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Sanidade vegetal Projeto Alerta Cigarrinha

Primeiro Boletim Técnico aponta aumento de cigarrinhas do milho em áreas agrícolas

Os enfezamentos são doenças sistêmicas causadas pelos organismos semelhantes as bactérias que ao infectarem a planta de milho comprometem o seu desenvolvimento podendo causar danos na produtividade superior a 80%. O vetor de transmissão dessas doenças ocorrem exclusivamente pelas cigarrinhas do milho (Dalbulus maidis).

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Foto: Divulgação/Adapar

O Projeto Alerta Cigarrinha é uma rede de monitoramento da cigarrinha do milho composta por 68 pontos de monitoramento distribuídos estrategicamente em sete regiões (Distritos) do município de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, com objetivo de monitorar a flutuação populacional das cigarrinhas do milho e sua infectividade antes e durante o cultivo do milho safrinha 2023. A iniciativa é endossada pelos setores representativos da agricultura e executado pelas instituições de fomento à pesquisa e ensino superior, pelas instituições públicas e privadas ligadas a assistência técnica agrícola e da defesa agropecuária.

Quando o projeto foi lançado conversamos com o fiscal agropecuário da Adapar, Anderson Leminska, com o engenheiro agrônomo da Copagril, Laercio Strohhaecker e com o produtor rural, Anderson Suss, para saber mais detalhes do projeto e as consequências do enfezamento na produção de milho safrinha. Para assistir clique aqui.

Os resultados desse monitoramento serão disponibilizados semanalmente aos profissionais da agronomia e produtores rurais para auxiliar no monitoramento e na tomada de decisão de recomendação e controle da cigarrinha do milho na propriedade rural. Com isso, busca-se otimizar o controle do inseto e reduzir os danos na produtividade da cultura do milho ocasionado pelas doenças do complexo dos enfezamentos.

O primeiro Boletim Técnico nº1 – Alerta Cigarrinha com os resultados do monitoramento foi divulgado nesta sexta-feira (27) pela equipe do Projeto do Alerta Cigarrinha.

Período de monitoramento, fase do milho safrinha 2023 e dados climatológicos

Dos 68 pontos previstos da rede de monitoramento, no período de monitoramento de 16 a 23 de janeiro, 57 foram instalados e monitoram a presença da cigarrinha em meio as lavouras de soja, que se encontram no final do ciclo reprodutivo e um ponto se encontra instalado em área de cultivo do milho safrinha 2023.

A média de precipitação pluviométrica acumulada em Marechal Rondon e foi de 66 mm. com variação na distribuição das chuvas com registro de 12 mm no Distrito de São Roque e de até 120 mm na sede do município.

A temperatura média foi de 25°C, máxima de 32ºC, mínima de 19ºC e a umidade relativa do ar média de 81%, máxima de 97% e mínima de 51%.

Resultado do monitoramento das cigarrinhas

Na primeira semana de avaliação, 10 pontos de monitoramento (17,2%) não capturaram cigarrinhas do milho (cor branca no mapa) e 48 pontos registraram a presença do inseto nas armadilhas que contabilizaram um total de 1.811 cigarrinhas (Figura 1).

Figura 1 – Distribuição das armadilhas e grau de infestação no município de Marechal Cândido Rondon. Cores identificam o grau de infestação.

Das armadilhas que capturam o inseto, 19 (32,8%) capturaram até cinco cigarrinhas (pontos cor amarela); 16 (27,6%) de seis a 20 cigarrinhas (pontos cor laranja claro); nove (15,5%) capturaram entre 21 e 50 cigarrinhas (pontos cor laranja forte); três (5,2%) capturaram entre 51 e 100 cigarrinhas (pontos cor vermelho) e uma armadilha (1,7%) capturou acima de 400 insetos (ponto cor preta) (Figura 3).

O município apresentou média de 11,5 cigarrinhas por ponto de avaliação. O Distrito de Iguiporã apresentou menor presença do inseto (média de quatro cigarrinhas) e os Distritos de Margarida e Novo Três Passos apresentaram maior presença (média de 18,8 e 18,7 cigarrinhas, respectivamente). Os demais distritos apresentaram valores intermediários entre 7,8 e 10,2 cigarrinha por ponto na média (Figura 2).

