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CBOT: consumo volta a estimular soja

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Sinais de boa demanda e melhora do cenário macroeconômico global deram força à soja nesta abertura de semana nos futuros de Chicago. Muitos investidores, diante de um quadro geral mais favorável, voltaram a intensificar aplicações em ativos agrícolas. 
Tem sido um comportamento muito mais de caráter técnico, embora, na base, haja elementos de cunho fundamental, sobretudo ligados à demanda – como os bons números da inspeção semanal de embarque. 
Voltando algumas semanas atrás, os preços da soja se aproximaram de U$ 8,50, o pior patamar em mais de seis anos em razão das preocupações com uma possível queda da demanda, notadamente por causa da redução do ritmo de crescimento econômico da China. 
Em contraposição, os últimos números mostram que o ritmo de embarques dos Estados Unidos parece bastante saudável e, do lado da oferta, existe a clara possibilidade de revisão negativa da safra deste ano. 
Com a colheita avançando nos campos do Meio Oeste, as negociações internacionais com soja começam a se voltar para o mercado norte-americano numa temporada em que Brasil e Argentina prolongaram a sua participação. O Brasil tende a acelerar, daqui até janeiro, os embarques de milho.  
Fechamentos: novembro a U$ 8,8425 e janeiro, a U$ 8,8825, ambos os vencimentos com ganhos de 10 cents/bu. 
De qualquer maneira, o foco segue na grande safra que começa a chegar com intensidade ao mercado. Os trabalhos de colheita tendem a se situar entre 35% e 40%. O relatório de acompanhamento de safra seria divulgado no fim da tarde. 
Algumas consultorias começam a fazer suas apostas sobre o tamanho da safra norte-americana em face do relatório de oferta e demanda de outubro, que será apresentado pelo USDA nesta sexta-feira (09). Tanto a FCStone, com 106,6 milhões de tons, quanto a Informa Economics, com 105,5 milhões de tons, estão apostando em projeções de safra mais altas. 
Embarques 
O USDA informou ter inspecionado o embarque de 1,12 milhão de tons de soja na última semana, elevando o total da estação para 2,56 milhões de tons. No mesmo intervalo do ano passado os embarques chegavam a 2,50 milhões de tons. 
Não deixa de se animador perceber que os embarques estão em bom ritmo, nos moldes da velocidade recorde do ano anterior – ainda que as vendas, no comparativo das duas temporadas, continuem bastante lentas. 
Colheita 
A colheita da safra de soja dos EUA teve uma arrancada espetacular na última semana e chega a 42% – evolução de 21 pontos percentuais ao longo dos últimos sete dias. A informação faz parte do boletim semanal de acompanhamento de safra, divulgado pelo USDA no fim da tarde desta segunda-feira. 
Na mesma data do ano passado apenas 19% estava colhido e, na média histórica, o índice é de 32%. Oitenta e cinco por cento das áreas entraram na fase de maturação, ante74% da semana anterior, 81% da mesma data do ano passado e 83% da média das últimas temporadas.
Quanto à qualidade, o USDA detectou melhora de dois pontos percentuais na categoria bom / excelente, avaliada, agora, em 64%, ante 62% da semana anterior e 73% de um ano atrás. As áreas tidas como regulares perfazem 25% e aquelas consideradas ruins e péssimas, 11% – queda de um ponto percentual sobre a semana anterior.

Plantio 

De acordo com levantamento finalizado na última sexta-feira pela consultoria Safras & Mercado, o plantio da safra brasileira de soja chega a 2,3%, ante 3% da mesma data do ano passado e 3,2% de média dos últimos cinco anos. Em razão de chuvas oportunas, o estado do Paraná saiu na frente e conta com 11% das lavouras já semeadas. 
Mercado interno 
A semana começa com baixa movimentação. A queda do câmbio e a quase total desaceleração das negociações no segmento exportador deram o tom negativo do dia, que foi recuperado apenas parcialmente pelos ganhos na Bolsa de Chicago. 
Pequenos negócios no oeste do estado entre R$ 77,50 e R$ 79,00, dependendo do local de embarque e do prazo de pagamento. Indicações para a safra nova entre R$ 74,00 e R$ 75,00, dependendo do período e de local de embarque e do prazo de pagamento.

Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes/VS Comunicação

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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