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Ciclo de palestras da Ascribu discute ciência, genética e mercado do búfalo
Associação Sulina dos Criadores de Búfalos reuniu grandes nomes para tratar de temas relevantes ao setor.
O ciclo de palestras organizado pela Associação Sulina dos Criadores de Búfalos (Ascribu), na quinta-feira (1º), durante a 45ª Expointer, abordou temas como avaliação genética, inseminação artificial de búfalos e o futuro da proteína animal no Brasil. Na primeira apresentação, o presidente do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos( ABCB), Otávio Bernardes, falou sobre o programa de avaliação genética da entidade, criado em março deste ano.
O programa permite ao criador conhecer o potencial genético do seu rebanho e possui um custo entre R$ 18 e R$ 20 por animal ao ano, dentro de um rebanho que vai avaliar a sua cria e o touro. Bernardes salientou que “o modelo proposto permite que se enxergue o gene do animal e isso favorece a sua maior eficiência”. Para participar, além do valor anual, dependendo do número de animais, é necessário ter balança e balde ou sistema de ordenha com medidor para o leite, balança individual para animais, no caso de cortes, brincos, tatuagens ou chip para a identificação única e definitiva e capacitar a mão de obra para coletar os dados de maneira correta e eficiente.
O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra foi o responsável pelo segundo painel da tarde, que tratava sobre os cenários para a proteína animal brasileira. Logo na abertura, ele destacou as qualidades do país que favorecem a produção agropecuária, como a abundância de recursos naturais, além de status sanitário. “Aqui não tem o que não dê. Um monte de fatores nos permitem plantar. É clima, é solo, é status sanitário. O Brasil não tem influenza aviária, peste suína africana. O mundo inteiro está repleto disso e nós somos território livre de IA e PSA”, valorizou.
Turra apresentou dados bastante positivos – e menos divulgados – sobre o setor. Entre eles, o fato de a cadeia do frango, sozinha, gerar 4 milhões de empregos diretos e indiretos, e de ter tido um incremento de receita de 33,6% entre janeiro e março de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ele também apresentou uma projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) que coloca o Brasil na liderança mundial da produção de alimentos no período 2026-2027, prevendo que a participação nacional será de 41% do mercado global.
Na ótica do ex-ministro, esses dados são uma sinalização positiva para os criadores de búfalos. Ainda que o rebanho bubalino seja pequeno diante do gigantismo da bovinocultura – dois milhões de cabeças de búfalos contra 210 milhões de gado -, Turra acredita que a receita para crescer está na qualidade do produto.
“Mesmo que o consumo interno absorva tudo, aconselho os produtores a trabalharem pela excelência do produto para abrir mercados. Isso será importante para estimular o aumento da produção interna. Uma carne de búfalo possui características nutritivas e particularidades que a tornam superior à carne bovina. Ela tem 40% menos de colesterol, 12% menos de gordura, 55% menos calorias o que hoje é um chamarisco, porque todo mundo quer manter a forma física; e 11% a mais de proteína e 10% a mais de minerais. Essa é uma carne nobre, especial, rara que está pouco difundida”, afirmou, recomendando ainda que a busca pelo mercado interno e externo ocorram ao mesmo tempo, e que os produtores se apresentem no exterior vendendo a superioridade do búfalo e seus derivados.
O pesquisador e médico-veterinário William Gomes Vale deu continuidade ao ciclo de palestras, onde apresentou a História de Inseminação Artificial no Brasil. Vale destacou que a primeira inseminação artificial reconhecida no Brasil foi em 1984 e apresentou alguns dados importantes para que a inseminação seja realizada com sucesso. Conforme o pesquisador, “a boa nutrição do animal é muito importante e dentro do escore de condição corporal (1 a 5) é necessário que fique acima de três”. Ele ainda ressaltou os requerimentos básicos para a prática, além da nutrição, o manejo, a sanidade, o sêmen e a equipa técnica.
No encerramento das palestras, foram apresentados os trabalhos de duas mestrandas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A zootecnista Mariana Tavares abordou a Caracterização da Bubalinocultura de Corte no Rio Grande do Sul, onde coletou dados com 32 pecuaristas do Estado, onde foi concluído que 91% trabalha apenas com corte, 6% com atividade mista e apenas 3% com o leite e que o quilo vivo do bubalino é praticado na média de R 15,60.
Já Vitória Di Domenico, mestranda em Microbiologia e Meio Ambiente, abordou a produção do queijo colonial bubalino. Vitória salientou que o leite bubalino é o segundo mais produzido no mundo, ficando atrás apenas do leite de vaca. A mestranda enfatizou que 5 litros de leite produz 4 peças de queijos com 236 gramas e isso representa um rendimento médio de 18,9% acima em comparação com a produção de leite bovino.
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25
São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).
Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.
Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.
Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):
O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.
No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal
Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.
A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.
“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.
“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.
Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.
“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.
Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.
A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.
Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.
Indicação geográfica
Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)
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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná
Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.
De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.
A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!
A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.
Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.
Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!