Conectado com

Suínos

Cientista sugere difusão da cultura analítica para aprimorar tomadas de decisões no agro

De acordo com ele, é preciso integrar a análise de dados em todos os processos de tomada de decisão e capacitar e envolver os profissionais de negócio em todo o fluxo de informação.

Publicado em

em

Cientista de dados Ricardo Cappra durante sua palestra online no Agriness Next 2023 - Foto: Divulgação/Agriness

A cultura analítica refere-se a uma mentalidade e abordagem no ambiente de negócios em que a análise de dados é valorizada e incorporada em todos os aspectos da tomada de decisões. É uma filosofia que promove a utilização de dados e percepções baseadas em evidências para orientar a estratégia, as operações e o desenvolvimento de uma organização. A importância da difusão da cultura analítica foi evidenciada durante a Agriness Next, realizado entre os dias 30 de maio e 1º de junho, em Florianópolis, SC, pelo cientista de dados Ricardo Cappra, durante uma palestra online.

O palestrante compartilhou insights e métodos inovadores que podem acelerar o desenvolvimento analítico de pessoas e empresas em todo o mundo, isso porque na cultura analítica, as empresas reconhecem o valor dos dados como um recurso estratégico e investem em tecnologias, talentos e processos para coletar, armazenar e analisar informações relevantes. “E isso é possível de ser utilizado no mercado do agronegócio e pode trazer muitas vantagens”, afirmou.

Durante sua apresentação, Cappra ressaltou a necessidade de promover uma cultura analítica e de análise de dados dentro das organizações, destacando a crescente importância do agronegócio nesse contexto. Segundo ele, o Fórum Econômico Mundial tem apontado o setor agro como um dos mais afetados por mudanças tecnológicas que estão transformando a sociedade.

O pesquisador ressaltou que o avanço da tecnologia da informação, incluindo o Big Data e a Internet das Coisas (IoT), tem gerado uma quantidade massiva de dados no agronegócio. “O que eu quero chamar a atenção é que é preciso ter clareza de que não basta apenas possuir os dados, é necessário saber interpretá-los e utilizá-los como base para as tomadas de decisões”.

Cappra alertou que, de acordo com pesquisas do Fórum Econômico Mundial, cerca de 70% das decisões de negócios são tomadas sem embasamento em dados, mas sim com base em intuição e feeling. Ele destacou a importância de promover uma mentalidade analítica e capacitar os profissionais para tomar decisões fundamentadas em dados.

Ao longo da palestra, Cappra apresentou os estágios de evolução da cultura analítica nas empresas, mencionando a necessidade de desenvolver habilidades nas pessoas e promover uma mentalidade digital para que as organizações possam aproveitar todo o potencial dos dados disponíveis. O palestrante disse ainda que a cultura analítica vai além da tecnologia e que os pilares fundamentais para sua implementação são os processos, as pessoas, a tecnologia e os dados. “Precisamos integrar a análise de dados em todos os processos de tomada de decisão e capacitar e envolver os profissionais de negócio em todo o fluxo de informação”, advertiu.

O pesquisador sugeriu que o futuro do agronegócio será cada vez mais analítico e que as empresas que souberem lidar melhor com as informações terão uma vantagem competitiva no mercado. Ele ressaltou que a cidadania digital e a educação digital são fundamentais para o desenvolvimento do pensamento analítico desde a infância e destacou a importância de equilibrar a capacidade analítica com a capacidade técnica na tomada de decisão. “As novas gerações precisarão e terão mais facilidade em adquirir habilidades analíticas”, opinou.

O palestrante ressaltou a necessidade de capacitar os profissionais e integrar a análise de dados em todos os processos de tomada de decisão. “Com a crescente disponibilidade de dados e avanços tecnológicos, a cultura analítica torna-se a chave para aprimorar as tomadas de decisões e é essencial para o sucesso das empresas no setor agro”, mencionou.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

 

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

Publicado em

em

Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.