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Cargas elétricas e cortina de vento otimizam aplicaçãode defensivos nas lavouras

Gotas carregadas com carga negativa são levadas para baixo com a força do vento e atraídas quando para o alvo quando chegam próximas da planta

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Divulgação/Jacto

Para se ter uma boa lavoura, livres das principais pragas, o manejo das aplicações de agentes fitossanitários deve ser preciso. Basta um ventinho diferente para que os produtos aplicados se percam à deriva. Além de jogar dinheiro ao vento, o produtor terá plantas que não receberam as moléculas protetoras e, assim, corre riscos mesmo feitas as aplicações, seja em soja, milho, algodão ou outra cultura.

Os inseticidas e fungicidas, de gotas extremamente finas, são bastante suscetíveis à deriva. Mas uma tecnologia recentemente lançada no mercado brasileiro pretende acabar com essas perdas e deixar mais homogêneo o depósito desses materiais nas plantas, do começo ao fim do ciclo. Marcella Guerreiro, engenheira agrônoma na Jacto e uma das profissionais responsáveis pelos testes a campo do equipamento, explica que o sistema utiliza dois princípios para otimizar as aplicações: vento e eletrostática.

De acordo com ela, ventos que chegam a até 100 km/hora direcionam as gotas dos bicos para baixo. Essas gotas dos inseticidas e fungicidas, carregadas com carga negativa, são atraídas para a planta, de carga neutra, quando chegam próximo a ela. “Esse equipamento pode ser usado em diferentes culturas. Na hora que a máquina estava disponível fomos a campo para fazermos testes de depósito, para ver distribuição (dos inseticidas e fungicidas) e observar como a máquina estava respondendo. O sistema está acoplado em uma máquina bico a bico, direcional. O sistema nada mais é que você fazer o carregamento eletrostático das gotas com cinco mil volts, que é a tensão que a gente está utilizando. Essa tecnologia é indicada para aplicação de fungicidas e inseticidas, quando o agricultor usa gotas extremamente finas. A gente sabe que a gota fina é sensível, pode ser perdida facilmente. Então a gente carrega as gotas negativamente. O vento da cortina leva as gotas até nosso alvo e quando essas gotas chegam perto da planta são atraídas pelo fato de a planta ser carga neutra, isolada”, destaca Marcella Guerreiro.

De acordo com a engenheira agrônoma, “essa tecnologia do carregamento eletrostático e do vento vertical ajuda a ter depósito melhor (do produto na planta) na hora da aplicação”. A cortina de vento, de acordo com ela, se adapta ao estágio da planta. “A cortina de vento tem cinco velocidades. A mais forte chega a cem quilômetros por hora em vento vertical. São cinco velocidades para acompanhar todo o desenvolvimento da cultura, desde quando ela é mais nova até que ela já esteja bem folheada. Se você colocar vento muito alto em baixa densidade foliar você tem rebote”, menciona.

O vento ajuda, ainda, o produtor a ter uma aplicação mais homogênea, de acordo com a profissional. “Como o vento abre a cultura, a gente consegue fazer esse depósito (de pesticidas) em todos os extratos da planta. A gente tem uma boa distribuição no decorrer do alvo”, sugere Guerreiro.

Uso mais racional de defensivos

Além de ter uma lavoura coberta com mais homogeneidade, o que, em tese lhe garante maior produtividade, o produtor que opta por essa tecnologia, segundo a profissional, pode reduzir o uso desses defensivos agrícolas. Em sua opinião, a prática é importante para quem quer diminuir o volume de inseticidas e fungicidas nas lavouras, reduzindo custos de produção ao mesmo tempo em que busca uma agricultura mais sustentável, dedicada a reduzir os impactos ambientais. “Quando você reduz o volume (de defensivos) você tem que ter segurança maior do que você está aplicando. Então a gente acoplou mais tecnologia na máquina. Essa tecnologia vem para dar mais segurança, com o carregamento eletrostático da gota e o direcionamento para o alvo. A gente acaba reduzindo a perda com deriva. A deriva nunca vai sumir 100%, mas tudo que a gente puder acoplar na máquina para reduzir as perdas a gente faz. O produtor acaba tendo uso mais eficiente. Além, é claro, de saber que o produto foi bem depositado e a planta reage de uma maneira positiva”, amplia.

A máquina permite ainda fazer a dessecação da lavoura. “Você consegue fazer os dois tipos de operações. Os produtores rurais estão animados com o equipamento, pois trabalhar com gota fina é extremamente sensível, ela é suscetível às condições climáticas. Tudo que a máquina consegue fazer para te ajudar a levar a gota até o alvo antes que se perca é muito bem-vindo”, reforça a engenheira agrônoma.

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de março/abril de 2019.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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