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Notícias Segunda safra

Cigarrinha e enfezamentos do milho desafiam produtores, que devem seguir recomendações de manejo

Os sintomas das doenças são mais severos na fase de produção, polinização e formação dos grãos, quando o metabolismo da planta se intensifica

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Arquivo / OP Rural
O tema foi abordado pelo supervisor de Transferência de Tecnologia (TT) da Embrapa Cerrados (DF), Sérgio Abud, em Prosa Técnica promovida pela Emater-DF em parceria com a Embrapa no Parque Ivaldo Cenci, no PAD-DF, Distrito Federal, no dia 24 de setembro. Cerca de 60 técnicos e produtores do DF e Entorno acompanharam a apresentação.
 
“Estamos numa região com muitos cultivos de milho o ano todo e, considerando o potencial de dano dos enfezamentos, podemos ter problemas muito sérios se não começarmos a dar uma atenção especial à questão da cigarrinha-do-milho”, alertou Abud.
 
Ele acrescentou que a ocupação das áreas com lavouras de diferentes culturas ao longo do ano fornece alimento para diversas pragas e favorece sua multiplicação. Portanto, é necessário manter o equilíbrio agroecossistêmico em nível regional manejando de forma integrada o complexo de pragas do sistema de produção, e não apenas uma praga isoladamente.
 
Entre as medidas inadequadas de manejo da lavoura que oferecem alto risco de infestação por pragas estão o plantio dos mesmos cultivos nas mesmas áreas; o uso das mesmas variedades em grandes áreas, ano após ano, gerando forte pressão de seleção de indivíduos mais resistentes; o cultivo de transgênicos (Bt) sem áreas de refúgio ou manejo da resistência a pragas; o uso inadequado de inseticidas, com misturas de produtos e aplicações calendarizadas, que levam à perda da eficácia dos princípios ativos; e a exploração intensiva de culturas hospedeiras suscetíveis, formando a chamada “ponte verde” no campo.
 
Doenças são vasculares e sistêmicas
 
Os enfezamentos do milho são causados por bactérias (espiroplasma e fitoplasma) pertencentes à classe dos Mollicutes, que são transmitidas pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). O espiroplasma (Spiroplasma kunkelli) causa o enfezamento pálido, enquanto o fitoplasma (Maize bushy stunt phytoplasma) causa o enfezamento vermelho.
 
“A cigarrinha causa um dano direto, porque ela suga a seiva do milho, e um dano indireto como vetor dos molicutes. Mas o grande problema são os enfezamentos, então temos que ter atenção especial sobre os molicutes. A cigarrinha é consequência por transmiti-los, mas não é o problema”, pontuou Abud.
 
As doenças são vasculares e sistêmicas: os molicutes se concentram no floema da planta, estrutura responsável pela circulação da seiva elaborada (composta por nutrientes), obstruindo-o e causando desordens fisiológicas, nutricionais e bioquímicas nas plantas de milho. “Não temos produtos para controlar os molicutes. Quando eles se instalam nas plantas, não há o que fazer”, disse o supervisor de TT da Embrapa Cerrados.
 
Os sintomas das doenças são mais severos na fase de produção, polinização e formação dos grãos, quando o metabolismo da planta se intensifica. O momento exato da ocorrência vai depender da época em que a planta foi infectada, da cultivar de milho utilizada e das condições ambientais (em períodos mais quentes, o metabolismo da planta é mais intenso).
 
No enfezamento pálido, aparecem estrias cloróticas esbranquiçadas, que se estendem da base para o ápice das folhas de forma paralela às nervuras, além de encurtamento de internódios e da redução da altura da planta devido à obstrução da circulação de seiva elaborada. Também pode ocorrer o avermelhamento, que evolui para a seca das folhas. Já no enfezamento vermelho, o avermelhamento das folhas é mais intenso, com seca a partir das margens das folhas, ocorrência de brotos axilares, aumento do perfilhamento e proliferação de espigas; algumas cultivares podem não apresentar avermelhamento, mas as folhas ficam com clorose (produção insuficiente de clorofila) e começam a secar.
 
Em ambos os enfezamentos, ocorre a má formação de raízes, levando ao acamamento e ao tombamento das plantas, muitas vezes até por doenças oportunistas de raiz causadas por outros patógenos. De acordo com a severidade, as espigas podem sofrer uma leve redução da produção até praticamente não terem grãos formados. Abud explicou que não é possível diferenciar os dois enfezamentos visualmente no campo – somente com teste molecular –, e as plantas podem apresentar ambas as doenças.
 
