Avicultura
Carne de frango: Elevações em mercados de grande e médio porte sustentam previsões de alta para 2014
A recuperação da receita cambial e a elevação dos níveis de embarques vêm favorecendo as previsões das exportações de carne de frango para 2014. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no mês de agosto foi registrada ligeira redução em volume de 0,4%, com 332 mil toneladas , mas com considerável crescimento em receita – de US$ 674,6 milhões, número 5,4% maior em relação ao oitavo mês de 2013.
Já no acumulado do ano, o ritmo dos embarques da carne de frango é positivo em 1,7%, com total de 2,605 milhões de toneladas. O desempenho em receita, entretanto, registrou redução de 4,6%, com US$ 5,163 bilhões entre janeiro e agosto de 2014.
Os cortes se mantiveram como principal produto da pauta exportadora do setor, entre janeiro e agosto. Conforme a ABPA, foram embarcadas 1,423 milhão de toneladas no período, dado 3,9% maior na comparação com o ano anterior. Já em frango inteiro, segundo item da pauta, foi registrada queda de 2,2%, com 954 mil toneladas embarcadas. Carnes salgadas, com 123,1 mil toneladas (+5,7%) e industrializados, com 104,3 mil toneladas (+4,2%), completam a lista.
Dentre as regiões importadoras, o Oriente Médio continua como maior destino da carne de frango brasileira, com 911,4 mil toneladas embarcadas entre janeiro e agosto deste ano, resultado 8,1% menor em relação ao mesmo período de 2013. A Ásia, na segunda posição, apresentou elevação de 7,5%, com 777,7 mil toneladas. Para a África, consolidada como terceiro maior destino em volumes, foram embarcadas 328,8 mil toneladas (-6,1%). Em quarto lugar, a União Europeia (UE) foi responsável pela importação de 276,3 mil toneladas de carne de frango brasileira, resultado ligeiramente maior em relação ao ano anterior (+0,4%). Para os países das Américas foram embarcadas 245,3 mil toneladas, número 49,5% maior em relação ao ano anterior. Por fim, para a os países da Europa que não fazem parte da UE, foram exportadas 64,4 mil toneladas, volume 13,5% maior em relação aos oito primeiros meses de 2013.
Conforme o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, o desempenho acumulado do ano tem sido influenciado pela forte elevação em mercados de médio e grande porte. Foram notáveis o desempenho da China, com elevação de 20% nos embarques após a habilitação de cinco novas plantas, e da Venezuela, que quase dobrou as compras de carne de frango brasileira. Mercados de médio porte, como Vietnam, Angola e México, também se destacaram neste contexto, ressalta.
Para a Rússia, foram embarcadas, entre janeiro e agosto, 38 mil toneladas número 36,4% maior em relação ao embarcado no mesmo período de 2013. Tal crescimento, no entanto, ainda não é resultado direto das autorizações de novas plantas efetivadas pelas autoridades russas, no início de agosto. Comparando-se os meses de julho e agosto, houve elevação de 15,6% nos volumes exportados. Estes embarques seriam ainda maiores se várias plantas habilitadas fossem certificadas pelo MAPA para exportar, o que ainda não aconteceu, apontou Turra.
Conforme explica o vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin, o aumento na demanda destes mercados de médio e grande porte deverá assegurar o ritmo de alta em 2014, apesar das reduções vistas em mercados do Oriente Médio. Mantidos os níveis de elevação dos embarques apresentados até aqui para o segundo semestre, é provável que nosso crescimento fique em torno 3%, conforme temos previsto, ressalta.
A Arábia Saudita foi o maior importador de carne de frango do Brasil entre janeiro e agosto deste ano, com 433,6 mil toneladas (-6% em relação ao mesmo período do ano passado). Vista como mercado-único, a União Europeia manteve-se como segundo maior destino (276,3 mil toneladas, com +0,4%). O Japão, na terceira posição, importou 269,4 mil toneladas (+4,9%). No quarto posto, Hong Kong foi responsável por 211,2 mil toneladas do saldo geral do ano (-2,7%). Em quinto, os Emirados Árabes Unidos totalizaram 170,2 mil toneladas embarcadas (-1,1%).
Fonte: Ass. Imprensa da ABPA

Avicultura
Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola
Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.
Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.
Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.
Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.
Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Avicultura
Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem
Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.
Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.
Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.
A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.
A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.
Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.
Avicultura
Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer
Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.
A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.
Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.
Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.
Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.
Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.
