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Cesb abre em novembro as inscrições para 16ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja
Iniciativa é referência na sojicultora nacional, traz novidades, comemora os 100 anos da soja no Brasil e estimula as boas práticas produtivas, com foco em sustentabilidade e rentabilidade.

Desafiar produtores e consultores a uma evolução contínua, que contemple práticas agrícolas alinhadas a uma produção sustentável, rentável, saudável e sólida. Esse é o principal objetivo do tão aguardado Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, importante iniciativa do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), que chega a sua 16ª edição, colecionando diversos recordes, e que comemora os 100 anos da soja no Brasil.
As inscrições abrem em 1ª de novembro e para se inscrever, o sojicultor precisa acessar o site www.cesbrasil.org.br, seguir corretamente todas as instruções e preencher informações referentes à safra 2023/24. O valor é de R$ 150,00 para inscrições não-patrocinadas e 100% gratuitas para inscrições que indicarem algum dos patrocinadores do Cesb.
Após conclusão do Desafio Cesb, todos os participantes classificados receberão um laudo/relatório das áreas auditadas, contendo georreferenciamento da área auditada, descritivo do campo de produção, informações técnicas de manejo, registro fotográfico e informações adicionais (caso exista…), além de um certificado de participação, com sua classificação no Desafio Cesb de Máxima Produtividade da Soja.
Novidades
A 16ª Edição do Desafio Cesb será uma edição comemorativa dos 100 anos da soja no Brasil.
Em 1924, as primeiras sementes de soja chegaram ao Brasil. Elas foram plantadas e deram origem às primeiras plantações desta oleaginosa, que foram colhidas e distribuídas para serem replantadas pela comunidade. De lá para cá, 100 anos se passaram e a cultura da soja impactou e transformou toda a economia brasileira, expandindo sua prosperidade para outros setores e transformando vidas.
Em comemoração a esta revolução no agro brasileiro, impulsionada pela sojicultora, o Cesb deverá estampar em suas comunicações o selo comemorativo de 100 anos de soja no Brasil, em parceria com a 24ª Fenasoja, a Feira Nacional da Soja, que deverá ocorrer de 17 a 26 de maio de 2024, no Parque Municipal de Exposições Alfredo Leandro Carlson, em Santa Rosa (RS). O evento trará uma série de ações comemorativas da cultura.
Tradicionalmente, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do Cesb realiza diversas iniciativas marcantes e inovadoras em prol do fortalecimento da sojicultura nacional e do agronegócio brasileiro. Entre as ações, vale destacar a renovação da importante parceria Cesb/Skyfld®, com a qual todos os participantes da 16ª edição do Desafio Cesb serão contemplados com acesso gratuito (pelo período de 01 ano) ao moderno software de agricultura de precisão e monitoramento Skyfld®, que deverá fornecer uma solução inovadora e, portanto, auxiliar o produtor quanto à análise de dados, melhora na tomada de decisão e previsibilidade das auditorias. Esta plataforma garantirá uma infraestrutura para acompanhamento digital das áreas inscritas no Desafio, planejamento e documentação das atividades de campo, além de outras funcionalidades e soluções digitais que visam otimizar as produtividades.
Com mais de 6.500 inscrições, a 15ª edição do Desafio, que contemplou os sojicultores vencedores da safra 22/23, introduziu uma série de novidades que, devido a grande aceitação do mercado e enorme sucesso, serão mantidas nesta nova Edição, tais como a criação da categoria regional Norte e o aumento do patamar de produtividade.
A criação da categoria regional Norte foi fruto do desmembramento da Região Norte e Nordeste, para que cada região tenha o devido e merecido destaque no Desafio. Na última edição, os vencedores foram o Grupo Gorgen e seu consultor, Edinei Fugalli, que obtiveram a importante marca de 108,63 sacas por hectare na Fazenda São Gabriel, em Mateiros (TO).
Já o aumento do patamar de produtividade esperado para os participantes é consequência da constante evolução dos participantes e das novas tecnologias e técnicas utilizadas na sojicultora nacional.

