Bovinos / Grãos / Máquinas
Castrolanda define data do Agroleite 2025
Reconhecido como a vitrine da tecnologia da cadeia do leite da América Latina, evento será realizado entre os dias 05 e 08 de agosto no Castrolanda Expo Center, em Castro (PR).
A contagem regressiva para o Agroleite 2025 já começou. A Cooperativa Castrolanda realizará o evento entre os dias 05 e 08 de agosto do próximo ano, no Castrolanda Expo Center, em Castro (PR), a Capital Nacional do Leite. A edição irá celebrar os 25 anos do evento reconhecido como a vitrine da tecnologia da cadeia do leite da América Latina. “Os preparativos para 2025 já estão em ritmo acelerado, uma edição que marca os primeiros 25 anos de uma história, tempo em que o evento amadureceu e cresceu para, agora, se abrir para novas possibilidades”, comenta o gerente do Agroleite, Gustavo Viganó. O gestor destaca que o Agroleite continuará sendo o maior evento do calendário do Castrolanda Expo Center, que agora está credenciado junto ao Governo do Estado do Paraná como o centro do ecossistema do Parque Tecnológico Agroleite.
Comercialização
A organização do Agroleite já iniciou a comercialização das áreas e das cotas de patrocínio para a edição 2025, com preferência aos expositores que participaram das edições anteriores. O evento conta com expositores de diversos segmentos entre máquinas, implementos agrícolas, caminhões, veículos, energia solar, tecnologias, genética, nutrição, laboratórios e agentes financeiros. As empresas que tiverem interesse em participar devem enviar um e-mail para o endereço comercialagroleite@castrolanda.coop.br para receber as informações e mapa do evento.
Edição 2024
O Agroleite 2024 – Horizontes em Sintonia, realizado entre os dias 06 e 09 de agosto, atingiu a marca de R$ 520 milhões em negócios concretizados no evento e recebeu 150 mil pessoas nos quatro dias de evento. O evento foi realizado em parceria com o Governo do Paraná e a Prefeitura de Castro.
Sobre a Castrolanda
Somos uma Cooperativa feita de pessoas para pessoas e estamos sempre atentos aos acontecimentos ao nosso redor e ao redor do mundo. Sabemos o quanto o nosso solo é rico e que é dele que surge a matéria-prima que se transforma em produto e sustento para muitas famílias. A nossa força vem do cooperativismo e da união entre as pessoas, parceiros e negócios!
Conquistamos hoje o nosso futuro, trabalhamos por um crescimento sustentável e consciente. Com mais de sete décadas anos de história, a Cooperativa Castrolanda é formada por mais de 1.100 cooperados no Estado do Paraná e interior de São Paulo.
Com R$ 7 bilhões de faturamento e aproximadamente 3.800 colaboradores, a cooperativa conta com unidades de negócios divididas em Operações (Agrícola, Carnes, Leite, Batata e Administração) e Industrial (Carnes, Leite, Batata e Sementes).
O compromisso de cada uma das áreas de negócios é coordenar, desenvolver e fomentar as atividades dos cooperados, estando presentes em todos os elos das cadeias produtivas e na agregação de valor por meio das indústrias – com produção de marca própria bem como de terceiros, que contribuem para o desenvolvimento da representatividade no mercado.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Brasil exporta tecnologia para melhoramento genético de bovinos leiteiros
Embrapa Gado de Leite deverá receber informações genéticas de 350 rebanhos do exterior, totalizando cerca de três mil animais.
Em setembro deste ano, a Embrapa Gado de Leite enviou para o México a primeira avaliação genômica de rebanhos da raça Gir Leiteiro naquele país. Antes disso, em maio, foi entregue aos produtores bolivianos a primeira avaliação genômica internacional feita pela Unidade e a expectativa é de que, até o próximo ano, esse serviço seja estendido para outros 11 países latino-americanos. Além de Mexíco e Bolívia, irão receber as avaliações genômicas de seus rebanhos produtores da Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico e República Dominicana.
“Estamos internacionalizando nossas ações de melhoramento genético do Gir Leiteiro”, afirma Marcos Vinícius G. B. Silva, um dos pesquisadores da Embrapa envolvidos no Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL), desenvolvido pela Empresa em parceria entre a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). Segundo o pesquisador, a exportação da genética bovina traz importantes divisas para o País e consolida o Brasil como referência em genética de bovinos leiteiros para regiões de clima tropical. Para o presidente da ABCGIL, Evandro Guimarães, o interesse de outros países nos resultados do PNMGL é também o reconhecimento de um trabalho técnico-científico de sucesso que teve início em 1985, com a criação do Programa.
