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Avicultura Alternativa para ração animal

Cereais de inverno são opções para substituir milho na nutrição de aves

Debate durante Dia de Campo da Cooperativa Agroindustrial Lar busca saídas para a escassez de milho usado na dieta de animais.

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Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

A Cooperativa Agroindustrial Lar promoveu em janeiro o Dia de Campo 2022. O evento aconteceu na Unidade Tecnológica Lar, localizada ao lado do Centro Administrativo da Cooperativa no município de Medianeira e foi 100% presencial. O encontro contou com a participação de associados, empresas parceiras e demais convidados.

Entre os inúmeros debates realizados sobre temas voltados ao setor produtivo do agronegócio, destaque para a palestra a respeito da “utilização de grãos de inverno em rações para animais como alternativa parcial ao milho em tempos de escassez e risco climático”.

O tema em pauta no evento foi uma previa do programa Paraná Cereais de Inverno e 2ª Safra (PR-CEIN2) idealizado pelo diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Inácio Kroetz, que está sendo desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB). A iniciativa tem apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e do Sistema Ocepar.

O programa tem o objetivo de desenvolver, difundir e transferir tecnologia visando a substituição parcial ou total do milho na ração animal, mitigar o impacto negativo da sazonalidade da oferta de milho ao mercado, traçar estratégias diante da crescente demanda de milho para a produção de etanol e reduzir custos de produção.

A palestra, seguida de debate, foi ministrada pelo pesquisador voluntário do IDR-PR, doutor Elir de Oliveira, que

Pesquisador voluntário do IDR-PR, Dr. Elir de Oliveira: “A nossa proposta traz benefícios ao plantio direto e consequentemente ao agricultor e uma melhor tolerância ao deficit hídrico pelo acumulo de água no solo que é nosso principal desafio”

destacou o potencial dos cultivares de inverno para diminuir a vulnerabilidade da cadeia de proteína animal com relação a dependência do milho. “Em 2003 já falávamos do triticale para substituir o milho na ração e em 2008 e no ano seguinte houve uma nova crise. Isso mostra que é um problema cíclico e não podemos depender apenas do milho”, ressalta Oliveira.

Um das estratégias do programa é incentivar a produção de cereais de ciclos superprecoces no período entre a colheita da soja e o plantio da cultura subsequente. “É possível fazer isso, afinal, temos cultivares de sorgo que se colhe em 110 dias”, afirma Oliveira.

Entre os principais cereais que podem apresentam bom desempenho e produtividade, o pesquisador destaca o triticale, a aveia granífera, a cevada, trigo, o milheto e o sorgo granífero, que, de acordo com ele, é mais resistente ao déficit hídrico. “Quando o produtor perde a janela ideal do milho safrinha, ele pode entrar com o sorgo superprecoce que colhe 6 mil quilos por hectare”, ressalta.

De acordo com estudos científicos apresentados pelo pesquisador, o triticale apresenta perfil de aminoácidos de teor de proteína bruta 22% superior ao milho, e de até 50% no perfil de aminoácidos.

Segundo Oliveira, 70% das rações em todo o mundo são produzidas com milho devido ao seu grau de energia metabolizável que é incontestável e fundamental, especialmente na dieta de aves e suínos.

O milho corresponde a 3.464 de energia metabolizável por quilo (Kcal/Kg) em relação às aves, no entanto, o sorgo BT, por exemplo, apresenta números semelhantes, com 3.204 Kcal/Kg. “Não há muita diferença, basta o formulador de ração fazer o cálculo para adequar a energia na dieta de acordo com cada espécie”, afirma.

Oliveira comentou também a respeito de uma pesquisa relacionada aos percentuais de substituição do milho na formulação da ração animal. Segundo os dados, o triticale e a aveia sem casca podem substituir em até 75% o milho na dieta de aves de corte e até 100% para poedeiras.

Já o sorgo moído varia de 50 a 100% para frango de corte e 100% para aves de postura. Em todas as situações é importante salientar que os níveis de substituições sugeridos devem ser aferidos por nutricionistas específicos.

Custo de produção

Outro ponto positivo dos cereais de inverno, segundo o pesquisador, é o custo de produção inferior ao milho. Custo esse que é um dos fatores que implicam na flutuação anual dos índices percentuais, ao lado do preço de mercado e das condições climáticas. “O custo de produção do sorgo é de 30 a 40% inferior ao milho”, exemplifica Oliveira.

Faixas de percentagens ajustáveis

O programa sugere faixas de percentagens ajustáveis de alguns cereais de inverno em relação ao valor de mercado do milho que podem variar de acordo com a logística de cada indústria e em comum acordo com o produtor.

Rotação de cultura

Segundo o pesquisador do IDR-PR, uma das premissas do programa é estimular a rotação de cultura com plantas melhoradoras do solo em áreas tradicionais de monoculturas de soja e milho 2ª safra.

Dia de Campo da Cooperativa Agroindustrial Lar no município de Medianeira no Paraná teve foco voltado para o conhecimento e tecnologia

Oliveira aponta a rotação de cultura no Paraná como limitante porque existem poucas opções de cereais de inverno com resultado econômico a ponto de atrair o produtor para o plantio. “O trigo é uma exceção, pois é um produto de segurança nacional que tem que ser estimulado”, comenta.