Cultivo do milho safrinha 2023

Em todas as sete regiões monitoradas foram detectadas a presença da cigarrinha do milho indicando que elas já se encontram presente nas áreas que vão receber o cultivo do milho safrinha 2023, bem como, observa-se a variação na quantidade de cigarrinhas em uma mesma região de monitoramento e em armadilhas instaladas muito próximas uma da outra, demonstrando que ocorre variação da presença da cigarrinha numa mesma região, o que reforça a importância do monitoramento localizado pelo produtor rural em sua propriedade.

No atual período de monitoramento, há apenas uma armadilha instalada em área de cultivo do milho safrinha que encontra-se localizada imediatamente ao lado de uma área com cultivo do milho verão. Na semana de monitoramento, esta armadilha capturou 1.156 cigarrinhas, número que corresponde a 64% do total das cigarrinhas contabilizadas no período e, por este motivo, tal ponto de monitoramento pode ser considerado atípico e não foi considerado na média geral pois não representa a condição normal do monitoramento onde 99% das armadilhas encontram-se em área de cultivo de soja.

Neste tipo de ambiente de produção ocorre a ponte verde e há forte tendência de migração das cigarrinhas das lavouras de milho mais velhas para as áreas de cultivo do milho safrinha que apresentam plantas mais jovens e atrativas para a cigarrinha. Por isso é fundamental que os agricultores sincronizem a semeadura do milho em sua região para evitar a concentração de insetos em sua propriedade e intensifique o monitoramento da cigarrinha na área.

Infectividade das cigarrinhas

Para cada região de monitoramento foram coletadas amostras de cigarrinhas das armadilhas que capturaram mais cigarrinhas para analisar se elas se encontram ou não contaminadas com os molicutes (agentes causais dos enfezamentos).

Até o fechamento do Boletim Técnico nº01 o resultado laboratorial ainda não havia sido concluído. O resultado será divulgado no próximo boletim.

Recomendações de manejo integrado dos enfezamentos, conforme orientação da Embrapa, para o atual período de monitoramento:

  • 1º – Eliminação dos milhos tigueras ainda presentes nas lavouras de soja;
  • 2º – Verificar se a semente de milho que será cultivada em sua propriedade encontra-se tratada com inseticida para manejo das populações iniciais da cigarrinhas;
  • 3º – Promover a semeadura sincronizada do milho na região para evitar a concentração das cigarrinhas na área de cultivo.

Produtor rural 

A equipe do Projeto Alerta Cigarrinha orienta os produtores que antes de adotar determinado manejo em sua propriedade consulte sempre um profissional da agronomia legalmente habilitado, bem como recomenda utilizar produtos cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e conforme recomendação do fabricante e em receituário agronômico.

Acompanhamento do Alerta Cigarrinha

O jornal O Presente Rural realizou uma parceria com a equipe do Projeto Alerta Cigarrinha e será o veículo de mídia oficial para divulgação dos boletins técnicos do Alerta Cigarrinha. Para acompanhar os resultados e informações do monitoramento Alerta Cigarrinha clique no Boletim Técnico nº1 – Alerta Cigarrinha.

Fonte: Ascom Ulsa/Adapar

Alerta Cigarrinha

Adapar apresenta relatório final do Projeto Alerta Cigarrinha

A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.

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O Projeto Alerta Cigarrinha é uma rede de monitoramento da cigarrinha do milho composta por 68 pontos de monitoramento distribuídos estrategicamente em sete regiões (Distritos) do município de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, com objetivo de monitorar a flutuação populacional das cigarrinhas do milho e sua infectividade antes e durante o cultivo do milho safrinha 2023. A iniciativa é endossada pelos setores representativos da agricultura e executado pelas instituições de fomento à pesquisa e ensino superior, pelas instituições públicas e privadas ligadas a assistência técnica agrícola e da defesa agropecuária.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A iniciativa desenvolvida pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), contou com a participação de 66 produtores rurais da região, que abriram suas propriedades para a execução do projeto. Esse engajamento demonstra a importância atribuída pelos agricultores ao monitoramento e controle da cigarrinha do milho, uma praga que pode causar prejuízos significativos nas lavouras.

Na vasta extensão da região Oeste do Paraná, a presença da cigarrinha do milho tem se destacado como um desafio constante para os agricultores, especialmente durante o período de safra de soja. O monitoramento contínuo revela uma elevada população desses insetos, exigindo medidas rigorosas para garantir a saúde das plantações e a maximização da produtividade.

