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Candidatos ao cargo de Adido Agrícola participam de curso preparatório no Instituto Rio Branco

Atualmente, o Mapa possui 28 adidos agrícolas designados junto às representações diplomáticas no exterior.

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Foto: Divulgação/Mapa

Teve início no dia 25 de setembro, a décima edição do curso de preparação para o exercício da missão de assessoramento em assuntos agrícolas, para candidatos a adidos nas representações diplomáticas brasileiras na China, Estados Unidos, Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, na Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e na Missão do Brasil junto à União Europeia, em Bruxelas.

A capacitação, organizada em colaboração entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), está sendo realizada no Instituto Rio Branco (IRBr), academia de formação diplomática do MRE, e será concluída na próxima sexta-feira (29).

Este ano, 20 profissionais sêniores, com conhecimento em temas agrícolas, foram finalistas aos postos de adido agrícola. As 9 candidatas e 11 candidatos foram submetidos a processo criterioso, que contou com avaliação curricular, comprovação de proficiência em idioma estrangeiro, prova de títulos, prova discursiva em português e em idioma estrangeiro, além de entrevista.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), em função da importância do setor, é natural que o agronegócio ganhe cada vez mais relevância na diplomacia brasileira e na inserção internacional do país.

“Considerando a relevância do assessoramento técnico que esses servidores altamente qualificados exercem desde 2009, quando os primeiros oito adidos agrícolas foram designados, o número de adidâncias tem aumentado gradualmente”, destacou o secretário da SCRI, Roberto Perosa.

O Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do MRE, Embaixador Maurício Lyrio, por sua vez, ressaltou “a satisfação do Itamaraty em participar da seleção e formação dos adidos agrícolas, que são peça importante na promoção de interesses comerciais do Brasil em mercados-chave”.

Nos cinco dias de curso preparatório, os candidatos aprofundarão conhecimentos sobre a organização das representações diplomáticas brasileiras; técnicas de negociação; assessoria de imprensa; organizações econômicas e contenciosos; geoeconomia; cooperação internacional e atração de investimentos; imagem do agronegócio; sustentabilidade e regulação; temas técnicos sanitários e fitossanitários; dentre outros assuntos. Os candidatos também receberão orientações de todas as Secretarias do Mapa, por meio de seus Secretários.

Participaram da cerimônia de abertura do curso a diretora-geral do Instituto Rio Branco, Embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, o Diretor do Departamento de Política Comercial da Secretaria de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Embaixador Fernando Pimentel, e o Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Atualmente, o Ministério da Agricultura e Pecuária tem 28 adidos agrícolas designados junto às representações diplomáticas no exterior. Até o início de 2024, 29 adidos serão designados, com previsão de ampliação nos próximos anos. A duração da missão é de até quatro anos consecutivos, não prorrogáveis.

A atuação dos adidos agrícolas é fundamental para o enfrentamento de vários desafios que surgem em negociações comerciais agrícolas, bem como para a identificação de oportunidades de avanço de interesses comerciais brasileiros. O adido agrícola é o elo entre o Mapa e as contrapartes do governo local e atua na intermediação dos interesses brasileiros em estreito alinhamento com a representação diplomática local.

Seleção e resultado

A seleção de 2023 teve por objetivo identificar candidatos aptos a substituir oito adidos cujos mandatos estão se encerrando, além de um candidato para ocupar a segunda vaga da Embaixada do Brasil em Pequim, China. Após a seleção, os servidores mais bem colocados – até três por posto -, foram indicados ao Ministro da Agricultura e Pecuária, o qual seleciona os profissionais a serem indicados ao Presidente da República (PR), ouvindo previamente o Ministro das Relações Exteriores. O curso de preparação para o exercício da missão é pré-requisito para a designação pelo PR. Espera-se que os nove novos adidos sejam designados ainda em 2023 e iniciem suas missões no começo de 2024.

O Instituto

O Instituto Rio Branco (IRBr) foi criado em 1945, na esteira das comemorações do centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira. Inicialmente instituído com a dupla finalidade de tratar da formação e aperfeiçoamento dos funcionários do Ministério das Relações Exteriores e de constituir um núcleo de estudos sobre diplomacia e relações internacionais, o instituto tornou-se, ao longo de seus quase 70 anos de existência, referência internacional como academia diplomática. O IRBr é responsável, ainda, pela realização do Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas e do Curso de Altos Estudos, obrigatórios para os diplomatas que almejam a ascensão na carreira.

Fonte: Assessoria Mapa

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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