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CAT lança Projeto Produzindo Valor para levar boas práticas sustentáveis a produtores de soja de Sorriso

Projeto financiado pelo REM Mato Grosso e encabeçado pelo CAT levará informações a 30 imóveis rurais na implementação dos critérios de produção de soja responsável seguindo padrão FEFAC

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Fazenda Grupo Morena / Divulgação

Com o objetivo de levar informações sobre boas práticas para produção de soja sustentável a sojicultores da região de Sorriso (MT), o CAT Sorriso está encabeçando uma iniciativa que visa elevar os padrões de produção de 30 imóveis rurais por meio do Projeto Produzindo Valor.

A proposta tem como meta principal auxiliar as propriedades à adoção de boas práticas agrícolas, sociais e ambientais. As fazendas selecionadas para participar do projeto receberão apoio na implementação de protocolo de produção de soja responsável seguindo o padrão da FEFAC (Federação Europeia dos Fabricantes de Rações) com base em 6 pilares que são as diretrizes requeridas pelo mercado europeu, sendo eles: conformidade legal, condições de trabalho responsáveis, responsabilidade ambiental, boas práticas agrícolas, respeito pelo uso legal da terra, relações com a comunidade. As fazendas contarão com suporte técnico gratuito em todo processo de adequação durante o período de execução do projeto.

O aumento na produção de soja responsável e uma das metas do Pacto PCI (Produzir, Conservar e Incluir) de Sorriso, que vem proporcionando ao município um ambiente favorável para a demonstração de como é possível conciliar produção sustentável de commodities em larga escala, conservação dos recursos naturais e inclusão de pequenos produtores, atraindo o interesse de investidores e compradores.

“É um projeto que irá ajudar a avançar ações sustentáveis e promover o desenvolvimento de muitas propriedades e, principalmente, de toda nossa região. Para o produtor rural, é uma oportunidade de implantar boas práticas agrícolas que vai beneficiá-lo em todos os setores do seu negócio”, afirma Dudy Paiva, presidente do CAT Sorriso.

Além do CAT, o Produzindo Valor está ancorado em outros dois grandes parceiros na execução dessa iniciativa: a NatCap e a SustenÁgil, empresas com expertise nesse tipo de projeto.

O programa terá duração total de 12 meses e está estruturado da seguinte maneira: mobilização e seleção de produtores/propriedades, diagnóstico, suporte técnico e capacitação para implantação das ações estratégicas com foco na sustentabilidade e rentabilidade das fazendas, além de suporte para venda dos produtos, voltadas principalmente ao mercado externo.

“É uma grande oportunidade para os agricultores participarem de um projeto deste porte. Eles terão acesso a orientação técnica especializada e poderão elevar o padrão de produção de suas propriedades que podem refletir em diversos benefícios como de gestão, redução de passivos legais, rentabilidade e sustentabilidade”, afirma o CEO da SustenÁgil, Elton Caixeta ressaltando que haverá todo uma equipe à disposição dos produtores.

“Vamos dar total suporte e apoio durante o ano para esclarecer todas as dúvidas e ajudar na implementação das ações. Queremos elevar o padrão de sustentabilidade dessas propriedades”, diz Caixeta.

O projeto Produzindo Valor visa disseminar as boas práticas agrícolas que podem refletir em inúmeros benefícios para os produtores. “O padrão FEFAC, por exemplo, pode ser um diferencial para aqueles que buscam agregar valor a sua Produção, gerando benefícios ao produtor. A adoção de boas práticas de produção sustentável ajuda os produtores a obter melhorias na operação da propriedade rural, assim como melhorar o acesso ao crédito e a mercados compradores cada vez mais exigentes”, afirma Mathias Almeida, CEO da Natcap, que faz a ponte do projeto com os compradores e investidores

Todas as propriedades selecionadas pelos colaboradores da CAT Sorriso passarão por um “pente fino” durante uma visita técnica, o chamado Diagnóstico Situacional da propriedade. Nessa etapa serão verificados e identificados pontos de melhoria em todos os setores da fazenda, e em seguida essas informações serão linha de base para elaboração de um plano de adequação.

“Não se trata apontar os erros nas propriedades, nós desejamos enfatizar aquilo que existe de bom, identificar possibilidades de melhoria em práticas já existentes e recomendar a implementação itens que ainda não existem mas que são importantes para o desenvolvimento sustentável das propriedades”, afirma Elton Caixeta.

A adoção de princípios e critérios de boas práticas agrícolas e de sustentabilidade para produção de soja são fundamentais para o acesso ao mercado externo, em especial o Europeu. Um selo atesta que a soja vem de propriedades que obtém sua produção de forma socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.

É importante lembrar que o CAT Sorriso já possui experiência na adoção de boas práticas sustentáveis e mantém um grupo de propriedades em um programa de certificação, assim, o “Produzindo Valor” seria a porta de entrada de novos produtores a esse grupo, com acesso a todos os benefícios envolvidos.

O Projeto Produzindo Valor é diretamente apoiado e financiado pelo REM do Estado do Mato Grosso, programa global que premia resultados positivos de conservação de florestas. Essa iniciativa está integrada ao Sistema Estadual de REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal), com o Instituto Produzir, Conservar, Incluir (PCI), e com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais (PPCDIF). A proposta contribui para o alcance das metas estabelecidas para conservação ambiental e redução do desmatamento.

“O Produzindo Valor é um projeto que traz a essência da PCI. Significa apoiar produtores na melhoria contínua do processo produtivo, nas práticas de conservação, e na inclusão desses produtores cada vez mais no mercado. É isso que queremos não só para Sorriso, mas para o Mato Grosso inteiro”, afirma Fernando Sampaio, diretor executivo da estratégia PCI.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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