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Carne suína cai no gosto do consumidor e apresenta crescente procura no varejo

A qualidade da proteína e o reforço de suas possibilidades de consumo são resultado de toda cadeia produtiva, com uma produção focada em bem-estar animal e segurança alimentar

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Foto: Divulgação ABCS

O consumo de carne suína no Brasil vem crescendo ano após ano e a tendência é que esse cenário permaneça. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o consumo per capita atual é de 19,3 kg por habitante e, de acordo com dados compilados pelo setor de mercado da entidade, com informações do IBGE, a carne suína tem tido um crescimento mais expressivo nos últimos anos quando comparada a outras proteínas, conforme gráfico abaixo.

“Percebemos que, à medida que informações corretas chegam aos consumidores, por meio do varejo, da cadeia como um todo e de profissionais da saúde, as pessoas se sentem mais seguras para inserir a carne suína em suas vidas”, diz a diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado. A executiva também aponta que a crise financeira fez com que muitas pessoas passassem a consumir mais carne suína, e isso involuntariamente criou uma oportunidade para experimentação, que tem se tornado hábito.

Lívia ainda avalia o reflexo dessa mudança cultural em relação aos preconceitos e à desinformação que cercam a carne suína nos últimos 10 anos: “Esse novo posicionamento é impulsionado pelo trabalho da ABCS e suas associações estaduais, com o apoio de empresas do setor como a MSD Saúde Animal, que faz parte do programa Empresa Amiga da Suinocultura, promovendo iniciativas que conversam com os consumidores e os profissionais responsáveis por disseminar esse conhecimento. Ainda temos muito espaço para conquistar entre a preferência dos consumidores, mas estamos no caminho certo”.

Inclusive, também conforme a diretora de marketing e projetos da ABCS, o preço tem sido um grande atrativo frente a outras proteínas, porém outros pontos que se destacam são sabor, praticidade, variedade de cortes, versatilidade de preparos, segurança e saudabilidade. “A cada dia, mais consumidores aprendem que a carne suína é uma carne que pode estar presente no dia a dia, que é mais fácil e rápida de se preparar, oferece uma infinidade de preparos, desde o bife até o estrogonofe e churrasco, além de oferecer muito sabor e um aporte nutricional completo”, reforça Lívia.

Quem confirma a crescente tendência por essa carne é David Buarque, gerente comercial de aves e suínos do Carrefour. “Trabalho na categoria desde 2008 e, há dez anos, o varejo vem fazendo um trabalho bem específico para aumentar as vendas dessa proteína, com resultados expressivos. Antes, tínhamos um perfil muito mais de cortes congelados e, agora, a carne suína ganhou um consumo rotineiro, então traz cortes resfriados, do dia a dia e mais práticos, como filé mignon, cubos, lombo e bifes, inclusive com linha específica para churrasco”, conta.

O profissional ainda reforça que o trabalho que o varejo vem fazendo para incentivar o consumo da proteína motiva a indústria a trazer cortes diferenciados, com soluções que possam massificar a distribuição dessa carne. “Tanto que, nos últimos anos, vimos muitos lançamentos com cortes práticos, fácil de assar, com uma linha de cozidos. O suíno se torna cada vez mais uma proteína presente na mesa de todos. Fico muito feliz em ver essa mudança de consumo, gerando rentabilidade para o varejo e na cadeia como um todo, mais sabor para os consumidores e uma participação crescente no açougue”, diz David.

 

A qualidade que vem do campo

A produção de suínos tem um olhar cada vez mais atento para sanidade, bem-estar animal e segurança alimentar, a fim de garantir uma proteína saudável e de qualidade na mesa de todos, além de acompanhar as tendências de consumo. Práticas atualizadas, tendo a tecnologia como aliada, são fundamentais para uma cadeia cada vez mais forte, capaz de vencer desafios e levar ao mercado uma boa carne, com várias possibilidades de cortes e preparos. Por isso, os produtores precisam sempre acompanhar a evolução de manejos, soluções e oportunidades, ganhando espaço tanto no mercado interno quanto externo.

“No sistema produtivo, é possível interagir com o suíno de forma positiva, criando conexões homem-animal que facilitam o manejo, previnem acidentes de trabalho e melhoram a saúde e o bem-estar dos animais, impactando em produtividade e rentabilidade. O sucesso da produção está diretamente ligado ao jeito que trabalhamos, com escolhas inteligentes e respeitosas, sem deixar o animal estressado ou com dor, e o consumidor está cada vez mais atento a isso”, afirma Filipe Dalla Costa, coordenador de Bem-Estar Animal na MSD Saúde Animal.

Hoje, há muitas soluções que apoiam a crescente evolução desse setor, e os produtores precisam fazer um bom uso delas, sem esquecer do básico bem-feito. A cadeia de proteína animal está respaldada por produtos e tecnologias que garantem harmonia na produção, assertividade de medidas preventivas e tratamentos, saúde única (convivência saudável e positiva entre animais, seres humanos e meio ambiente) e segurança. “Inteligência de dados, foco na capacitação contínua dos colaboradores, produtos com qualidade e eficiência confirmadas, protocolos rigorosos de vacinação e manejo de baixo estresse estão entre os procedimentos que permitem um olhar atento em todas as etapas, garantindo bem-estar animal, uso prudente de antibióticos e, ao final do processo, uma proteína de qualidade”, completa Filipe.

Fonte: Assessoria MSD

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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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