Cigarrinha tem alto potencial de proliferação e dispersão
 
Entre as 44 espécies de cigarrinhas que ocorrem na cultura do milho no Brasil, apenas a cigarrinha-do-milho é capaz de transmitir os molicutes que causam os enfezamentos do milho, além de um vírus que causa a doença conhecida como virose da risca. Ela é originária do México e atualmente se distribui em todas as regiões tropicais e subtropicais das Américas. O ciclo de vida varia de dois a três meses, sendo que a forma adulta tem longevidade até 77 dias. A fêmea coloca os ovos dentro da folha do milho, preferencialmente na nervura central, e é capaz de depositar de 400 a 600 ovos durante toda a vida.
 
A cigarrinha-do-milho pode estar presente em outras culturas, como sorgo, milheto, gramíneas forrageiras como a braquiária e o capim colonião, e plantas daninhas. No entanto, somente completa o ciclo de vida na cultura do milho.
 
A longevidade dos insetos adultos e a quantidade de ovos por fêmea são fatores, segundo Abud, que demonstram a gravidade dos enfezamentos quando a cigarrinha está infectada com os molicutes. “Se ela colocar 300 ovos viáveis e se cada descendente colocar mais 300, pensando num único ciclo da cultura do milho com quatro gerações do inseto, serão milhões de cigarrinhas. Se extrapolamos isso para uma região que planta milho verão, milho safrinha, milho semente, milho pamonha e milho verde, não dá para calcular o potencial”, estimou.
 
A transmissão dos molicutes pela cigarrinha-do-milho é do tipo persistente e propagativo. Ao sugar a seiva de uma planta contaminada, a cigarrinha adquire os molicutes. Os patógenos começam a circular e se multiplicar na cigarrinha. Durante cerca de três a quatro semanas, os insetos infectados passam pelo período latente, momento em que ainda não conseguem transmitir os patógenos. Após o período latente, quando o inseto visita outra planta (não contaminada) para novamente se alimentar, os molicutes concentrados na glândula salivar são injetados no floema e começam a se multiplicar.
 
A dispersão das cigarrinhas se dá entre plantios sequenciados. Na cultura de verão, normalmente a população, ainda reduzida, começa a se multiplicar, inclusive nas plantas tigueras (voluntárias) abandonadas após a colheita. Quando é plantado o milho mais tardio ou de segunda safra, a população do inseto, já muito maior, migra para essas áreas, onde as plantas são mais jovens. Nessas áreas, devido ao efeito de concentração de cigarrinhas, os problemas com enfezamentos são maiores. “Não podemos deixar tigueras e cultivos abandonados. Temos que, ao menos, reduzir a sucessão de cultivos para evitar a multiplicação dos molicutes”, apontou Abud.
 
Medidas buscam evitar a disseminação dos molicutes
 
Quanto ao manejo dos enfezamentos, ele salientou que nenhuma medida tomada de forma isolada é eficaz, sendo que nenhuma é 100% eficiente e que não há medidas curativas. “À medida em que os molicutes chegarem à planta, vai depender da resposta dessa planta ao clima, da cultivar e do momento da infecção para sabermos o tamanho do prejuízo”, reforçou, destacando a necessidade de controle da população de cigarrinhas na fase inicial para reduzir o efeito de concentração das cigarrinhas infectivas.
 
Abud detalhou uma série de medidas para reduzir os prejuízos causados pelos enfezamentos do milho, a saber:
 
Na entressafra:
• Eliminar plantas de milho voluntárias (tigueras) e manter a lavoura no limpo.
 
Na semeadura:
• Sincronizar o período de semeadura na região;
• Evitar a semeadura do milho em proximidade de lavouras mais velhas com alta incidência de enfezamentos;
• Diversificar e rotacionar cultivares de milho;
• Usar híbridos com maior tolerância genética aos enfezamentos;
• Usar sementes certificadas e tratá-las com inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tratar as sementes vai reduzir a transmissão dos molicutes na fase inicial da cultura.
 
Durante o cultivo:
• Monitorar a presença da cigarrinha entre as fases VE (emergência) e V8 (oitava folha) do milho e aplicar inseticidas registrados para reduzir ao máximo a população de cigarrinhas;
• Rotacionar os modos de ação para evitar a resistência aos inseticidas;
• Controlar a qualidade da colheita e evitar a perda de espigas e grãos.
 
