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Chuvas prejudicam lavouras e criações da região Oeste do Paraná

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As fortes chuvas não provocaram apenas problemas relacionados à mobilidade urbana, prejuízos físicos, para não falar nas fatalidades. No interior do Paraná, o prejuízo chegou ao campo também através de destruição de lavouras, aviários, chiqueiros e estrebarias, além de morte de animais e aumento da incidência de doenças já previstas. O problema que atingiu a todos de uma maneira geral foi com as lavouras, principalmente de milho e feijão. Na região de Marechal Cândido Rondon não foi diferente. Durante todo o dia de ontem (09), os técnicos de vários setores circulavam pelas propriedades para contabilizar as perdas e fazer relatórios, que até o final do dia ainda não estavam prontos.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Agrícola Horizonte, Werner Barth, o prejuízo para a cultura milho é certo, seja qual for a fase da lavoura, mas com menos reflexo para quem já tinha a lavoura em ponto de colheita, desde que a planta não tenha caído. “Cada caso é um caso, mas quem teve sua área inundada ou afetada por ventos fortes, perdeu. Plantas prontas para colheita também têm a tendência de cair devido ao solo solto e o peso”, expõe. Para as plantas que permanecerem em pé, expõe Barth, assim que secar pode ser colhida. Mas a possibilidade de grãos ardidos é grande.
Conforme o profissional, o excesso de água provocou o apodrecimento de muitas plantas, sendo que muitas morrem nesta situação. Por isso, muitos produtores também correram ontem para fazer silagem e aproveitar um pouco mais da planta.
Doenças
Para as plantas mais jovens que não cederam com as chuvas, a preocupação agora, alerta o agrônomo, é com doenças oportunistas, já que ficam mais vulneráveis. Isto também reflete em perda produtiva. Ele mencionou, ainda, que se não bastasse a chuva, onde houve ventos, o milho ficou acamado.
Conforme controle feito pela Agrícola Horizonte, de quarta-feira (04) a domingo (08) choveram 157 mm na sede de Marechal Cândido Rondon. Desde o início do mês, já foram 177mm. No distritos de Margarida, Iguiporã e Bom Jardim, a situação é ainda pior, foram 237, 212 e 216 mm respectivamente. Só no domingo foram 168mm em Margarida.
O município de Entre Rios, então, tem uma situação ainda mais calamitosa, foram 323 mm de chuva registradas dias 1º, 04, 05, 06 e 08 de junho, sendo que neste dia foram 268mm.
Avicultura
O risco de doenças devido à alta umidade também aumenta para a pecuária, especialmente a avicultura. Apesar dos técnicos estarem fazendo os levantamentos ontem, já estava certa a morte de 13 mil aves por afogamento em um aviário, mas a estimativa é de que esse número posso girar entre 15 e 20 mil aves mortas devido às chuvas e doenças resultantes da umidade. Nas lavouras, a previsão era de que o maior prejuízo aconteceu em Entre Rios do Oeste.
A BRF também registrou prejuízos, com perdas em um matrizeiro, em Cascavel, e destruição de aviário por vento, na região de Toledo. 
Análise
Mas houve lugares que choveu ainda mais. Em Cascavel, as chuvas foram de mais de 350 mm entre sábado (07) e domingo. Além do milho, a cultura mais afetada foi a do feijão. As lavouras que estavam prontas para serem colhidas foram perdidas com as chuvas fortes. Na horticultura também há danos. Aproximadamente 40% das áreas já registram prejuízos. 
Na cultura do milho, o estimado ontem era de que cerca de 15 a 20% das lavouras do cereal tenham sido danificadas. Já no trigo, o impacto foi menor. Ainda assim, muitas plantações foram danificadas com o rompimento das curvas de níveis, que facilitou para a enxurrada “lavar” as áreas. 
Da região, São José das Palmeiras também teve um forte impacto pelas chuvas. A área mais afetada foi às margens do Rio Corvo Branco, no limite  entre São José e Diamante d´Oeste. O rio saiu do seu leito normal e atingiu aproximadamente sete metros acima de seu nível. Um produtor teve perda total das construções (casa, barracão, estábulo), conseguindo salvar apenas os documentos pessoais o trator e seu carro. Vários animais e aves foram arrastados pela enchente, inclusive nove vacas, que não foram mais encontradas. A lavoura de trigo (5,5 Alq.) foi parcialmente destruída. Em uma outra propriedade de São José, um raio matou 13 animais que estavam na pastagem.

Fonte: O Presente Rural

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Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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