Ao longo do processo de monitoramento, ficou evidente a necessidade de manutenção do controle químico para combater a cigarrinha do milho. Mesmo no início da janela de semeadura, a população média permaneceu em níveis relativamente baixos até 15 de fevereiro. Contudo, a partir desse ponto, observou-se um aumento exponencial, demandando ação imediata por parte dos agricultores.

Uma estratégia eficaz que emergiu durante a análise dos dados foi o cultivo antecipado, realizado até meados de fevereiro. Essa prática revelou-se crucial para

Fotos: Divulgação/Adapar

mitigar a incidência e severidade dos enfezamentos, resultando em menor ocorrência de danos e, consequentemente, em uma maior produtividade. O timing preciso da semeadura parece ser um fator-chave na gestão dessa praga, conferindo aos agricultores uma vantagem na busca por colheitas mais saudáveis e abundantes.

Destaca-se ainda a importância da aplicação de inseticidas durante o período crítico, compreendido entre as fases VE (emergência) e V8 (oito folhas). Essa prática se revelou fundamental para a manutenção da baixa incidência e severidade dos enfezamentos, contribuindo diretamente para altas produtividades. O manejo integrado, combinando a utilização de inseticidas no momento certo com práticas culturais adequadas, emerge como uma abordagem eficiente na luta contra a cigarrinha do milho.

Em suma, os desafios impostos pela cigarrinha do milho na região Oeste do Paraná demandam uma abordagem abrangente e proativa. A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.

Confira aqui os resultados finais do Projeto Alerta Cigarrinha.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)

Nova legislação sobre milho voluntário e resultados do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados amanhã pela Adapar

Evento terá início às 13h30 no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Inscrições são gratuitas e podem ser feitas online. A reunião técnica também será transmitida ao vivo.

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Foto: Divulgação/Adapar

Os resultados dos trabalhos de monitoramento das 68 armadilhas, instaladas antes da semeadura do milho safrinha 2023 nos seis distritos e na sede de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura, serão apresentados nesta terça-feira (05), a partir das 13h30, em Reunião Técnica do Projeto Alerta Cigarrinha, promovida pela Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar).

Durante cinco meses foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar; e manejos e ações realizados pelos agricultores na lavoura como a época de semeadura, adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários entre outros.

“O evento técnico pretende apresentar todos os resultados produzidos por este trabalho para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, afirma o fiscal agropecuário da Adapar e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.

No período reprodutivo da cultura, o setor de Fitopatologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e o trabalho de campo foi finalizado com a coleta das informações de produtividade.

Eliminação do milho voluntário

Além dos resultados alcançados com o Projeto Alerta Cigarrinha, o evento ainda terá uma palestra da Adapar sobre a nova legislação da obrigatoriedade de eliminação do milho voluntário nas áreas agrícolas do Paraná, que entrou em vigor neste ano e os agricultores precisam ficar atentos a norma.

Inscrição

Para participar de reunião, os interessados devem se inscrever clicando aqui ou podem acompanhar a transmissão do evento pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon. “O acesso é gratuito ao evento. Estamos pedindo para que os interessados façam sua inscrição prévia devido a capacidade de acomodação”, ressalta Lemiska.

 

Fonte: Com assessoria
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Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)

Resultados do projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica na próxima semana 

Evento será realizado em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os resultados da Rede de Monitoramento do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica, na próxima terça-feira (05), na Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Para participar do evento faça sua inscrição aqui. O Jornal O Presente Rural foi parceiro do projeto, sendo o canal oficial de divulgação dos resultados de cada levantamento.

A equipe do Projeto iniciou os trabalhos de monitoramento com a instalação de 68 armadilhas antes da semeadura do milho safrinha 2023, as quais foram distribuídas em sete regiões em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura.

Neste período foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar, além de levantamento dos períodos de semeaduras, manejos utilizados pelos agricultores (adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários), entre outros.

No período reprodutivo da cultura, o setor de fitopatologia da Unioeste, campus de Marechal Rondon, realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e finalizando com a coleta das informações de produtividade em cada área. “Durante o evento técnico serão apresentados todos os resultados produzidos por este trabalho, desde o monitoramento das cigarrinhas até os dados de produtividade para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, expõe o fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.

A reunião será realizada em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

Confira a programação da Reunião Técnica 

 

 

Fonte: O Presente Rural
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