Após a colheita:
• Transportar o milho colhido e evitar a perda de grãos nas estradas;
• Fazer a rotação de cultivos e evitar o plantio sucessivo de gramíneas.
 
Ao falar sobre a possibilidade de controle biológico da cigarrinha, ele apresentou resultados de ensaios com o uso de produtos a base dos fungos Isaria fumosorosea e Beauveria bassiana, demonstrando a diminuição da mobilidade, da taxa de alimentação e do potencial de contaminação da cigarrinha em lavouras de milho.
 
Abud finalizou a apresentação agradecendo ao pesquisador Charles Martins de Oliveira, também da Embrapa Cerrados, pela orientação e os conteúdos da palestra. Ele ressaltou que o manejo dos enfezamentos e das cigarrinhas deve ser feito de forma territorial e integrada, e que em localidades com alta incidência de enfezamentos e cigarrinhas, deve-se interromper temporariamente o cultivo do milho. “Considerando a região do PAD-DF e do Entorno do DF, como vamos fechar a janela de plantio e evitar a multiplicação dos molicutes e dos enfezamentos? Essa é a pergunta que não quer calar”, observou.
 
Para mais informações, acesse a cartilha Manejo da Cigarrinha e Enfezamentos na Cultura do Milho e a página temática da Embrapa Controle da cigarrinha do milho.

Fonte: Embrapa

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Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba realiza primeira reunião

Objetivo foi a apresentação dos membros do Comitê Gestor e dos três Grupos de Trabalho.

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O Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba (CGPDA-Matopiba) realizou a 1ª reunião no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta semana. A reunião teve por objetivo a instalação do Comitê Gestor (CGPDA Matopiba) e foi conduzida pelo presidente e coordenador de Apoio às Superintendências, Oziel Oliveira, pelo vice-presidente e secretário-adjunto da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Pedro Neto, e pelo secretário-adjunto da Secretaria Executiva, Cleber Soares.

O PDA-Matopiba foi criado por meio do Decreto Nº 11.767 publicado em novembro de 2023. O Plano visa promover e coordenar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico, ambiental e social sustentável, fundado nas atividades agrícolas, pecuárias e agroindustriais que resultem na melhoria da qualidade de vida da população.

Presidente do Comitê, Oziel Oliveira: “A partir de agora, nós vamos ter uma responsabilidade de juntos com o Governo Federal, governos estaduais, municipais, entidades privadas e educacionais de desenvolver políticas públicas de logística, infraestrutura, educação e sustentabilidade para o Matopiba” – Fotos: Divulgação/Mapa 

O presidente do Comitê, Oziel Oliveira, destacou que esta região tem uma grande capacidade de produção e é uma das maiores áreas de extensão agrícola do país e que por meio do Plano os estados terão mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento do agronegócio. “A partir de agora, nós vamos ter uma responsabilidade de juntos com o Governo Federal, governos estaduais, municipais, entidades privadas e educacionais de desenvolver políticas públicas de logística, infraestrutura, educação e sustentabilidade para o Matopiba”, afirmou Oliveira.

O Comitê Gestor é formado pela Casa Civil da Presidência da República, pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por representantes dos estados e municípios da Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí e por representantes do setor educacional, empresarial e entidades.

Na ocasião, foram apresentados os três Grupos de Trabalho (GT’s) para a criação do Plano Estratégico do PDA-Matopiba. O primeiro GT será de Ordenamento e Gestão Territorial que será coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); GT de Desenvolvimento Agropecuário que será coordenado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente da Bahia (Sema); e GT de Desenvolvimento Agroindustrial que será coordenado pela SDI/Mapa.

De acordo com a Portaria Mapa nº 33/2024, após a designação dos membros do CGPDA Matopiba, o Comitê tem 180 dias para a elaboração do desenvolvimento do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba.

Ainda durante o evento, e em homenagem ao mês das mulheres, o presidente do Comitê evidenciou o trabalho importante e a representação feminina no agronegócio. Estiveram presentes as produtoras rurais Ani Sanders e Rossana Aboud do estado do Piauí; Érika Santos, do estado do Maranhão; Katerine Rios do estado da Bahia; e a senadora pelo estado do Piauí, Jussara Lima.

