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Chuvas no Rio Grande do Sul devem causar alta de preços de alimentos, diz Fecomércio

Há o risco de perda de produtos e impacto no transporte de mercadorias. Entre os produtos que devem ter os preços afetados estão, de acordo com a entidade, os derivados de leite e o arroz.

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Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril devem levar a uma alta dos preços dos alimentos, prevê a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Segundo a entidade, há o risco tanto de perda de produtos como também impactos no transporte de mercadorias.

Entre os produtos que devem ter os preços afetados estão, de acordo com a Fecomércio, os derivados de leite e o arroz. “O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, e embora pouco mais de 80% da safra tenha sido colhida, ainda não dá para saber se os estoques foram atingidos ou quanto da parcela restante foi perdida”, diz a nota da federação.

Os alagamentos e os danos à infraestrutura do estado podem, segundo a entidade, afetar a logística do transporte de arroz e de frutas tradicionais da região, como uva, pêssego e maçã. “A criação de gado para produção de leite, que deve ser impactada com a perda de vacas e pasto, além da ingestão, por esses animais, de água sem qualidade, em razão das condições atuais do local”, acrescenta a análise divulgada pela federação.

Apesar de enfatizar que os problemas devem afetar o abastecimentos de alimentos, a Fecomércio estima danos sistêmicos causados pelas chuvas. “A tragédia de Brumadinho, menor e mais localizada, provocou uma queda de 0,2% no Produto Interno do Brasileiro (PIB, soma de bens e de serviços produzidos no país) em 2019, mais de R$ 20 bilhões em valores atuais. No Rio Grande do Sul, é muito provável, infelizmente, que os danos causados tenham impacto ainda maior para o PIB nacional”, comparou.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já contabilizou 100 mortes causadas pelas chuvas. Segundo o órgão, as inundações, deslizamentos e desmoronamentos afetam cerca de 1,45 milhão de pessoas em 417 municípios. Ficaram desabrigadas, 66,7 mil pessoas.

Fonte: Agência Brasil

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Brasil abre mercado para exportação de aves ao Lesoto

País exporta carne de frango para 172 países, sendo responsável por 38% do total do comércio internacional desse produto.

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Foto: Cláudio Neves

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anuncia a abertura de mercado para exportação de carne de aves do Brasil ao Reino do Lesoto.

As negociações tiveram início em novembro do ano passado. Anualmente, o Lesoto importa em torno de oito mil toneladas de carne de aves.

O Brasil exporta carne de frango para 172 países, sendo responsável por 38% do total do comércio internacional desse produto. No ano passado, foram exportados mais de US$ 9,61 bilhões, equivalentes a cinco milhões de toneladas.

Desde o início de 2023, o Brasil abriu mercado para a exportação de 121 novos produtos agropecuários em 51 países, nos cinco continentes.

Fonte: Com informações do Mapa
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Notícias Em maio

Colheita antecipada de milho promete volume recorde no Paraná, apesar de desafios climáticos

Inundações impactam setor leiteiro na região Sul e produção de carne suína registra queda no Brasil.

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A colheita da segunda safra de milho 2023/24 no Paraná começou. Como o plantio ocorreu precocemente em boa parte do Estado, espera-se um dos maiores volumes já colhidos em maio, se o clima for favorável. Tradicionalmente, a colheita concentra-se em junho e julho. Até a última semana, pouco mais de 4,4 mil hectares dos 2,4 milhões plantados foram colhidos, principalmente nas regiões de Campo Mourão, Francisco Beltrão e Irati. As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de maio, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Foto: Jaelson Lucas/AEN

Sobre o leite, os técnicos analisam como as recentes inundações que afetaram parte do Rio Grande do Sul no início deste mês impactaram o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou a Portaria 1.108/24, anunciando medidas temporárias para desburocratizar o setor e revitalizar a cadeia produtiva. No Paraná, o preço pago ao produtor por litro de leite acumula alta de 16,5% em 2024.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2024, a produção de carne suína no Brasil caiu 1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, reduzindo de 1,29 para 1,28 milhão de toneladas. Por outro lado, as exportações no mesmo período aumentaram 2%, segundo o Agrostat/MAPA.

Em abril de 2024, o preço médio nominal do ovo tipo grande ao produtor no Paraná foi de R$ 149,99 por caixa de 30 dúzias, um aumento de 0,35% em relação ao mês anterior (R$ 149,46), mas uma queda de 14,76% em relação a abril de 2023 (R$ 175,96).

