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Capacitações digitais da Semana Nacional da Carne Suína destacam paixão pela proteína
Com formato inovador, colaboradores de todo o país poderão se conectar para participar e se engajar para o período de campanha nas lojas
Os treinamentos da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS) começam nesta terça-feira (15). Este ano em formato totalmente digital, e na plataforma que melhor se adequa às necessidades de cada rede participante, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) conseguirá capacitar um número ainda maior de colaboradores. Até o dia 25 de setembro, as oito redes de varejo participarão de transmissões on-line de um encontro composto por bate-papo com foco em informações sobre a produção e dúvidas no contexto atual e oficina com o chef e apresentador Jimmy Ogro que vão preparar e treinar todos os times de loja, principalmente os de açougue sobre a saudabilidade, versatilidade e qualidade da carne suína.
O viés educativo é o pilar estratégico da SNCS, e é através do foco na disseminação de informações corretas, embasadas e positivas sobre a carne suína, que a ABCS consegue garantir o sucesso da campanha. Pois essas mesmas informações serão repassadas posteriormente pelos colaboradores aos clientes nas lojas. Para Lívia Machado, diretora de marketing e projetos da ABCS, a campanha é motivo de orgulho. “A gente começou esse trabalho há oito anos e hoje vemos os frutos dentro das redes. Por isso é fundamental que consigamos chegar cada vez mais em um número maior pessoas, o que o formato virtual nos possibilita e que planejamos de forma estratégica para este ano. Esperamos que todos os participantes saiam dos treinamentos verdadeiramente apaixonados por carne suína.”
Por isso, dentro deste universo a ABCS busca dar destaque a dois tópicos: saúde e sabor. O médico veterinário, consultor da ABCS e presidente da comissão de aves e suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Iuri Pinheiro, conduzirá a primeira parte do treinamento, com um bate-papo didático e focado em saúde e segurança da produção de suínos. Com o tema “Proteína animal: novos tempos, mais segurança e diferentes oportunidades”, Iuri buscará responder as principais dúvidas dos consumidores em relação a carne suína. Além disso, ele abordará a importância da segurança alimentar na manipulação de alimentos, os riscos que a Covid-19 e outras zoonoses representam para o setor alimentício, e os usos da carne na promoção da saúde humana. Para ele é muito importante levantar esses assuntos junto ao varejo. “Neste momento de pandemia as pessoas estão ainda mais atentas à saúde, é muito importante poder entender e mostrar a carne suína como um alimento seguro e um aliado no aumento da imunidade. Esse período abriu também um grande horizonte de oportunidades para o varejo, já que as pessoas passaram a se alimentar mais em casa.”
Em seguida, o chef de cozinha Jimmy Ogro, conhecido pelas participações no programa Mais Você, ao lado de Ana Maria Braga, e com mais de 180 mil seguidores nas redes sociais, vai assumir o bastão com a oficina “Paixão por carne suína.” Jimmy, que é um amante da carne suína, vai contar um pouco sobre sua própria história com a proteína e explicar o por que ele gosta tanto de inseri-la em suas criações culinárias. Como forma de personalizar o treinamento, o chef vai trabalhar com cortes de carne suína escolhidos previamente de acordo com as necessidades e interesses de cada varejista. Os colaboradores vão poder aprender de onde vem cada corte, dicas de preparo para o dia a dia, temperos básicos que vão bem em qualquer ocasião e sugestões de acompanhamentos, focando sempre na versatilidade e na praticidade da carne suína. Além disso, ele vai aproveitar a ocasião para desmistificar algumas crenças populares, como o ponto que a carne suína deve ser cozida por exemplo. Segundo ele, “é uma oportunidade incrível de olhar para esses profissionais que cuidam tão bem do que a gente gosta. Eu sou frequentador desses supermercados, então conhecer as pessoas que estão do outro lado do balcão e contribuir para a formação e comunicação deles junto aos clientes é muito bom.”
As redes de varejo também abordarão junto com a ABCS as estratégias para o período de campanha, além de apresentar para os colaboradores que estiverem assistindo detalhes sobre as campanhas de marketing que serão comunicadas ao consumidor nas lojas, redes sociais e demais meios.
As capacitações são privadas e exclusivas de cada rede. Confira o cronograma e fique ligado nas redes sociais da ABCS (Instagram, Facebook e LinkedIN) e do Mais Carne Suína (Instagram e Facebook) para saber mais sobre cada treinamento.
Sobre a SNCS 2020
Este ano a SNCS traz o tema “inove, descubra e reinvente a carne suína no seu dia a dia” pensado exclusivamente para este novo momento, onde os hábitos de compra e de consumo foram modificados pela pandemia de Covid-19. Dentro desta nova realidade, a campanha busca impactar os consumidores através dos meios digitais, provocando-os a redescobrir a carne suína de maneira prática, saborosa e também como uma aliada a manutenção da saúde. De primeiro a 15 de outubro, com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Sebrae e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) a campanha ganhará forma em oito bandeiras do varejo: Carrefour, Extra, Pão de Açúcar, Grupo Big, Hortifruti, Natural da Terra, Lopes Supermercados e Oba Hortifruti.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.