Presidente do Cesb, Marcelo Habe: “Ao equilibrarem de uma forma sólida a produtividade com a defesa da sustentabilidade, os produtores rurais ampliaram os índices produtivos de uma forma impactante, o que ampliou o grau de competividade do Desafio” – Foto: Divulgação/Cesb
De acordo com Marcelo Habe, presidente do Cesb, o Comitê elevou a tradicional “régua de produtividade” de 90sc/ha para 95sc/ha, devido ao elevado desempenho dos sojicultores. “Ao equilibrarem de uma forma sólida a produtividade com a defesa da sustentabilidade, os produtores rurais ampliaram os índices produtivos de uma forma impactante, o que ampliou o grau de competividade do Desafio. Para contar com auditoria oficial do Cesb, basta realizar o acionamento em nosso site.”.
Habe acrescenta que a última edição teve mais de 950 auditorias distribuídas nas diversas regiões do Brasil. “Esse número confirma que os sojicultores vêm entregando excelentes números, mesmo em uma safra com tantas adversidades, como escassez de chuva e pouco enchimento de grãos”, observa.
Luiz Silva, diretor-executivo do Cesb, acrescenta que a auditoria utiliza rigorosos protocolos, o que confere total transparência ao Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. “A cada ano, o Cesb avalia a eficiência técnica do processo de auditagem da última safra a fim de melhorar o processo. A Somar tem uma grande experiência e eficiência em auditagem e no atendimento das solicitações dos produtores. Novas regras e possíveis mudanças no processo são compartilhadas em tempo hábil para que a equipe de auditores receba a devida capacitação”, pontua.
ESG
Todos os Campeões do Cesb passam por um processo minucioso de checagem eco ambiental na qual práticas ESG voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial são levadas em consideração. Um exemplo é a importante análise de ecoeficiência, que tem como objetivo integrar a Avaliação de Ciclo de Vida e custos para gerar um indicador combinado, seguindo padrões internacionais conhecidos. O escopo da análise engloba todas as fases da produção, desde o cultivo até a colheita e considera insumos agrícolas, combustíveis e água que contribuem para a produtividade auditada. Os dados são obtidos diretamente dos produtores, e cada campeão de produtividade é comparado com a média eco ambiental de sua região. Os resultados mostram que os campeões superam suas médias regionais em ecoeficiência, ilustrando o impacto positivo das melhores práticas agrícolas.
Desta forma, a fim de obter-se um panorama ambiental das propriedades e contribuir para possíveis ações sustentáveis, os auditores deverão solicitar, no momento de realização das auditorias e/ou por telefone, a coleta do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades envolvidas no Desafio Cesb. Todas as informações obtidas serão tratadas com sigilo e confidencialidade, sem divulgação de detalhes específicos das fazendas e em conformidade com as leis vigentes de proteção de dados.
Marca de 134,46 sacas por hectare
A última edição do Desafio, a 15ª Edição, teve como grandes campeões nacionais e vencedores da região Sudeste o sojicultor João Lincoln Reis Veiga, da Fazenda Congonhal, de Nepomuceno (MG), que venceu a categoria cultivo Sequeiro/Nacional e categoria cultivo Sequeiro/Sudeste, com 134,46 sacas por hectare.
O sojicultor João Antonio Gorgen foi o vencedor em duas regiões, na categoria cultivo Sequeiro/Nordeste e categoria cultivo Sequeiro/Norte. No Nordeste, com a Fazenda Barcelona, de Riachão das Neves (BA), que registrou 119,71 sacas por hectare; e no Norte, com a Fazenda São Gabriel, de Mateiros (TO), que obteve 108,63 sacas por hectare. Este duplo reconhecimento em regiões distintas, reforça a tese do CESB de que a alta produtividade, que envolve muito conhecimento, uso de tecnologias e boas práticas agrícolas, é transferível e replicável. E por outro lado, enfraquece uma crença limitante que associa a alta produtividade com fatores como tipo de solo ou clima de uma região específica.
O vencedor da categoria cultivo Sequeiro/Sul foi o produtor Moacir Griss, da Fazenda Santa Cruz, de Clevelândia (PR), com 132,83 sacas por hectare, e o ganhador da categoria cultivo Sequeiro/Centro-Oeste foi o sojicultor Caetano Polato, da Fazenda Gravatai, de Itiquira (MT), com 106,01 sacas por hectare.
Na categoria cultivo Irrigado/Nacional, o ganhador foi o sojicultor Norio Fujisawa, da Fazenda Campos Verdes, de Itapeva (SP), com 111,75 sacas por hectare.
Período de inscrições
As inscrições do 16º Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja vão até dia 31 de janeiro de 2024. Em função das regras impostas pela LGPD, todos os participantes deverão renovar seus cadastros com o Cesb. A renovação do cadastro contribuirá para o melhor controle em relação aos envios dos laudos técnicos e certificados emitidos pelo Cesb e para uma maior segurança da informação, tanto dos próprios participantes, quanto do Cesb.
O Cesb é composto por 19 membros especialistas e 25 organizações patrocinadoras que acreditam e contribuem para o avanço sustentável dos mais altos índices de produtividade de soja no Brasil, são elas: Agrogalaxy, Basf, Bayer, Syngenta, Jacto, Alltech, Atto Sementes, Brasmax, Corteva, Eurochem FTO, Ferticel, ICL, Koppert, Mosaic, Stara, Stoller, Sumitomo Chemicals, Timac Agro, TMF, Ubyfol, UPL, Yara, Elevagro, IBRA e Somar Serviços Agro. Mais informações pelo telefone: (15) 3418.2021 ou pelo site www.cesbrasil.org.br

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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável
Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.
Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.
Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.
A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.
Solos mais saudáveis e produtivos
Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.
Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.
A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.
Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.
Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.
A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.
A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).
O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.
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Pressões ambientais externas reacendem disputa sobre limites da autorregulação no agronegócio
Advogada alerta que auditorias privadas e acordos setoriais, como a Moratória da Soja, podem impor obrigações além da lei, gerar assimetria concorrencial e tensionar princípios constitucionais.