Safra de café

A safra paranaense de café em 2024 está projetada entre 700 e 750 mil sacas, volume que representa estabilidade em relação à safra anterior. Em 2023, o Paraná produziu 722 mil sacas beneficiadas, 48,2% a mais que em 2022, ano severamente castigado por geadas e seca. A área cultivada é de 26.180 hectares, com produção de café em 172 municípios. Os cinco principais produtores são Carlópolis, Pinhalão, Ibaiti, Tomazina, no Norte Pioneiro, e Apucarana, no Vale do Ivaí, responsáveis por 48,5% do volume paranaense.

De acordo com o Deral, as condições climáticas estão favoráveis até agora, apesar de períodos de calor excessivo e poucas chuvas. A

Foto: José Fernando Ogura/AEN

maturação está mais uniforme e a colheita está começando e será intensificada nas próximas semanas. Segundo Paulo Franzini, economista do Deral, os primeiros meses de 2024 foram marcados por negociações travadas devido às oscilações nas cotações na ICE e incertezas climáticas, gerando insegurança para os cafeicultores. No mercado físico brasileiro, os preços subiram significativamente, recuperando parcialmente os patamares anteriores.

O preço médio recebido pelos produtores paranaenses foi de R$ 1.033,72 por saca beneficiada em abril de 2024, comparado a R$ 992,14 em abril do ano passado. Em 2023, o valor médio foi de R$ 846,45 por saca, uma queda de 26,7% em relação a 2022, quando era de R$ 1.155,36. O relatório de abril do Deral indica que 82% da safra anterior foi comercializada pelos cafeicultores do Paraná.

No contexto mundial, a safra de café 2023/24 está projetada em 171,4 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg, um aumento de 4,2% em comparação ao período anterior. Os principais produtores são Brasil, Vietnã e Colômbia. A produção brasileira está prevista em 58,08 milhões de sacas, 5,5% a mais que em 2023, conforme levantamento divulgado em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O segundo levantamento deve ser divulgado em maio.

Colheita de feijão

Apesar de registros de chuvas, a colheita de feijão no Paraná evoluiu, atingindo 58% da área, ante 16% no final de abril. No Sudoeste, as chuvas prejudicaram a qualidade do produto colhido, mas na semana anterior as condições de colheita melhoraram, embora não fossem ideais, gerando descontos expressivos no preço recebido pelo produtor.

VBP

O boletim também analisa dados do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária 2022 sobre a região de Curitiba, principal polo hortifrutícola do Estado. Na produção de frutas, a região participa com 16,5% de um montante de R$ 2,5 bilhões, correspondendo a um VBP regional de R$ 407,7 milhões, de uma área de 8,7 mil hectares e volume de 174,4 mil toneladas.

Apoio ao Rio Grande do Sul

Em apoio ao Rio Grande do Sul, a Adapar aceitou que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná, e com apoio do IDR-PR, a região de Maringá ganhou uma nova rota de turismo rural. Além disso, com tecnologia, o lucro com a banana superou a renda com a soja em Novo Itacolomi. No Paraná, o vazio sanitário da soja terá escalonamento conforme as regiões do Estado.

Fonte: O Presente Rural com informações da AEN-PR
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Encontro no Paraná discute desafios e oportunidades da pecuária leiteira

Investimento em melhoria do solo e alimentação do rebanho e combate a doenças podem aperfeiçoar a atividade e gerar mais renda ao produtor.

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Manejo da fertilidade do solo, certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose, caracterização dos estabelecimentos leiteiros no Paraná e crédito rural foram temas do Encontro de Produtores de Leite realizado na última quinta-feira (16), durante a Expoingá, em Maringá. O evento, que reuniu especialistas no assunto, produtores e lideranças do setor, foi promovido pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Sociedade Rural de Maringá, Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Fotos: Divulgação/IDR-Paraná

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Natalino Avance de Souza, afirmou que o produtor deve trabalhar para aumentar a renda da atividade leiteira. “Os custos de produção estão em alta e a renda tem diminuído, mas isso é temporário. Nós queremos ajudar o produtor a rever o sistema de produção”, disse.

“Acreditamos na transformação do leite e agregação de valor. O Paraná pode ser não só o segundo maior produtor de leite do País, mas também pode ter os melhores produtores de leite e queijo do Brasil. As instituições estão à disposição de pequeno produtor”, ressaltou Souza.

