Bovinos / Grãos / Máquinas
Chuva compromete qualidade dos grãos no Mato Grosso
Ainda há previsão de mais chuva para os próximos dias, o que deverá agravar ainda mais as condições das lavouras
Áreas de instabilidade continuam ativas e há risco de chuva forte sobre grande parte do extremo norte do Mato Grosso. Essas chuvas têm afetado consideravelmente as lavouras de soja da região, uma vez que impossibilitam a entrada das colheitadeiras no campo. Com isso, diversas lavouras já apresentam altos percentuais de grãos em estágio avançado de apodrecimento e de germinação. Ainda há previsão de mais chuva para os próximos dias, o que deverá agravar ainda mais as condições das lavouras.
Já em todo o restante do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e norte do Mato Grosso do Sul, o dia também amanheceu com céu fechado e com incidência de vários pontos de chuva, entretanto, as áreas de instabilidade associadas à passagem de uma frente fria pela costa do Sudeste, já estão perdendo força durante o dia. Com isso, a partir desta quinta-feira (22) o tempo voltará a ter apenas chuvas diárias, mas sempre na forma de pancadas, o que possibilita a entrada das maquinas no campo. O grande problema das chuvas no final de fevereiro não é para as lavouras de soja e sim, para o milho. Com as chuvas frequentes, mesmo que na forma de pancadas, o plantio do milho segunda safra fica mais “custoso”, o que poderá provocar um atraso na finalização do plantio e, pior, uma redução da área a ser cultivada nesse ano.
No Sudeste, após um inicio de semana com chuvas generalizadas e em bons volumes, o tempo começa a abrir em boa parte de São Paulo e com isso, há previsão apenas de eventuais pancadas de chuvas, principalmente no período da tarde, devido ao aumento da temperatura e os altos índices de umidade relativa do ar. Somente em Minas Gerais é que há previsão de chuvas mais generalizadas durante essa quarta (21) e quinta-feira (22), pois já a partir da sexta-feira (23) as chuvas voltam na forma de pancadas diárias de final de tarde e noite. Com isso, os produtores conseguirão retornar as atividades de campo, bem como os níveis de umidade do solo continuarão altos, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.
No Sul, a quarta-feira (21) amanheceu com céu aberto, poucas nuvens e possibilidades apenas de eventuais pancadas de chuvas sobre a região. Entretanto, como voltou a chover nesses últimos dias, os níveis de umidade do solo estão bons, na grande maioria das regiões produtoras. Isso mantém as condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e, principalmente a realização dos tratos culturais. A tendência é que esse tempo aberto e sem chuvas se mantenha assim, até meados da semana que vem, quando novamente voltará a chover. Ou seja, toda a região Sul, incluindo os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul terão os próximos cinco a sete dias de tempo aberto e sem previsão de chuva generalizada, o que não trará nenhuma consequência negativa ao desenvolvimento das lavouras.
No Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará, a previsão é de pancadas de chuva ao longo desses próximos dias. De um lado, isso manterá as condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, pois os solos ficarão com bons níveis de umidade, mas por outro, poderá atrapalhar a plena realização dos trabalhos de campo. Mas essas chuvas estão sendo muito mais benéficas do que prejudiciais nesse momento. E como há uma tendência de que esse padrão meteorológico se mantenha inalterado ao longo dessas próximas duas semanas, a tendência é que as condições se mantenham favoráveis tanto ao desenvolvimento das lavouras quanto aos trabalhos de campo.
Argentina
Na Argentina, houve registros de chuva em vários pontos das principais regiões produtoras nesses últimos quatro dias, porém, os volumes ocorridos ainda foram abaixo da média, o que mantém um mercado ainda muito apreensivo em relação ao futuro da produção. Como não há previsões de chuvas generalizadas para os próximos sete dias, a tendência é que ainda as condições se mantenham desfavoráveis ao pleno desenvolvimento das lavouras. Apesar de que as chuvas ocorridas já ajudaram, mesmo que parcialmente, no desenvolvimento das lavouras de soja e milho. Mas ainda há a necessidade de que venham ocorrer mais chuvas, e generalizadas, nesses próximos 10 dias, para que realmente as condições se estabilizem – algo que não deverá acontecer.
Fonte: ClimaTempo
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Prazo para atualização obrigatória de rebanhos começa em 1º de maio no Paraná
GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade – bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda.
A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2024 começa em 1º de maio e se estenderá até 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.
A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda).
Os produtores podem fazer a atualização pelo aplicativo Paraná Agro (baixe aqui), pelo site da Adapar ou presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.
O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007.
Segundo a Gerência de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.
Área livre
O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 27 de maio de 2022. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.
O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.
O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista na OIE. “Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.
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2º Fórum Nacional do Leite chama atenção para diversidade da cadeia
Programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias.
O 2º Fórum Nacional do Leite, em Brasília, se torna o ponto de encontro para uma conversa crucial sobre o futuro da indústria leiteira. Entre terça 16) e quarta-feira (17), a Embrapa abre suas portas para este evento que promete não apenas debater, mas ser um catalisador de respostas para uma transformação positiva no setor leiteiro brasileiro.
Apesar dos desafios enfrentados, o setor leiteiro continua sendo uma peça fundamental da economia, presente em mais de 90% dos municípios do Brasil e empregando milhões de pessoas. O leite, um alimento indispensável desde o nascimento, representa mais do que apenas um produto, é um símbolo da história e cultura alimentar.
A Abraleite, liderando o evento, espera reunir uma variedade de vozes, desde autoridades públicas até produtores locais, para discutir questões como sustentabilidade, gestão, mercado, pesquisa, inovação e comunicação. Maria Antonieta Guazzelli, diretora de Comunicação e Marketing da Abraleite, destaca o engajamento do setor, mesmo em tempos desafiadores.
Porém, a realidade dentro do setor é diversa e complexa. A heterogeneidade reina, desde o volume de produção até o acesso a tecnologias e assistência técnica. Como Maria Antonieta observa, os produtores são verdadeiros heróis, enfrentando uma batalha diária para manter suas operações funcionando.
O programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias. Mas, além das discussões, o verdadeiro objetivo do evento é destacar a necessidade premente de uma cadeia produtiva mais estruturada e uniforme. “A mensagem principal do evento é a necessidade urgente de uma cadeia mais estruturada, com homogeneidade na qualidade, custo e estabilidade da produção de leite. Somente dessa maneira estaremos fortalecidos para elevar o produto a patamares semelhantes ao de commodities como soja e café”, destaca.
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Declaração de Rebanho 2024 começa nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul; saiba como fazer
Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Prazo encerra em 14 de junho.
A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. “Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) do Rio Grande do Sul, Rosane Collares.
Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.
A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros.
No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.
Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. O prazo encerra em 14 de junho.