Até novembro, a Embrapa Gado de Leite deverá receber informações genéticas de 350 rebanhos do exterior, totalizando cerca de 3 mil animais. O custo da avaliação é de até US$ 38 por animal. Para ter acesso ao serviço de avaliação genética, o produtor deve procurar a associação de criadores da raça zebuína do seu país ou entrar em contato diretamente com a ABCGIL, informando sua intenção de realizar a avaliação genômica. Será solicitado ao produtor que envie amostras genéticas (sangue, sêmen ou pelo do animal) para um laboratório especializado (indicado pela associação). O laboratório fará a genotipagem dos animais e enviará o resultado à Unidade, onde os dados serão processados por pesquisadores e uma equipe de TI.
Segundo os profissionais de informática Guilherme Moura e Matheus Machado, que trabalham em associação com a ABCGIL, são computados milhões de dados, incluindo o pedigree e as informações genômicas dos animais. Para processar esses dados, a Embrapa Gado de Leite montou uma estrutura de bioinformática, com computadores de grande capacidade de processamento, e trabalha em parceria com o Laboratório Multiusuário de Bioinformática, localizado na Embrapa Agricultura Digital (SP). Após todo esse trabalho, os dados são enviados para a ABCGIL, que fornece as informações aos produtores. Ainda este ano, a ABCGIL e a Embrapa disponibilizarão os resultados das avaliações genômicas por meio de um aplicativo, no qual será possível verificar, ainda, os ganhos genéticos de cada rebanho, obter certificados individuais de avaliação genômica, entre outras funcionalidades.
Para além da porteira, a bovinocultura de leite tem cada vez mais introduzido ao seu repertório conceitos como genômica, bioquímica e informática. Essa é a nova realidade do melhoramento genético, que até pouco mais de uma década se baseava nos fenótipos dos indivíduos: características observáveis do animal como conformação do úbere, cascos, peso, produção, reprodução etc. Hoje, segundo o pesquisador da Embrapa João Claudio Panetto, 95% dos animais registrados por ano na Associação são avaliados genomicamente, o que garante a expertise do Brasil na seleção de bovinos leiteiros para as condições tropicais, respaldando a exportação dessa tecnologia. Técnicos da ABCGIL esperam que a procura pelo serviço cresça exponencialmente nos próximos anos.
Avaliação genômica: mais rapidez no melhoramento genético
A seleção genômica, que tem interessado os países latino-americanos, é a ferramenta mais recente utilizada no melhoramento genético bovino. Sua origem remonta a 16 anos, quando pesquisadores do mundo inteiro, inclusive da Embrapa, anunciaram na revista Science o sequenciamento do DNA bovino. Apenas três anos depois, pesquisadores da Embrapa já identificavam diferenças significativas entre animais taurinos (bovinos de origem europeia, como a raça Holandesa) e zebuínos (de origem indiana, como a raça Gir).
Segundo o pesquisador da Embrapa Marco Antonio Machado, o sequenciamento do DNA provocou uma verdadeira revolução na seleção genética bovina, barateando e multiplicando a velocidade dos programas de melhoramento (veja em quadro ao fim desta matéria as diferenças entre a seleção tradicional e a seleção realizada por meio da avaliação genômica).
O sequenciamento do DNA permitiu identificar mais de 5 milhões de SNPs específicos para as raças zebuínas. Conforme explica Silva, SNP (polimorfismo de um único nucleotídeo, na tradução da sigla em inglês) é um tipo de marcador molecular que determina as características do indivíduo. “O DNA é uma sequência de nucleotídeos e são esses polimorfismos que diferenciam um indivíduo do outro”, diz o pesquisador.
Características como ganho de peso, produção, reprodução, resistência a parasitas e ao estresse térmico, entre outras de interesse dos criadores, podem ser identificadas por meio dos SNPs, cruzando informações fenotípicas com o genótipo do indivíduo. As avaliações são feitas utilizando uma ferramenta baseada nos SNPs desenvolvida pela Embrapa em parceria com a ABCGIL, que faz o mapeamento das informações genéticas, selecionando os animais com as características de interesse.
Por meio da avaliação genômica é possível mais do que dobrar a velocidade do melhoramento genético, com custos menores. Embora o percentual exato de redução desses custos possa variar dependendo do país, do sistema de manejo e da escala do programa de melhoramento genético, estudos e relatórios indicam que a redução é superior a 50%.
