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Chuvas favorecem plantio de milho segunda safra

Áreas de cultivo no Centro-Oeste registram maior umidade do solo e projeção tem viés de alta.

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Foto: Gilson Abreu

Mesmo com a umidade abaixo da média na maior parte do Centro-Oeste, as chuvas acumuladas nos últimos 10 dias – que ultrapassaram 80 milímetros – favoreceram o início do ciclo da segunda safra de milho, aponta a EarthDaily Agro. No Mato Grosso, a umidade do solo encontra-se em patamar superior em fevereiro, em comparação com o último bimestre de 2023, quando teve início do ciclo da soja. No estado, a produtividade média estimada pela empresa para o milho segunda safra é de 112,3 sacas/hectare, 2% menor que na safra passada, mas 5,2% superior à projeção da Conab atualmente estima.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Já para a soja, o analista de safra da EarthDaily Agro, Felippe Reis, esteve no Sudeste do estado na última semana e verificou quebra de mais de 70% nas áreas plantadas em setembro e de 10% a 20% nas lavouras semeadas a partir de novembro. Segundo ele, outras áreas no Centro do estado deverão apresentar resultado menos desfavorável, mas ainda ruim. A quebra estimada no estado deve chegar a 17,6% sobre a safra passada, com produtividade média de 51,8 sacas/hectare.

Em Goiás, o quadro é semelhante, com estimativa do início para o milho segunda safra mais favorável do que o ocorrido na soja e uma produtividade de 94,8/sacas por hectare, 10,8% inferior à temporada passada, favorecida por boas condições climáticas. No caso da soja, após um início seco, aumentou o volume de chuvas no fim de dezembro e janeiro, resultando na melhora da umidade do solo, com um patamar próximo à média nas últimas semanas, e reduzindo as perdas devido à seca de novembro e dezembro. Em visita às áreas produtoras, Reis verificou uma grande diferença entre as fazendas produtoras, tanto em relação ao estágio da cultura quanto à estimativa. A produtividade das propriedades visitadas variava de 45 sacas/hectare a 85 sacas/hectare, em razão da época de plantio e, também, do nível de tecnologia adotada.

A piora considerável do índice de vegetação, principalmente a partir da segunda quinzena de janeiro, levou a empresa a manter a avaliação pessimista quanto ao potencial produtivo das lavouras de soja e a estimativa é de 59,4 sacas/hectares, 8,7% abaixo da temporada passada.

No Mato Grosso do Sul, apesar da umidade do solo baixa durante a maior parte do ciclo da soja, a perspectiva é de bom começo para o milho segunda safra. A projeção é de 88,8 sacas/hectare, resultado 4% maior que o atualmente estimado pela Conab. Para a soja, o analista indica que o estado deverá registrar a menor queda no Centro-Oeste. As propriedades apresentar boa uniformidade do estádio de cultivo. A evolução do índice de vegetação aponta um cenário mais favorável do que os anos ruins de 2022 e 2019, mantendo um viés mais otimista e uma estimativa de produtividade de 59,2 sacas/hectare, 4,6% menor que na safra anterior.

Nos estados do Sul, São Paulo e parte de Minas Gerais, a queda da umidade do solo tem diminuído o potencial produtivo das lavouras, especialmente do Sul, trazendo início desfavorável para o milho safrinha. No Paraná, por exemplo, a seca se instalou no estado e pode impactar o início da segunda safra. A estimativa é de 87,9/sacas/hectare, resultado 11,3% menor que na safra passada. A evolução do NDVI confirma a projeção da empresa de queda no potencial produtivo da soja, chegando a 54,6 sacas/hectare, 15,1% a menos que na temporada anterior.

O pessimismo se mantém no Rio Grande do Sul. O analista explica que a umidade do solo nos últimos dias apresentou leve melhora, assim como os valores de NDVI, no entanto, o índice de vegetação da soja continua em patamar inferior em comparação ao ano ruim de 2020. A projeção para a soja é de 45,2 sacas/hectare, resultado 17,3% menor do que a Conab atualmente estima.

Para os próximos dez dias, tanto o modelo europeu (ECMWF), quanto o americano (GFS) apontam temperaturas abaixo da média na maior parte do país e chuvas em boa parte do Sudeste e parte do Centro-Oeste, porém o Sul deve continuar majoritariamente seco.

Fonte: Assessoria EarthDaily Agro

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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