Simony Lugão, pesquisadora do IDR-Paraná, destacou que a produção de leite é a quarta atividade do agronegócio paranaense em valor bruto de produção, segundo os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab. “Além disso, é uma atividade que gera renda todo mês e movimenta o comércio local”, lembrou. Ela destacou, ainda, que a alimentação do rebanho responde por 40% a 60% dos custos de produção, daí a importância de o produtor investir nas pastagens.

Segundo Simony, mais de 80% das áreas de pastagem do Noroeste do Paraná estão degradadas. “O primeiro fator dessa degradação é a falta de um planejamento forrageiro ao longo do ano. É preciso tratar o pasto como uma lavoura”, explicou.

Ela mostrou aos participantes algumas alternativas de pastagens perenes que oferecem alimento em quantidade e qualidade para o gado, além de terem uma boa resposta à adubação. São pastos como o mombaça, o tifton 85, o capim pioneiro, o marandu e o piatã, entre outros. Simony lembrou, ainda, que um pasto bem manejado retém carbono, diminuindo as cargas de emissão de gases do efeito estufa, tema que vem ganhando as atenções ultimamente. “O animal tem que comer folhas verdes e não talos e folhas mortas”, explicou.

Para tanto, o produtor deve saber exatamente o que o solo da área com pastagem precisa, o que é possível com a análise de solo e o momento certo para colocar os animais na área de pastagem. “O leite é pasto, reprodução e sanidade, o que exige uma assistência técnica de equipes multidisciplinares”, concluiu Simony.

Certificação

Romerson Dognani, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) explicou como o controle da brucelose e tuberculose pode trazer benefícios para o produtor. Ele ressaltou que a brucelose causa abortos, infecções uterinas e infertilidade das fêmeas. Já a tuberculose diminui a produção e provoca o emagrecimento do rebanho.

Além de evitar esses prejuízos, o produtor que controla essas doenças e opta pela certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose pode aumentar seus ganhos. Segundo Dognani, alguns laticínios podem pagar um diferencial pelo leite de propriedades certificadas. “Os produtos derivados do leite dessas propriedades são mais valorizados no mercado, bem como os animais”, ressaltou.

Atualmente o Paraná conta com 109 propriedades certificadas pela Adapar como livres da brucelose e tuberculose. Para aderir à certificação o produtor deve cumprir as medidas de controle das duas doenças, manter a vacinação dos animais em dia, identificar o rebanho, custear o controle de erradicação das doenças, bem como ter a assistência técnica de um veterinário.

Os profissionais da Adapar fazem a vistoria da propriedade e o acompanhamento na realização dos exames. Além da condição sanitária dos animais, também são analisadas as condições gerais da propriedade e das fontes de água. A certificação tem validade de um ano.

Perfil

No ano passado 1.500 produtores de leite do Estado foram ouvidos numa pesquisa feita pelo IDR-Paraná. O objetivo foi ter uma amostra

Foto: Jaelson Lucas/AEN

do perfil das propriedades, conhecer as práticas implementadas nos empreendimentos rurais, gestão, comercialização, estrutura da propriedade e interesses dos produtores. A pesquisa foi solicitada pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e pode orientar decisões direcionadas a este segmento produtivo.

Tiago Pellini, do IDR-Paraná, conduziu o trabalho e mostrou alguns dados a respeito das propriedades da pecuária leiteira da região. No Noroeste a maioria do rebanho leiteiro (43%) é composta por gado girolanda, superando os cruzamentos de holandês e Jersey (23%), cruzamentos de gado leiteiro com zebuínos (18%) e outras raças e cruzamentos (7%).

Apesar das dificuldades, a pesquisa revelou que 54% dos produtores têm a expectativa de aumentar a produção diária de leite nos próximos cinco anos. A melhoria genética do rebanho é o desejo de 43% do público pesquisado. O aumento do rebanho é a meta de 35% dos produtores e 20% estão querendo investir em automação. A pesquisa mostra também que apenas 15% do público pretende deixar a atividade leiteira.

Para Bruna Bono, assessora de negócios do Sicredi-Dexis de Maringá, a pecuária leiteira enfrenta o desafio da volatilidade dos preços, alta nos custos de produção, acesso limitado a tecnologia e à assistência técnica. Para ela, o crédito rural pode melhorar a produtividade e lucratividade do produtor com investimentos e modernização do trabalho nas propriedades.

Fonte: AEN-PR
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