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Chance Bryant, da Cobb-Vantress, apresenta conceitos e práticas para ventilação de inverno no SBSA, em Chapecó

O gerente-técnico demonstrou tipos de ventilação para o período e os principais erros dos produtores

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Ao final do segundo dia de apresentações do XVIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), em Chapecó (SC), a Cobb-Vantress, líder mundial no fornecimento de aves de produção para frangos de corte e em especialização técnica no setor avícola, promoveu uma palestra especial na sessão Eventos Paralelos. O gerente-técnico da Cobb na América do Norte, Chance Bryant, apresentou a um público de cerca de 200 pessoas conceitos e práticas de manejo de inverno.

O especialista iniciou a palestra abordando as mais modernas tecnologias para galpões de aves e a necessidade de o produtor entender os recursos disponíveis em sua unidade e como operá-los. “Quanto mais conhecimento tivermos, melhor poderemos capturar o potencial genético das aves”, explicou.

A ventilação foi o ponto principal da exposição de Bryant, com foco especial em ventilação mínima. Para o gerente-técnico, para que o produtor concorde em investir em ventilação é preciso que ele entenda a sua importância e como ela pode contribuir com o manejo e os resultados em frangos de corte. A ventilação pode servir para dissipar gases, como monóxido e dióxido de carbono, amônia ou oxigênio, ou mesmo para remover a umidade e corrigir o ambiente, evitando camas úmidas. Isso porque as aves modernas consomem grandes quantidades de água e apenas são capazes de reter no organismo de 20% a 30% do recurso, eliminando o restante no piso e na cama, por meio de respiração e excretas.

Ao produtor, o palestrante indicou conhecer a quantidade de água que o plantel elimina no ambiente com um cálculo que englobe do primeiro dia do alojamento ao abate do lote. A ventilação surge então como recurso para retirar a água excedente no ambiente, já que as aves atuais mais jovens eliminam a água com mais rapidez que as aves do passado.

Ainda abordando a evolução e a rapidez de alguns processos em aves jovens, Chance Bryant demonstrou que, em 1990, o frango levava cerca de 42 dias para atingir 1,6kg, peso que atualmente pode atingir em cerca de 28 dias. Da mesma forma, a cavidade interna do organismo das aves diminuiu em função do crescimento do peso e da carcaça do frango. Com maior quantidade de carne e estrutura corporal, o sistema cardiorespiratório do frango tende a se sobrecarregar, o que pode ser amenizado quando o ambiente do galpão é bem controlado e oferece conforto e bem-estar ao plantel.

“O bem-estar é um aspecto fundamental. O consumidor que compra o nosso produto quer que seu frango cresça em um ambiente agradável e confortável. Ele não quer o frango em um galpão mal cheiroso, sujo e sem conforto. Cabe  a nós mostrar que estamos fazendo o possível pra oferecer o máximo de conforto para a ave, para que ele avalie que as aves recebem o melhor”, explicou. Por isso, em sua opinião, o manejo e o conhecimento do produtor também precisam evoluir e a ventilação pode ser a chave para que se obtenha resultados superiores, principalmente na primeira semana do alojamento.

A ventilação mínima, usada em estações frias ou com aves mais jovens, geralmente é utilizada quando a temperatura desejada para o interior do galpão é maior que a externa. Seu principal objetivo é oferecer uma temperatura confortável ao frango, com boa qualidade de ar. Ela pode ser apoiada no uso de entradas de ar laterais distribuídas pelos dois lados do galpão. Os testes de fumaça podem dar bons indicativos sobre o fluxo e a dinâmica da circulação do ar que entra nas unidades, segundo o especialista.  Assim, é necessário garantir o volume e a velocidade de vento adequados para misturar o ar frio ao aquecido do galpão. Segundo o palestrante, o ar frio que entra neste espaço também não deve atingir diretamente a cama, as aves ou os sensores de temperatura.

O gerente apresentou as principais fórmulas utilizadas para o cálculo da ventilação necessária nos galpões, citando calculadoras disponíveis em sites, como o das universidades de Auburn e da Georgia. O uso de câmeras térmicas para conferência de temperatura no interior dos galpões e a checagem da pressão estática também foram recomendados por Bryant.

O especialista também abordou a ventilação de transição, necessária quando a temperatura se eleva durante o dia, em que é preciso aumentar a troca de ar no interior do aviário. “A ventilação de transição é uma das etapas mais difíceis, porque muitas vezes não se justfica utilizar uma ventilação tipo túnel e está muito quente para a mínima. Mas se soubermos utilizar bem a tecnologia disponível poderemos encontrar boas soluções para cada situação”, afirmou.

Sobre os erros mais comuns praticados na indústria, o primeiro, na avaliação do especialista é a vedação ineficiente do galpão, o que pode colocar em risco as demais práticas de ventilação. A pouca abertura das entradas de ar também interfere na qualidade dos resultados, assim como obstáculos sobrepostos no caminho do ar até o centro dos galpões. A falsa necessidade de ventilação, segundo a avaliação olfativa de alguns produtores, também é um grande erro. “Alguns produtores imaginam que se não há nenhum cheiro no ambiente não é necessário ventilar. Mas alguns aditivos para tratamento de cama podem mascarar odores e possivelmente umidade”, explicou.

 

Fonte: Ass. de Imprensa

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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

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Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor

Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal 

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Divulgação Hercules Energia em Movimento

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.

Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.

Manutenção e ventilação: aliados da produtividade

A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.

Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.

Motor Air Over ventilação – Divulgação Hercules

Alta nas temperaturas exige preparação antecipada

De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.

Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

Fonte: Ass. de Imprensa
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