De acordo com ele, a rotação de cultura é importante para a diversificação biológica do solo e ciclagem de nutrientes. Ele explica que cada sistema reticular de uma espécie de planta produz enzimas diferentes, substâncias que são liberadas que estimulam algum tipo diferente de microrganismos, portanto, “não podemos trabalhar ano após ano com uma ou duas culturas no sistema”, salienta.

Oliveira afirma que o milho safrinha é fundamental para a produção paranaense de proteína, no entanto, ele defende que parte da área plantada seja semeada com uma cultura de inverno e o restante continuar com o milho safrinha, realizando a cada ano a mudança do talhão. “A diversificação agrícola é a estratégia número um para dar segurança econômica ao produtor”, destaca.

Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná orientam produtores a respeito da produção de cereais de inverno e 2ª safra

Ele cita estudos antigos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar), de quando se plantava apenas soja e trigo. Segundo os dados, quando era introduzido o milho no lugar da soja durante um período, no ano seguinte a produção de soja aumentava 20%. E hoje, segundo ele, há trabalhos que mostram que a rotação de cultura com cereais de inverno aumenta cerca de 16% a 18% a produtividade seguinte.

O pesquisador apresentou dados da Seab de 2017/18 das áreas de plantio no Paraná onde é possível perceber que existe no estado mais de 2,75 milhões de hectares de áreas de pousio e/ou com plantas de cobertura no inverno, principalmente nas regiões central, sul e sudoeste do estado, onde o milho safrinha tem limitações climáticas. Segundo ele, um dos desafios do programa é incorporar essa área para produzir grãos de alta qualidade. “Nós temos cultivares e tecnologia para isso. É um desperdício para a sociedade, para a cadeia produtiva, e especialmente para o produtor deixar essas áreas em pousio”, afirma.

Viabilidade

Para que o produtor plante os cereais de inverno para serem usados na formulação das rações é necessário que as indústrias garantam a compra da produção mediante contrato. Por outro lado, segundo Oliveira, a indústria precisa ter a segurança de qualidade e escala produtiva dos cereais. “As fábricas de rações precisam se manter conectadas aos produtores, estimulando essas cultivares”, destacou.

Causas

O presidente do Sindiavipar e diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, Irineo da Costa Rodrigues, destaca o longo período de estiagem e os afeitos disso, associado a outros fatores que atingem as cadeias produtivas do agronegócio na região Oeste do Paraná. “Vivemos um momento totalmente diferente em relação à cultura do milho, frustração de safras e aumento de preços que encarecem o custo de produção”, salienta.

Presidente do Sindiavipar e presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, Irineo da Costa Rodrigues: “O custo de produção é o grande desafio para esse ano de 2022, pois sabemos que o milho caro será substituído por um milho ainda mais caro” – Foto: Assessoria/Lar

Para Rodrigues, o aumento da demanda pelo milho brasileiro teve início há cerca de 5 anos, e dois pontos contribuem para a escassez do grão, entre eles, destaque para as exportações, estimuladas sobretudo pela alta expressiva do dólar, e mais recentemente em razão da utilização do milho na produção de etanol, principalmente na região Centro-oeste. “O milho dessa região que fazia um caminho natural de escoar pelo Sul não está mais acontecendo nos últimos anos”, afirma.

Segundo Rodrigues, embora a produção de milho no país seja crescente, com recordes todos os anos na safrinha, a safra de verão de 2021 na região sul foi afetada pela cigarrinha e pela falta de chuva. “Estamos com uma produção muito menor do que a do ano passado, ou seja, a safra de verão está caindo ano a ano”, ressalta.

A falta do produto para usar na composição das rações força a vinda do milho de outros países como Paraguai e Argentina, como aconteceu em 2021 e deve se repetir esse ano, encarecendo ainda mais o custo de produção de proteína animal. “Estamos na iminência de ter que trazer milho de outras regiões e de outros países”, expõe Rodrigues.

Apesar das expectativas serem otimistas com a safra de milho que deverá ser implantada nas próximas semanas, o presidente do Sindiavipar ressalta a importância dos cereais de inverno para criar outras opções para minimizar a dependência do milho na dieta dos animais. “Hoje o que substitui o milho é o milho caro, não tem outra opção. Mas se forem o mesmo preço, todos escolherão o milho. Então, para o produtor plantar um cereal de inverno tem que haver uma compensação, senão o programa não se sustenta”, mencionou Rodrigues.

Crescimento 

A Lar emprega no Brasil cerca de 23 mil colaboradores em suas diversas unidades de produção distribuídas pelo Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A cooperativa é uma das maiores processadoras e exportadoras de carne de frango do Brasil, aproximando-se do abate diário de 940 mil aves. De acordo com o presidente da Cooperativa, a projeção é começar aumentar esse número a partir de março deste ano. “É um crescimento expressivo. Raramente uma companhia cresce tanto em dois anos consecutivos e isso se deve a uma expansão horizontal e vertical que estamos realizado na Lar”, destaca.

A cooperativa superou a meta inicial de faturamento em 2021 que era de R$ 13,7 bilhões, e fechou o ano com R$ 15 bilhões. Isso representa um crescimento anual de 53% em 2020 e de 56,7% em 2021. O planejamento até 2030 é que haja investimento anual de R$1 bilhão.

Avicultura

Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Avicultura

Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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