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Campus da USP de Pirassununga, CFM e GMAB/FZEA-USP assinam convênio para fornecimento de genética ao rebanho Nelore do Campus da Universidade

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Parceiros há mais de 20 anos, a Agro-Pecuária CFM e o Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP (GMAB/FZEA – USP) em conjunto com a Prefeitura do Campus da USP de Pirassununga, dão um passo além em prol da evolução da pecuária nacional. A partir de novembro, a CFM é a fornecedora de genética para o Campus de Pirassununga (SP) da Universidade de São Paulo.

Com o convênio, o rebanho de 600 matrizes Nelore do Campus da USP de Pirassununga já tem, nesta estação de monta, parte sendo inseminada e outra parte em monta natural com animais e sêmen da CFM. “Ficamos muito contentes quando a Prefeitura do Campus da USP de Pirassununga nos procurou para celebrar esta parceria no fornecimento de genética – com touros e sêmen CFM – e também de todo nosso Know-how na seleção genética. É uma parceira a ‘seis mãos’, com a contribuição e coordenação do Grupo de Melhoramento Animal da Faculdade de Zootencia, que já é nossa parceira a mais de 20 anos. Com certeza, é uma responsabilidade muito grande, mas que trará enormes ganhos para a pecuária da USP e por que não para toda pecuária nacional, já que é um campo de experimentos a céu aberto”, enfatiza o coordenador de pecuária da CFM, Luis Adriano Teixeira.

Durante a parceria, o rebanho de matrizes e seus filhos serão acompanhados pelo GMAB, liderado pelos pesquisadores José Bento Sterman Ferraz e Joanir Pereira Eler. A contrapartida, oferecida à CFM pelo prefeito do Campus, Flávio Meirelles, é o acesso total aos dados obtidos na avaliação dos animais. “Temos uma fazenda experimental de 2.269 hectares, com mais de 1,1 mil cabeças de gado, ou seja, um projeto muito grande. Não podemos nos furtar em empregar o que há de melhor em materiais genéticos no nosso rebanho”, pontua Flávio Meirelles. “Por isso, procuramos a CFM. Confiamos muito na genética deles e sabemos o que ela pode oferecer em termos de melhoramento, abrindo uma relação em que todos ganham: os alunos, que têm contato com um material de altíssima qualidade, a instituição e a CFM”, complementa José Bento Ferraz.

“Com esta parceria avançamos muito no controle dos dados para evolução genética de nosso rebanho experimental. Buscamos a CFM pela segurança que temos de anos juntos ao seu programa de melhoramento. Focaremos nestes animais, originados a partir da próxima safra, em características de desempenho ponderal, fertilidade e precocidade, marcas registradas da genética da CFM”, explica Joanir Pereira Eler.

“Temos alguns objetivos claros com o convênio, que são melhorar a produção pecuária do Campus, orientação e integração com o nosso programa de seleção, padronizar os animais que ali são criados e que servem para os projetos internos de pesquisa, além de difundir o resultado do melhoramento genético com o produto da CFM junto aos alunos”, complementa Luis Adriano Teixeira.

A Parceria Público-Privada entre a CFM e o GMAB, através dos professores José Bento Ferraz e Joanir Eler, rendeu até hoje mais de 250 trabalhos técnicos e científicos, entre teses, anais etc. Segundo José Bento, neste período os touros CFM conseguiram ganhos genéticos na ordem de quase 46 kg a mais de peso ao sobreano, o que em uma conta rápida significa ganhos extra de quase R$ 28 mil por filho de touros CFM (considerando que cada touro gera em média 150 filhos em sua fase reprodutiva e multiplicando o valor pelo preço pago na arroba). “Este é um número que não existe em nenhum outro programa de melhoramento bovino”, enfatiza.

Outro dado interessante: o Programa de Seleção CFM é o responsável pelo aumento na precocidade de prenhez das matrizes Nelore. “Lançamos um desafio, que era o de reduzir o início da fase reprodutiva das vacas CFM de dois ou até três anos há 20 anos, e hoje elas já entram em reprodução aos 14 meses. Atualmente, fazendas clientes da CFM estão emprenhando 50% ou até mais de suas matrizes já aos 14 meses de idade, um ganho imensurável”, descreve Ferraz. “Em 20 anos, avaliamos mais de 50 mil touros. Sendo assim, não seria errado afirmar que qualquer brasileiro bom comedor de carne já provou pelo menos um pedaço do produto de uma das linhagens da CFM”, acrescenta o pesquisador.

Até os dias de hoje, a CFM já produziu mais de 36 mil touros Nelore CEIP e é responsável por eventos comerciais revolucionários, como o Megaleilão Nelore CFM, que em 2014 chegou à sua 16ª edição, comercializando 1.500 animais, entre touros e matrizes, além de ser a pioneira na seleção com base na avaliação genética focada em características econômicas e a principal fonte dos demais programas de seleção do Brasil.

Fonte: Ass, Impr. da CFM

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Óleo de soja mostra recuperação em setembro enquanto farelo continua em queda

Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis (MT).

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O óleo de soja iniciou setembro com leve reação em Chicago, após ter caído fortemente em agosto. Já o farelo, segue em trajetória de baixa desde junho. O preço interno do óleo de soja fechou agosto com valorização e segue em alta no início de setembro, mês que pode marcar a sexta alta seguida para o derivado.

No Brasil, as exportações de óleo de soja atingiram 114 mil toneladas em agosto, volume 43,6% inferior ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com pequena valorização observada para o preço da soja, a alta do óleo favoreceu a elevação do spread de esmagamento.

Preços do farelo na CBOT e em Rondonópolis. Fonte: CBOT, IMEA.

O óleo de soja subiu 0,5% na parcial dos dez primeiros dias de setembro, para USDc/lb 41,50, enquanto o farelo apresentou desvalorização de 1,8% no mesmo período, para US$ 317/t. O esmagamento americano de soja segue aquecido, registrando em julho 5,3 milhões de toneladas, 4,3% acima que no mesmo mês do ano passado, como resposta à produção de biocombustíveis do país e ao aumento da capacidade de produção de diesel renovável.

Nos primeiros 10 dias de setembro, a valorização é de 3% no Mato Grosso, para R$ 5,3 mil/t. A demanda interna de óleo para a produção de biodiesel continua aquecida, dando sustentação para os preços.

No acumulado de janeiro a agosto, os embarques de óleo de soja alcançaram 965,3 mil toneladas, 49% abaixo do registrado nos primeiros oito meses de 2023, com a maior parte do óleo ficando no mercado interno para abastecer o aumento de 2 p.p. na mistura obrigatória do biodiesel.

Em agosto, o spread de esmagamento (calculado utilizando os preços da soja, farelo e óleo em Rondonópolis), apresentou alta, diante da ligeira queda no preço da soja e alta do óleo. Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis.

Esmagamento mensal acumulado, EUA. Fonte: NOPA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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