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Cascavel recebe R$ 200 milhões a obras estratégicas

Uma delas é a duplicação de trecho de 5,8 quilômetros que vai facilitar o acesso ao Show Rural Coopavel

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Obras de duplicação em trecho reivindicado há 20 anos começaram na metade de julho / Divulgação

Cascavel experimenta um dos momentos mais especiais de sua trajetória de quase sete décadas. O município que é referência na geração de empregos, em articulação no enfrentamento ao coronavírus e uma das melhores cidades para morar no Brasil é também uma das que mais recebem investimentos em obras consideradas estratégicas. “São R$ 200 milhões em projetos transformadores, que se conectam a um conjunto de ações que preparam o Paraná para o futuro”, disse o governador Ratinho Júnior, nesta semana na área que abriga o Show Rural Coopavel, durante o lançamento da duplicação de trecho de 5,8 quilômetros entre a Polícia Rodoviária Federal e a Ferroeste.

Para um público formado por líderes políticos e empresariais, Ratinho lembrou que a sua gestão é o governo do desafio. “Enfrentamos a maior crise sanitária dos últimos cem anos, a maior crise hídrica dos últimos 91 anos e ainda precisamos vencer dificuldades geradas pela falta de projetos para obras fundamentais para o Paraná e o Brasil, como a nova Ferroeste. Estamos preparando as bases para um Estado ainda mais pujante e dinâmico, de grandes feitos e oportunidades, que será conhecido em breve como o centro logístico da América do Sul”, afirmou o governador.

Mesmo com todos os obstáculos, o Paraná atraiu R$ 46 bilhões em investimentos nos últimos dois anos e meio (dessa soma, mais de R$ 7 bilhões são provenientes do setor cooperativista) e é o único do Brasil integrado à OCDE, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. “Estamos em Cascavel para lançar e vistoriar três grandes obras, que farão bem a uma região de grande produção e também ao Brasil. Quando se trabalha com seriedade os resultados são os melhores e ficamos felizes de ser parceiros do prefeito Leonaldo Paranhos e de todos que fazem de Cascavel e do Oeste modelos de trabalho, superação e desenvolvimento”.

Vinte anos

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, fez uma recuperação histórica do Show Rural, que realizou a sua primeira edição em 1989. O evento recebeu apenas 110 visitantes e seriam 298 mil três décadas depois. Com o crescimento a partir de 2001, quando mais de cem mil pessoas visitaram aquele que se tornaria o terceiro maior do mundo em disseminação de novos conhecimentos ao campo, percebeu-se a necessidade de melhorar o acesso rodoviário até o parque. “Enfrentamos inúmeras dificuldades. São 20 anos de espera, passamos por cinco governos e só agora esse gargalo finalmente será resolvido”, lembrou Dilvo.

O Show Rural tem responsabilidade com os cooperados da Coopavel, com a agricultura brasileira e também com a produção de alimentos para ajudar a alimentar o mundo. “O Paraná detém apenas 2,3% do território brasileiro e responde por 18% da produção de grãos, e obras como as anunciadas pelo governo estadual em Cascavel contribuirão para o fortalecimento de um setor importante à economia brasileira”. Dilvo citou ainda a luta por um pedágio justo e destacou que a retirada do degrau tarifário, no trecho dessa nova obra na BR-277, trará economia anual de R$ 25 milhões.

Agradecimento

A exemplo de Dilvo Grolli, o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, também fez um agradecimento especial ao governador Ratinho Júnior. “De tanto que esperamos e de tanto que pedimos, chegamos a pensar que algumas obras não sairiam mais do papel. A sensibilidade de um jovem determinado e comprometido com o povo do Paraná renova a esperança na palavra do homem público e permite a todos sonhar porque a realização chegará”. O prefeito disse que aquele era um dos dias mais felizes de sua vida, pois marcava momento decisivo a três obras fundamentais.

Transformação

O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, ressaltou que Cascavel recebe pacote de R$ 200 milhões de obras transformadoras. E com a nova Ferroeste e com a nova concessão do pedágio, segundo a vontade do povo paranaense, coisas ainda melhores estão por vir, afirmou ele. Um dos representantes do Oeste no primeiro escalão é Marcel Micheletto, que ocupa a Secretaria de Administração. “Lembro que meu pai, o ex-deputado federal Moacir Micheletto, sonhava com essas grandes obras para a região, que agora um governo jovem, dinâmico e de pensamento estratégico tira da gaveta”.

Os deputados estaduais Major Lee, Soldado Adriano José e Marcio Pacheco também agradeceram ao governador Ratinho em nome do Oeste e destacaram que grandes avanços virão com essas novas obras. “A Itaipu sente-se honrada em participar e apoiar parcerias que colocarão fim a antigos gargalos de uma região tão especial”, disse, por sua vez, o diretor técnico da hidrelétrica, Celso Torino.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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