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Ceva Saúde Animal lança a primeira vacina viva contra a bronquite infecciosa brasileira
Cevac IBras L é a primeira vacina viva específica contra bronquite infecciosa variante brasileira BR, que é o grupo mais prevalente em todas as regiões do Brasil
O dia 13 de setembro de 2016 ficou marcado na história da avicultura brasileira. Data em que a Ceva Saúde Animal lançou a Cevac IBras L, a primeira vacina viva contra a Bronquite variante brasileira (BR). “A vacina chega para resolver o maior problema da indústria avícola dos últimos 10 anos. Com certeza será um divisor, um marco em nosso país. Há tempos o nosso mercado exigia novas alternativas, pois desde 1979, a avicultura brasileira só contava com vacinas do sorotipo Massachusetts”, ressaltou o presidente da Ceva Brasil, Fernando Luiz De Mori.
Anteriormente ao lançamento da vacina Cevac IBras L, não havia uma solução adequada para o controle da BI, uma vez que as vacinas disponíveis convencionais, as Massachusetts, protegem menos de 50% contra desafio brasileiro. “Devido à sua baixa homologia entre a bronquite brasileira BR e o vírus contido nas vacinas tipo Massachusetts disponíveis no mercado brasileiro, a proteção cruzada é baixa”, explicou o gerente de marketing da Ceva Unidade Aves, Marco Aurélio Lopes.
De acordo com recentes estudos, o grupo variante brasileiro BR é o mais prevalente no Brasil, sendo responsável por mais de 65% das detecções em isolados de bronquite infecciosa (BI) no país. Os sinais clínicos da enfermidade são variáveis. Em frango de corte, a bronquite BR pode causar doença respiratória, piora de desempenho zootécnico, aumento de condenações no abatedouro, lesões renais e mortalidade. Em postura, além de problemas respiratórios, pode levar a perda da qualidade de cascas dos ovos e redução da produtividade. Em galinhas reprodutoras a doença promove queda na qualidade e da produção de ovos no período de postura, além de piora na fertilidade e redução do número de pintos produzidos.
Em 2012, um levantamento de campo realizado por Assayag Junior, em uma empresa produtora estimou que as perdas relacionadas à Bronquite Infecciosa somente em unidades de produção no estado do Paraná, chegou a 9,88 milhões de dólares em frangos de corte e mais de 1,6milhões de dólares em galinhas reprodutoras. As perdas estão relacionadas a piora na conversão alimentar e aumento na condenação ao abate para frangos de corte. No caso de reprodutoras, estimou-se perdas de 5,6 pintos produzidos por ave.
Cevac IBras L
Foram oito anos dedicados a pesquisas e desenvolvimento para se chegar a uma vacina que oferecesse segurança e sobretudo excelente proteção frente aos desafios encontrados no país. Com investimentos de 3,5 milhões de euros ou cerca de 12 milhões de reais, a Cevac IBras L começou a ser comercializada na segunda-feira, 19 de setembro.
“Durante todo o período, desde as fases de pesquisa e desenvolvimento até as questões regulatórias e de produção, enfrentamos desafios internos e externos, como por exemplo, a crise econômica e política em nosso país. Mesmo diante de todas essas dificuldades e exigências, a Ceva persistiu. Tivemos coragem, visão e empreendedorismo, pois sabíamos das necessidades do mercado brasileiro, e que esse desenvolvimento seria responsável por inúmeros benefícios para avicultura e, consequentemente, para o país”, ressaltou o presidente.
Todo o processo de pesquisa e desenvolvimento foi conduzido em conjunto com a unidade de pesquisa da Ceva na Hungria, atendendo as normas europeias e brasileiras de produção. “Para o desenvolvimento da Cevac IBras L selecionamos a melhor cepa, buscando o equilíbrio correto entre uma boa proteção e segurança para as aves”, pontua Dr. Jorge Chacón, principal pesquisador e responsável para a condução dos estudos, que recentemente, assumiu o posto de líder da equipe de serviços veterinários da Ceva Brasil e irá acompanhar a performance do produto também em campo. “É uma honra participar de todas as fases de um projeto tão importante como este”, comemora Chacón.
A vacina demonstrou conferir proteção contra as variantes brasileiras e redução da taxa de excreção viral, além de se mostrar totalmente segura, podendo ser aplicada no primeiro dia de vida ou em qualquer momento da vida. “A Cevac IBras L revelou ser eficiente frente a desafios com vírus de campo da Bronquite BR, conferindo proteção robusta contra sinais clínicos, danos da atividade ciliar, lesões microscópicas e excreção viral. Desta forma, Cevac IBras L protege a ave e o ambiente, reduzindo a pressão de infecção na granja”, destaca Jorge Chacon,
A Cevac IBras é uma vacina desenvolvida especialmente para o mercado brasileiro, trazendo as cores verde e amarela em sua embalagem. O lançamento ainda traz o slogan “Spray hoje para a certeza do amanhã”, reforçando a ideia de que a vacinação correta hoje, pode levar a ótimos resultados, que darão a tranquilidade para o produtor futuramente.
“O que me deixa ainda mais feliz é saber que com a introdução desta vacina no mercado, a Ceva firma mais uma vez o seu compromisso com a saúde animal, fortalecendo ainda mais os seus pilares de inovação, espírito empreendedor, solidariedade e paixão pelo cliente. Essa é a nossa missão”, finalizou o presidente da Ceva Brasil, Fernando De Mori.
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
Empresas
Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