Melhoramento genético tradicional x seleção genômica
,Em 2018, a avaliação genômica foi incorporada definitivamente ao Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro. O Gir foi a primeira raça zebuína leiteira do mundo a utilizar essa tecnologia, que neste ano passou a ser exportada aos países latino-americanos. A implantação da genômica no processo de seleção melhorou a acurácia das estimativas dos valores genéticos, especialmente para animais jovens, possibilitando a diminuição do intervalo de gerações e a aceleração do progresso genético da raça.
O quadro abaixo compara os dois modelos de melhoramento: o tradicional (antes da avaliação genômica) e como a seleção genômica otimizou o processo:
Bovinos / Grãos / Máquinas
Brasil aumenta exportações de carne bovina em cenário de redução de rebanhos internacionais
Demanda interna e externa tendem a continuar sustentando a valorização do preço do boi gordo, que também encontra apoio na expansão da participação na oferta nacional no final de 2024 de bois confinados.
Produção
Segundo o IBGE, no 2º trimestre de 2024 houve um recorde no abate de bovinos, sendo 17,5% superior ao abate registrado no 2ºtrimestre de 2023. O principal vetor de crescimento do abate para este ano é o descarte de fêmeas.
A estimativa da Conab para 2024 aponta uma produção recorde de 10,2 milhões de toneladas, crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior. Prospectivamente, para o ano de 2025, os dados da Conab apontam que a produção total de carne bovina deve sofrer uma redução de 4,3%, principalmente devido à redução no descarte de fêmeas.
O rebanho deve alcançar 225,9 milhões de cabeças, uma queda de 1,8% em relação a 2024. No que concerne às exportações, segundo dados da Secex, de janeiro a setembro foram exportadas 1,8 milhões toneladas de carne bovina in natura, um crescimento de 29,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Preço
Segundo monitoramento do CEPEA/Esalq, em setembro, a forte estiagem e queimadas reduziram a oferta de animais a pasto. Simultaneamente, a alta demanda de exportação e do mercado interno elevou os preços dos animais prontos para abate. Assim, as cotações máximas do ano foram renovadas diariamente para o boi, animais de reposição e carne no atacado. Diante desse cenário, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve acréscimo de 14,4%, fechando o mês de em R$ 274,35.
Perspectiva para o trimestre
No cenário internacional, a redução de rebanhos tanto na Europa (devido à regulação rigorosa em relação ao bem-estar animal) quanto nos Estados Unidos, cujas cabeças de gado estão nas mínimas históricas, cria oportunidades adicionais para a carne bovina brasileira. A demanda crescente nesses mercados, aliada às restrições locais de produção e escassez de carne bovina nos EUA, permite ao Brasil expandir as suas exportações.
No Brasil, as exportações seguem a pleno vapor, com o país caminhando para um recorde histórico em termos de volume de produto embarcado. No mais, o descarte de fêmeas segue contundente no decorrer desta temporada, sinalizando para inversão do ciclo pecuário, o que tem favorecido a alta de preços.
Outro fator são as escalas de abates, que seguem apertadas, girando em torno de apenas cinco dias. Mesmo com as sucessivas altas das cotações e com os frigoríficos aceitando pagar mais pela arroba, as escalas de abate não estão subindo para um patamar mais confortável, acima de 10 dias, o que contribui para que os preços sigam pressionados.
O período seco observado nos últimos meses também prejudicou as pastagens, o que alongou o tempo de engorda do boi, reduzindo a oferta no curto prazo e aumentando os custos pela necessidade de uso de ração. Para o trimestre, com a projeção de crescimento do PIB brasileiro e desemprego em nível baixo, o consumo interno tende a seguir aquecido.
No front externo, as perspectivas são de continuidade do crescimento das exportações brasileiras de carnes. Assim, a demanda interna e externa tendem a continuar sustentando a valorização do preço do boi gordo, que também encontra apoio na expansão da participação na oferta nacional no final de 2024 de bois confinados, cujos custos de produção são mais altos por conta da ração e do alojamento.
Bovinos / Grãos / Máquinas Universo do leite reunido
Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite inicia nesta terça-feira
Evento acontece até quinta-feira (07) no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes em Chapecó (SC).
