, segundo estimativas divulgadas em dezembro pela Conab. No entanto, o volume a ser colhido pode ser inferior ao indicado pela Conab, tendo em vista o recente clima desfavorável.

A Companhia espera crescimento de 4% no consumo interno, para 45,2 milhões de toneladas, 3,9% acima da temporada passada. A Abiove, por sua vez, estima ligeira redução de 0,78% no consumo doméstico de soja, resultando em queda de 0,61% nas produções de farelo e de óleo de soja. Já os embarques brasileiros de soja em grão são estimados em 75 milhões de toneladas em 2019, 8,5% inferior ao exportado em 2018.

A Conab indica que a produção de farelo de soja some 33,3 milhões de toneladas. Deste total, 17,2 milhões de toneladas devem ser consumidas internamente e 14 milhões de toneladas, exportadas. Para o óleo de soja, da produção de 8,42 milhões de toneladas, 7,3 milhões de toneladas devem ser consumidas internamente e 1,1 milhão, exportadas. O consumo interno deve ser favorecido pela maior demanda para produção de biodiesel.

Neste ano, as exportações brasileiras de derivados de soja devem ter maior concorrência com a Argentina. Nesta safra 2018/19, o país vizinho deve colher 55,5 milhões de toneladas de soja, 46,8% a mais que na temporada passada, segundo o USDA. Além disso, os Estados Unidos colheram, em 2018, 125,17 milhões de toneladas, volume recorde. Apesar de a área norte-americana com a cultura ter diminuído 1,3%, para 35,75 milhões de hectares, a produtividade foi recorde, de 58,36 sacas de 60 kg por hectare, 5,7% a mais que na temporada anterior.

A oferta mundial de soja em grão é prevista em 369,2 milhões de toneladas na safra 2018/19, incremento de 8,7% sobre a passada, segundo o USDA. Pouco mais de 156 milhões de toneladas de soja em grão devem ser transacionadas mundialmente, 1,9% a mais que na temporada 2017/18. Apesar de seguir como o principal importador, a China deve reduzir a demanda por soja em 4,4%, para 90 milhões de toneladas, devido ao enfraquecimento na procura interna, especialmente por parte de suinocultores. A União Europeia é o segundo principal importador de soja em grão, com 15,8 milhões de toneladas (+8,3%), seguida pelo México (+3,2%), Egito (+2,9%), Japão (+1,4%) e Tailândia (+26,9%).

O processamento global de soja segue crescente, com destaque para a Argentina, que deve ter aumento de 16,27% sobre a safra passada. O maior processamento se deve às expectativas de aumento na demanda por óleo de soja, que deve elevar em 7,9% as transações internacionais e em 4,52% o consumo mundial. As transações mundiais de farelo de soja devem crescer apenas 2,79% e o consumo, 4,34%.

Fonte: Cepea

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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