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Carne suína: SC será o grande fornecedor do Japão

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O Brasil é o maior fornecedor da carne de frango importada pelo Japão. Agora, Santa Catarina (único Estado livre de febre aftosa sem vacinação no país) quer exercer papel semelhante no fornecimento de carne suína ao mercado japonês. Essa possibilidade será sustentada pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila, na segunda-feira (dia 10), às 10 horas da manhã, na sede da Fiesc, em Florianópolis, durante o painel sobre a carne suína catarinense e o mercado japonês.

O painel reunirá, além do Sindicarne e da Federação das Indústrias, o embaixador do Japão, o governador Raimundo Colombo e o presidente da Federação da Agricultura de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, para tratar dos impactos da abertura do mercado de carne suína do Estado para o Japão.
A reunião iniciará às 10 horas, na sede da Federação, localizada na Rodovia Admar Gonzaga, 2.765, bairro Itacorubi, em Florianópolis.

A carne suína foi o quarto produto mais exportado por Santa Catarina no ano passado. Os embarques totalizaram 207.772 toneladas e renderam 519 milhões de dólares em divisas.

Depois de onze anos de esforços, a carne produzida em Santa Catarina conquistou o importante mercado japonês graças à estrutura da sua cadeia produtiva e ao status sanitário que desfruta.

O dirigente realça que o Japão é o maior importador de carne suína do mundo. Ali, os preços praticados são os mais altos, mas o país é muito exigente. O presidente do Sindicarne lembra que a experiência catarinense da parceria CIDASC e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA) – criado em 2007 e mantido pelas agroindústrias catarinenses – foi essencial para a conquista dos mercados chinês, norteamericano e, agora, japonês.

Através da CIDASC e  ICASA, as indústrias de processamento de carnes de Santa Catarina complementaram as necessidades  do Estado em vigilância sanitária e abriram novas fronteiras comerciais. O Instituto investe mais de 10 milhões de reais por ano em médicos veterinários, veículos e equipamentos para manter uma força-tarefa de controle e evitar a entrada de doenças em território barriga-verde. Atualmente, o ICASA mantém 71 médicos veterinários e 280 auxiliares administrativos.

Ávila lembra que essa experiência vem sendo elogiada nos relatórios das missões técnicas internacionais e analisada pelos demais Estados da Federação Brasileira. A contribuição do ICASA foi definitiva para a obtenção do atual status sanitário, porque o instituto veio colaborar para que o Estado de Santa Catarina  evoluísse  nesta área. 

 Presidente do SINDICARNE, Clever Pirola Ávila:

Quem ou o que foi determinante na conquista do mercado japonês para a carne suína de SC? Indústria, governo, produtor?Visão de longo prazo com objetivo traçado foi o fator-chave de sucesso. Todos juntos – governo, indústria e produtor –  alinhados nesta direção fizeram a diferença. Foi muito importante o envolvimento das agroindústrias e produtores que, através da CIDASC e do ICASA (Instituto Catarinense de Sanidade Animal), atingiram alto grau de comprometimento e conscientização na cadeia produtiva.

O status de área livre de aftosa sem vacinação pesou nessa conquista?

Foi o primeiro pré-requisito.

Qual a capacidade potencial do Japão em importar carne suína?A capacidade potencial do mercado japonês em comprar carne catarinense é grande, pois trata-se do maior importador de carne suína do  mundo com produtos de valor agregado. O Japão importa anualmente cerca de 800 mil toneladas do produto, representando cerca de US$ 5,5 bilhões. Sendo o maior importador mundial, cabe a nós, agora, conquistar espaços.

Quanto desse volume será fornecido por SC? Quanto isso representará em divisas?
A Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína acredita que o Brasil fornecerá aproximadamente 15% das importações, o  que representaria mais de 100 mil toneladas. As exportações para o Japão devem ser, obrigatoriamente, de Santa Catarina. É o único Estado habilitado.

Quais os atuais fornecedores do Japão?  

Destacam-se Estados Unidos da América, Canadá e Europa.

Quais os  produtos de carne suína que interessam aos japoneses?O Japão consome cortes especiais de valor agregado (como já ocorre com frangos). São produtos exclusivos para os japoneses, produção sobre a qual haverá uma preparação da indústria catarinense para a adaptação do processo produtivo e habilitação da equipe operacional.

São apenas cortes ou também industrializados?Já exportamos industrializados termoprocessados. A habilitação conquistada refere-se a carne suína in natura.

A indústria de SC já está adaptada às exigências do Japão?
A indústria, como um ativo, está adaptada e habilitada para tal. Agora precisamos aprender os produtos que o mercado exigirá e treinar as equipes na produção correta desses produtos.

Quais as plantas autorizadas a exportar?
As principais agroindústrias catarinenses estão habilitadas a exportar a partir da assinatura a ser feita em conjunto no dia 26 deste mês, em Tóquio, com a participação da Presidente Dilma  Rousseff. Acredito que serão aprovadas as mesmas plantas habilitadas para os Estados Unidos da América do Norte. O início efetivo dos negócios dependerá, ainda, de outras duas etapas: a definição por parte do Japão do formato da emissão das licenças de importação e a vinda de clientes ao Brasil para conhecer os futuros potenciais fornecedores de Santa Catarina.

Quando iniciarão, efetivamente, os primeiros embarques?
Após formalização no final deste mês, no Japão, iniciam os aspectos burocráticos para a emissão das licenças de importação. Caberá a cada agroindústria conquistar seus clientes. Portanto, embarques concretos somente a partir do terceiro trimestre de 2013.

O Brasil poderá ter, com a carne suína, o mesmo sucesso que tem, atualmente, com a carne de frango no Japão?
Acredito que daqui há uma década observaremos que esta conquista foi o marco mais importante para suinocultura dos últimos 50 anos. Estou certo, em razão de nossa competência na produção de carnes, que vamos evoluir rapidamente na exportação para o Japão.
 
 
A SUINOCULTURA EM SC
Status SC é pioneira na exportação de carne suína e sempre foi o maior Estado exportador. Em 2012, vendeu no mercado externo 207.772 toneladas e obteve divisas de US$ 519 milhões.
8.500 criadores praticam a suinocultura tecnificada e fazem parte do sistema de produção integrada.
800.000 toneladas/ano
é a produção total de carne suína.
400.000 fêmeas suínas
é o plantel permanente reprodutivo no campo.
8.000.000 de cabeças/ano
é o total do abate inspecionado de suínos nas agroindústrias catarinenses.
Ano de 1993
Última ocorrência de febre aftosa em Santa Catarina.
Ano de 2001
Neste ano, Santa Catarina suspendeu a vacinação contra a doença, preparando-se para reivindicar à OIE o status de área livre de aftosa sem vacinação.
Ano de 2007
Em 23 de fevereiro, a Comissão Técnica da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) aprova, em Paris, o reconhecimento de Santa Catarina como área livre de aftosa sem vacinação.
Em 25 de maio, a decisão técnica é homologada na assembleia geral da OIE.
Ano de 2011
Anunciada a abertura do mercado da China à carne suína de Santa Catarina.
Ano de 2012
Anunciada a abertura do mercado dos Estados Unidos da América à carne suína de Santa Catarina.
Ano de 2013
Anunciada a abertura do mercado do Japão à carne suína de Santa Catarina.

Fonte: MB Comunicação

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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