Notícias Safra 20/21
CESB anuncia recordes e os grandes Campeões do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja – Safra 20/21
Produtor do PR é o campeão nacional, com produção estratégica e sustentável de 129,16 sacas por hectare na safra 2020/2021

Sustentabilidade, soluções inovadoras e elevada eficiência produtiva estão em total sintonia. É o que comprova mais uma vez o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). O produtor rural Ernest Milla (in memorian), da propriedade Fundo Grande, de Pinhão (PR), registrou 129,16 sacas por hectare na safra 2020/2021, consagrando-se como o vencedor da Região Sul (categoria Sequeiro) e também como grande campeão nacional.
Trata-se de um índice muito maior do que o apontado por diversos levantamentos de mercado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegou a divulgar, neste ano, por exemplo, que a previsão era de uma produção de 58,3 sacas de soja por hectare.
Leonardo Sologuren, presidente do CESB, explica que o desempenho obtido pelo campeão nacional se deve a vários fatores. “Com uma produção estratégica e amplamente sustentável, o produtor beneficiou o meio ambiente, aproveitou ao máximo os recursos do solo e investiu no crescimento de uma produção de forma vertical, obtendo elevado índice produtivo”, destaca.
O produtor rural Karl Milla observa que seu pai, Ernest Milla, sempre adotou sólidas técnicas de manejo e também soluções tecnológicas extremamente eficazes. “Meu pai se dedicou à agricultura por mais de 65 anos de sua vida. Só nessa área em questão do CESB foram mais de 50 anos, respeitando a terra, o meio ambiente e utilizando os melhores recursos de forma responsável. Como resultado, tivemos uma produção ecoeficiente, elevando ao máximo os índices produtivos”, pontua.
O Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja também teve produtores vencedores nas outras regiões. E veio da região Sudeste o Campeão Nacional da categoria Irrigado. Silvio Langreberto Maluta, da Fazenda Fratelli, de Itapeva (SP), ficou em primeiro lugar, com 121,29 sacas por hectare. Já na categoria Sequeiro, da Região Sudeste, o vencedor foi Marcus Felippe Reis Veiga, da Fazenda São João das Vitórias, de Madre de Deus de Minas (MG), com 113,99 sacas por hectare.
Na região Norte/Nordeste, o Grupo Gorgen, com 113,26 sacas por hectare, na Fazenda Cabreúva e Paz, em Formosa do Rio Preto (BA), tornou-se o vencedor, e, na Região Centro-Oeste, a SLC Agrícola SA ficou em primeiro lugar, com 100,33 sacas por hectare, na Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO).
Consultores – Além de celebrar os produtores rurais que mais tiveram destaque no cenário nacional da soja, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja prestigiou os consultores com maior evidência.
O consultor campeão nacional e também vencedor da região Sul (categoria Sequeiro) foi Luiz Gabriel de Moraes Jr, com 129,16 sacas por hectare, na propriedade Fundo Grande, em Pinhão (PR).
Luiz Gabriel de Moraes Jr observa que a produção da soja tem se tornado cada vez mais precisa e eficiente, apesar dos obstáculos naturais. “Com planejamento pensando em sistema produtivo e técnicas apuradas de manejo de solo, conseguimos implementar uma produção de elevado nível, estruturalmente consolidada e sustentável”, lembra.
Na Região Sudeste, o consultor campeão da categoria Irrigado foi Robson Diogo Ribeiro dos Santos, com 121,29 sacas por hectare, na Fazenda Fratelli, em Itapeva (SP) e o consultor vencedor da categoria Sequeiro da região Sudeste foi Auac Breno Lafe, que registrou 113,99 sacas por hectare, na Fazenda São João das Vitórias, em Madre de Deus de Minas (MG).
Já na região Norte/Nordeste, o ganhador foi o consultor Edinei Antonio Fugalli, com 113,26 sacas por hectare (categoria Sequeiro), na Fazenda Cabreúva e Paz, em Formosa do Rio Preto (BA) e na Região Centro-Oeste o primeiro lugar ficou com o consultor Diego André Goldschmidt, com 100,33 sacas por hectare (categoria Sequeiro), na Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO).
Nilson Caldas, diretor de marketing do CESB, observa que o Desafio cumpriu seu objetivo inicial ao estimular profundos aprendizados e constantes trocas de experiências entre todos os participantes do ecossistema da soja. “Quero parabenizar a todos que se inscreveram no Desafio. O resultado final mostra que o cultivo da soja está em constante evolução no Brasil, aliando de forma precisa e inteligente a sustentabilidade com a rentabilidade”, pontua.
O CESB foi criado com o objetivo de oferecer um ambiente regional e nacional que estimule sojicultores e consultores técnicos a desafiar seus conhecimentos incentivando o desenvolvimento de práticas de cultivo inovadoras. O comitê é composto por 22 membros e 32 entidades patrocinadoras: Basf, Bayer, Syngenta, UPL, FMC, Jacto, Mosaic, Superbac, Corteva, Instituto Phytus, Eurochem, Compass Minerals, ATTO Adriana Sementes, Stoller, Timac Agro, Brasmax, Stara, Datafarm, Viter, Somar Serviços Agro, Ubyfol, Fortgreen, KWS, Yara, Sumitomo Chemical, Adama, Agrivalle, HO Genética, FT sementes, Biotrop, Koppert e IBRA.
Além do tradicional Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, que reúne produtores, consultores e pesquisadores em prol da implementação de novas técnicas e práticas de manejo da soja, o CESB realiza uma série de outras ações que visam o incremento da produtividade média da sojicultura nacional de maneira sustentável e rentável para seus participantes e sociedade. Uma destas iniciativas é o Máster em Tecnologia Agrícola (MTA Soja), primeiro curso de pós-graduação em soja. Organizado pelo CESB, em parceria com a Elevagro, o curso terá conteúdo abrangente, contemplando boas práticas e altas produtividades. A previsão é que as matrículas estejam abertas já no segundo semestre deste ano. Mais informações pelo telefone: (15) 3418.2021 ou pelo site www.cesbrasil.org.br

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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.
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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável
Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.
Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.
Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.
A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.
Solos mais saudáveis e produtivos
Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.
Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.
A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.
Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.
Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.
A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.
A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).
O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.