Além disso, Oliveira destacou o papel delas na região do Matopiba e citou a produtora rural Lídia Souza que foi a primeira mulher a plantar soja no oeste da Bahia, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, em 1977. Durante a reunião, Lídia foi eleita presidente de honra do CGPDA Matopiba.

A próxima reunião ordinária do CGPDA irá acontecer no dia 24 de abril.

Região do Matopiba

A região do Matopiba abrange microrregiões geográficas localizadas nas áreas majoritariamente de cerrado na fronteira dos estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia. As primeiras sílabas de cada estado formam a palavra conhecida como Matopiba.

A região é formada pelo Norte e Nordeste dos estados de Maranhão (33%), Tocantins (38%), Piauí (11%) e Bahia (18%). É o 4º maior produtor de grãos do Brasil, com 5,9 milhões de habitantes.

Os quatro estados devem atingir uma produção de grãos de 48 milhões de toneladas nos próximos dez anos, alta de 37%, em uma área plantada de 11 milhões de hectares, em 2032/33. O crescimento da região deve ocorrer baseado na produtividade.

Nos últimos dez anos, a produção de grãos no Matopiba aumentou 92%, passando de 18 milhões de toneladas (safra 2013/14) para as atuais 35 milhões de toneladas.

Com 337 municípios, o Matopiba tem como principais produtores de grãos Barreiras, Correntina, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério, na Bahia; Balsas e Tasso Fragoso, no Maranhão; Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena e Uruçuí, no Piauí; e Campos Lindos, no Tocantins.

Fonte: Assessoria Mapa
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Deral divulga estimativa da safra de inverno no Paraná

Há previsão de retração na área das culturas de inverno no Estado. Informações estão na Previsão Subjetiva da Safra, relatório produzido pelo Departamento de Economia Rural da Seab.

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Foto: Gisele Barão/EPR

A área da segunda safra de feijão no Paraná no ciclo 2023/2024 atingiu um novo recorde para a época. A estimativa foi revisada em março para 391,4 mil hectares, 12% superior à projetada em fevereiro, de 348 mil hectares, e 33% maior do que a área semeada no ciclo 2022/2023, de 295 mil. As informações estão na Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada na última quarta-feira (27). O relatório é produzido pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O aumento na área consolida a preferência do plantio no verão em detrimento do plantio na primavera, quando agronomicamente a planta teria condições de responder melhor, mas acaba substituída pela soja. “Caso as condições climáticas continuem ajudando, a produção de feijão na segunda safra do Paraná pode chegar a 777 mil toneladas, ainda que existam riscos até a confirmação desta produção”, explica o agrônomo Carlos Hugo Godinho.

Outro destaque do relatório deste mês é a primeira estimativa para as culturas de inverno na safra 2023/24, e o Deral projeta uma retração na intenção de plantio. O aumento da área dedicada à segunda safra de grãos limitou a possibilidade de plantio a partir de abril, pois muitas áreas estarão ocupadas pelo feijão e pelo milho no período de semeadura do trigo.

Foto: Jaelson Lucas/AEN

A área está estimada em 1,17 milhão de hectares de trigo, 17% inferior aos 1,41 semeados em 2023. Canola, centeio, cevada e triticale também devem ocupar uma área menor. Além do avanço da segunda safra, também explicam essa redução a menor rentabilidade esperada pelos produtores comparativamente aos anos anteriores e a desmotivação ocasionada pela safra de 2023.

Com a entrada da safra de inverno, é possível estimar uma produção total de grãos de 41 milhões de toneladas no Paraná. “Esse volume já é 10% inferior ao colhido em 2022/23”, completa o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

Soja

O relatório mensal do Deral relativo a março de 2024 também revisou a área de soja. Espera-se que, ao final da safra, o Paraná colha 18,3 milhões de toneladas em 5,77 milhões de hectares. Este volume é 3,5 milhões de toneladas menor que a expectativa inicial para a safra, que era de 21,8 milhões de toneladas. A perda percentual no campo chega a 16%.

“Nesta semana a colheita chegou a 87% da área e as condições climáticas, no geral, estão favoráveis para avançar nos próximos dias”, diz o analista Edmar Gervásio. De acordo com ele, os preços se mantêm estáveis nos últimos três meses, com a saca de 60kg sendo comercializada entre R$ 103,00 e R$ 110,00.

Milho

A colheita da primeira safra de milho 23/24 chegou a 91% dos 297 mil hectares plantados nesta safra. A produção esperada é de 2,5 milhões de toneladas, com uma perda estimada no campo de 418 mil toneladas ou 14% a menos do que a expectativa inicial de produção.