A intensificação de exigências internacionais para que produtores brasileiros comprovem de forma contínua a inexistência de dano ambiental como condição para exportar commodities, especialmente a soja, reacendeu um debate jurídico sensível no país. Para a advogada especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Márcia de Alcântara, parte dessas exigências ultrapassa a pauta da sustentabilidade e pode entrar em choque com princípios constitucionais e da ordem econômica, sobretudo quando assumem caráter padronizado e coordenado por grandes agentes privados.
Segundo ela, quando tradings internacionais reunidas em associações que concentram parcela expressiva do mercado firmam pactos com auditorias e monitoramentos próprios, acabam impondo obrigações ambientais adicionais às previstas em lei. “Esses acordos privados transferem ao produtor o ônus de provar continuamente que não causa dano ambiental, invertendo a presunção de legalidade e de boa-fé de quem cumpre o Código Florestal e demais normas”, explica.
Márcia observa que esse tipo de exigência, quando se torna condição para o acesso ao mercado, tensiona princípios como a segurança jurídica e o devido processo. “Quando a obrigação é padronizada e coordenada por agentes dominantes, deixa de ser mera cláusula contratual e passa a se aproximar de uma restrição coletiva, com efeito de boicote”, afirma.
Moratória da Soja e coordenação setorial

Advogada Márcia de Alcântara: “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”
Entre os casos emblemáticos está a chamada Moratória da Soja, que proíbe a compra do grão oriundo de áreas desmatadas após 2008 na Amazônia. Para a advogada, o modelo de funcionamento da moratória se assemelha a uma forma de regulação privada, com possíveis implicações concorrenciais. “Há três pontos críticos nesse arranjo: a coordenação por associações que concentram parcela relevante do mercado; a troca de informações sensíveis e listas de exclusão que não são públicas; e a imposição de padrões mais severos do que a legislação brasileira. Esse conjunto pode configurar conduta anticoncorrencial, conforme o artigo 36 da Lei 12.529/2011”, avalia.
Ela acrescenta que cobranças financeiras ou bloqueios comerciais aplicados a produtores que não apresentem documentação adicional de regularidade ambiental podem representar penalidades privadas sem respaldo legal. O tema, segundo Márcia, já vem sendo acompanhado tanto pela autoridade antitruste quanto pelo Judiciário.
Marco jurídico recente
Nos últimos meses, a controvérsia ganhou contornos institucionais. Uma decisão liminar do ministro Flávio Dino, no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de processos judiciais e administrativos ligados à Moratória da Soja até o julgamento de mérito, para evitar decisões contraditórias e permitir uma análise concentrada do conflito. Paralelamente, o Cade decidiu aguardar o posicionamento do STF antes de seguir com as investigações, embora mantenha atenção sobre a troca de informações sensíveis entre empresas durante o período.
Entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Aprosoja-MT defendem que a atuação concorrencial do Estado não seja paralisada. Elas argumentam que há indícios de coordenação de compra e que a suspensão integral das apurações pode esvaziar a tutela concorrencial.
Entre os principais questionamentos estão a extrapolação normativa de acordos privados, a falta de transparência nos critérios de exclusão e a substituição da regulação pública por padrões privados de alcance global. “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”, pontua Márcia.
Possíveis desfechos

Foto: Gilson Abreu
A especialista mapeia dois possíveis desfechos para o impasse. Caso o STF decida a favor dos produtores, será reforçada a soberania regulatória do Estado brasileiro, com o reconhecimento de que critérios ambientais devem ser definidos por normas públicas claras e transparentes. A decisão poderia irradiar efeitos para outras cadeias produtivas, como carne, milho e café, estabelecendo parâmetros de ESG proporcionais e auditáveis. Em sentido contrário, validar a autorregulação privada abriria espaço para padrões globais com camadas adicionais de exigência, elevando custos de conformidade e reduzindo a concorrência.
Para Márcia, o Brasil já conta com um dos arcabouços ambientais mais robustos do mundo. O Código Florestal impõe a manutenção de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, exige o Cadastro Ambiental Rural georreferenciado e conta com sistemas de monitoramento por satélite e mecanismos de compensação ambiental.
Além disso, o país dispõe de políticas estruturantes como a Política Nacional do Meio Ambiente, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Esse conjunto garante previsibilidade ao produtor regular e comprova que o país possui um marco ambiental sólido. Por isso, exigências externas precisam respeitar a proporcionalidade, a transparência e o devido processo. Caso contrário, correm o risco de ferir a legislação brasileira e distorcer a concorrência”, ressalta.
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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.