Referência em disseminação de conhecimento, aperfeiçoamento da classe, desenvolvimento de novas tecnologias e troca de experiências, o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) inicia nesta terça-feira (05), às 08 horas, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). A solenidade de abertura reunirá lideranças do setor e está programada para às 17h30, seguida da palestra de abertura com a “agroinfluencer” Camila Telles, às 18h30. A programação técnico-científica engloba os painéis indústria, qualidade da forragem e saúde, manejo e ambiente. Nesta edição, ainda acontecem a 8ª Brasil Sul Milk Fair e o 3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte.
O presidente do Nucleovet, Tiago Mores, ressalta que o evento é organizado para oportunizar discussões atuais, com apresentação de novas soluções e geração de conexão entre empresas e profissionais. “Recebemos médicos veterinários, zootecnistas, técnicos, profissionais de agroindústrias, produtores rurais e estudantes de todo o Brasil e da América-Latina, nossa missão é entregar um evento completo que demonstre e reforce a pujança da bovinocultura brasileira”.
Na visão de Mores, o sucesso do evento também tem sido baseado em uma abordagem pragmática de assuntos do cotidiano e que possam agregar informação técnica e aplicação prática.
O presidente da comissão científica, Claiton André Zotti, explica que a programação é elaborada por uma comissão responsável por avaliar os temas de maior relevância para o setor na atualidade. “Com uma equipe formada por profissionais de diversos segmentos da cadeia produtiva, conseguimos construir uma programação riquíssima e que engloba importantes debates”, destaca.
Zotti reforça que as discussões são levantadas por renomados pesquisadores do setor, qualificando ainda mais a grade técnico-científica do evento. “Tratamos de um ramo complexo e desafiador, temos novas práticas e técnicas sendo desenvolvidas a todo momento. É crucial que profissionais da bovinocultura de leite e de corte mantenham-se atualizados acerca dos avanços do setor”.
Programação
13º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite
8ª Brasil Sul Milk Fair
3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
Terça-feira (05)
3° Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
08h15: Abertura do 3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
08h30: Novilho precoce catarinense
Palestrante: Diego Cucco e Flavia Klein
09h20: Consorciações forrageiras para alimentação de bovino de corte
Palestrante: Renato Serena Fontaneli
10h10: Milk break
10h55: Gestão nutricional para maior eficiência produtiva de vacas de corte
Palestrante: Mateus Pies Gionbelli
11h35: Mesa Redonda
Terça-feira (05)
13h45: Abertura do 13º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite
Painel Indústria
14h: CCS no Brasil – por que é tão difícil reduzir?
Palestrante: José Pantoja
15h: Competitividade do queijo na indústria
Palestrante: Michael Mitsuo Saito
16h: Milk Break
16h30: Soro de leite – inovações e oportunidades
Palestrante: Peterson Vasconcellos Zequi
17h30: Abertura oficial
18h30: Palestra de abertura: Empreendedor – a criatividade que o agro precisa
Palestrante: Camila Telles
19h45: Coquetel de abertura na 8ª Brasil Sul Milk Fair
Quarta-feira (06)
Painel: Saúde, manejo e ambiente
08h: Tuberculose e Brucelose – a experiência de Santa Catarina
Palestrante: Fabricio Bernardi
09h: Manejo eficiente da nutrição e alimentação em sistemas de ordenha robotizada
Palestrante: Odriom Escobar Molina
10h: Milk Break
10h40: Como otimizar o manejo de dejetos?
Palestrante: Alexandre Toloi
11h40: Mesa-redonda
12h20: Almoço
14h: Traduzindo vacas
Palestrante: Marcelo Cecim
15h: Inter-relações entre a saúde e a performance produtiva de vacas leiteiras
Palestrante: Ronaldo Luis Aoki Cerri
16h: Milk Break
16h40: Perdas gestacionais – principais causas e como evitá-las
Palestrante: Ronaldo Luis Aoki Cerri
19h: Happy Hour na 8ª Brasil Sul Milk Fair
Quinta-feira (07)
Painel: Qualidade da Forragem
08h: Uso da suplementação como estratégia para alta produção de leite em pastagens
Palestrante: Eduardo Bohrer Azevedo
09h: Como a qualidade da forragem altera o desempenho e o comportamento alimentar?
Palestrante: Luiz Ferraretto
10h: Milk Break
10h40: Práticas para maximizar a utilização do amido em silagem de milho e grão úmido.
Palestrante: Luiz Ferraretto
11h40: Mesa-redonda
12h20: Encerramento e sorteio de brindes