Já o plantio da segunda safra do grão atingiu 99% dos 2,4 milhões de hectares esperados. A expectativa de produção para a safra é de 14,2 milhões de toneladas. “A produção foi

Foto: Fagner Almeida

revisada para baixo, pois os fatores climáticos como calor intenso e chuvas irregulares afetaram o desenvolvimento do milho e com isso já é possível apontar uma safra menor que a inicialmente esperada”, explica Gervásio.

Boletim Agropecuário

O Deral também divulgou hoje o Boletim de Conjuntura Agropecuária. Além da análise da produção de grãos, o boletim traz informações sobre a produção de tomate. Os números mostram que os cultivos da primeira safra, cujo plantio começou em agosto de 2023, estão com 91% da área de 2,4 mil hectares colhida.

De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, a produção estimada de 138,5 mil toneladas é 10,1% menor que as 154,1 mil projetadas na semeadura. O excesso de chuvas no início da primavera e os bolsões de calor intenso desde o início do ciclo dos plantios contribuíram para esta queda, repercutindo na qualidade do produto final e na volatilidade dos preços praticados.

O boletim também mostra dados sobre a produção de suínos e ovos no Paraná, com base em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e sobre leite.

Fonte: AEN-PR
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Prazo para o preenchimento da plataforma Contabilizando Resíduos é prorrogado até julho

Entidades privadas também ganharam mais tempo para apresentação de relatório sobre planejamento de logística reversa.

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Foto: Divulgação/AEN

O Governo do Paraná prorrogou por meio da Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 004/2024 publicada no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (27) os prazos para o preenchimento da Plataforma Contabilizando Resíduos, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), que se encerrariam domingo (31). Agora, municípios podem preencher o módulo de “Resíduos Sólidos Urbanos – RSU” até 31 de julho de 2024.

Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo também têm até 31 de julho de 2024 para apresentação, de forma individual ou coletiva, do Relatório Comprobatório dos Planos de Logística Reversa. Este relatório deve conter as informações e resultados, tendo como base o ano anterior (janeiro a dezembro) a fim de que seja avaliado e aprovado, e emitido documento que ateste sua aprovação pela Secretaria. A plataforma e os manuais de utilização podem ser acessados no site da Sedest.

O coordenador de Gestão Econômica e Territorial da Sedest, Filipe Dalboni, afirma que havia necessidade de prorrogar o prazo para garantir a qualidade dos dados recebidos. “Aumentamos o prazo para que tivéssemos tempo hábil de fornecer uma formação online para quem está com dificuldades de preenchimento da plataforma, a fim de que possamos obter dados mais fidedignos”, explica.

A formação online ainda não possui data marcada, mas está prevista para ocorrer ainda em abril e buscará trazer informações aos gestores municipais sobre o preenchimento adequado da Plataforma Contabilizando Resíduos – Módulo RSU. Os municípios serão informados do dia da formação por meio do Grupo R-20.

Outros prazos

Dentro deste contexto, a Sedest definiu 31 de outubro de 2024 como o prazo aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo sujeitos à logística reversa submeterem o Plano de Logística Reversa referente ao ano de 2025. A razão desta definição é garantir que os empreendimentos sujeitos à logística reversa entrem no ano de 2025 com seus planos devidamente aprovados.

Para aqueles que que iniciarem suas atividades entre 01/11/2024 e 31/12/2024, será admitida a apresentação de seus respectivos Planos de Logística Reversa dentro deste período.

Dalboni reiterou a importância de municípios e entidades privadas estarem em dia com os prazos legais de preenchimento da Plataforma. “Queremos que os municípios estejam em dia com suas obrigações referentes aos resíduos sólidos urbanos, e lembramos que as empresas que não enviarem suas comprovações poderão ter dificuldade em renovar algumas licenças”, pontua.

Sobre a plataforma

O Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos do Estado do Paraná, a plataforma digital Contabilizando Resíduos, é uma ferramenta de gestão e planejamento sobre os resíduos sólidos do Estado, a qual foi instituída pela Lei Estadual nº 20.607, de 10 de junho de 2021, e teve seus critérios e procedimentos regulamentados pelas Resoluções Conjuntas Sedest/IAT n° 20, de 20 de julho de 2021, e n° 22, de 28 de julho de 2021.

Fonte: AEN-PR
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