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Ciência e tecnologia desenvolvem agronegócio do futuro no Paraná  

Lideradas pela UEL, técnicas que miram o aumento da produtividade, redução de custos e o desenvolvimento sustentável estão sendo apresentadas durante a 60ª edição da ExpoLondrina, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina.

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Gilson Abreu/AEN

O Paraná usa a ciência, pesquisa e tecnologia como aliadas para melhorar a performance do agronegócio, setor responsável por cerca de 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Algumas técnicas que miram o aumento da produtividade com redução de custos e o desenvolvimento sustentável estão sendo apresentadas durante a 60ª edição da ExpoLondrina, que iniciou no dia 1º e vai até este domingo (10), no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina, na Região Norte.

E tudo passa pela Via Rural, popularmente batizada de Fazendinha. O espaço coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Universidade de Londrina (UEL) e a Sociedade Rural do Paraná (SRP), é parada obrigatória das diversas caravanas de crianças e adolescentes das escolas da região.

Há experiências com bichos-da-seda, peixes, abelhas e formigas, entre outras, que fazem os jovens arregalarem os olhos para entender os passos que estão sendo tomados para garantir o futuro do agronegócio paranaense.

Há, por exemplo, pesquisas relevantes dentro da UEL que indicam que um fungo aliado a uma planta rende uma série de benefícios proporcionados a partir do aumento de área da raiz. “Há maior absorção de fósforo e água, resistência a patógenos, melhoria na qualidade do solo e maior tolerância a elementos tóxicos”, explicou Leandro Afonso da Silva, aluno do curso de microbiologia no programa de doutorado da Universidade Estadual de Londrina.

Testada em plantas de fumo, soja, tomate e algodão, a técnica resultou em maior crescimento e produtividade. “Essa associação entre fungo e raiz da planta é algo novo, que ainda estamos desenvolvendo. O fungo entra nas células da raiz aumentando a extensão, com maior absorção de fósforo e água, algo que a planta não conseguiria fazer sozinha, com a raiz natural”, afirmou Leandro.

Outra linha de pesquisa busca diminuir um dos principais inimigos das plantações de frutas: a formiga saúva. Desta vez o fungo é usado para controlar a proliferação dos insetos, com uma espécie de inseticida biológico que não agride a natureza. “Isso garante a qualidade dos pés de laranja, limão, morango e abacate, por exemplos”, destacou a estudante do segundo ano de Agronomia da UEL, Maria Eduarda dos Anjos de Torres, que se dedica a desvendar as formigas na iniciação científica.

Mais seda

Maior produtor de seda do país, com destaque justamente para a região de Londrina, o Paraná estuda meios de aumentar a produção e qualidade do material final. Para isso, a UEL começou a fazer uma análise nutricional da qualidade das amoreiras, além da possibilidade do desenvolvimento de uma alimentação artificial para as lagartas.

Outra vertente em pesquisa busca encontrar saídas para a deriva de agrotóxicos. Aplicados na lavoura de outras culturas, inseticidas podem se espalhar e chegar às amoreiras. Qualquer contato do bicho-da-seda com a folha envenenada resulta na morte do inseto. “É a principal perda para os agricultores, algo que preocupa. Os estudos estão no início e vão avançar”, contou Jaqueline Fernanda Dionísio, aluna de pós-doutorado da UEL.

Foodtech

Bicho-da-seda que também começou a servir como alimento, na outra ponto do mundo. Fabricantes de seda local exportam para o Japão crisálidas secas integral, uma das partes finais do bicho. Rica em proteína, as crisálidas são usadas para a alimentação humana, torrada, normalmente servida com sal e limão, e também para ração animal.

Essas novas formas de se alimentar também ganharam destaque na atual edição da ExpoLondrina. As chamadas foodtechs são o foco do mais novo projeto do Polo de Inovação Agropecuário de Londrina. Idealizado pela Sociedade Rural do Paraná, Governança Agrovalley e o Sebrae, e com apoio e assessoria da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a proposta foi apresentada na quinta-feira (7) ao governador Carlos Massa Ratinho Junior durante a visita à feira.

Com base em 60 ações, o objetivo do projeto é apoiar e estimular pesquisas e negócios que aproveitem a tecnologia para a produção de alimentos, transformando o Paraná em referência internacional. A iniciativa está amparada no estímulo à industrialização de alimentos, que é orientada pelo Estado há alguns anos como forma de agregar valor aos produtos locais.

“Estou muito feliz que a ExpoLondrina tenha chegado nesse patamar. Vim conhecer esse projeto, uma contribuição imensa para o que o Paraná faz de melhor: produzir alimentos para o mundo. Tecnologia e inovação precisam estar atreladas, trabalhando juntas para que sigamos com uma agricultura de ponta, de referência, e sustentável”, afirmou Ratinho Junior.

Novos Produtos

Entre as possibilidades do estudo estão exatamente o desenvolvimento de novos produtos a partir, por exemplo, de algas, legumes, cogumelos e raízes, considerados alimentos do futuro, inclusive substituindo ou servindo de alternativa a proteínas animais.

“A população aumenta, as mudanças climáticas dão mostras mais evidentes a cada dia, o que repercute na segurança alimentar, por isso tudo o que for ecologicamente correto, economicamente viável, diminua desperdícios e promova maior justiça com quem passa fome é bem-vindo”, comentou o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, que participou de todos os dias da feira.

Fonte: AEN Paraná

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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