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"Caminhos da Genética" será um dos destaques da InterCorte São Paulo

Iniciativa é um desdobramento do projeto "Caminho do Boi", que a cada edição da InterCorte SP aprofundará uma das estações, começando pela genética

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Uma das novidades da InterCorte São Paulo, evento que encerra o circuito itinerante que vem percorrendo alguns dos principais polos de produção pecuária do Brasil, e que será de 15 a 17 de novembro, no WTC Golden Hall, é o “Caminhos da Genética”, um desdobramento do projeto “Caminho do Boi”.

Criado para que os visitantes simulem o trajeto realizado pelo animal de corte, desde a fazenda até o varejo, o Caminho do Boi, que já montado em eventos como Agrishow e InterCorte, conta com diversas estações que mostram cada etapa do processo de produção de uma carne de qualidade, como genética, sustentabilidade, sistemas produtivos, bem-estar animal, infraestrutura e manejo, pesquisa, inovação e conhecimento, gestão, sanidade, indústria, associativismo, mercado e carne. Para que cada desses aspectos seja aprofundado e discutido, a cada edição da InterCorte São Paulo terá um dia dedicado a uma estação do Caminho do Boi. O primeiro será a Genética, com a realização do seminário “Caminhos da Genética” no dia 15 de novembro, o primeiro do evento.

Durante todo o dia mais de 30 debatedores, entre pesquisadores, técnicos, profissionais de programas de melhoramento genético e centrais, representante de associações de raças e pecuaristas discutirão os diversos aspectos que influenciam a genética bovina. Temas como animais de pista, aplicações práticas do melhoramento genético, o impacto do uso de animais melhoradores selecionados em testes de desempenho e eficiência alimentar, uso da genômica no campo, reprodução, produtividade, lucratividade e sustentabilidade na utilização de animais melhorados serão tratados em um formato dinâmico e interativo.

“Com a idealização do ‘Caminhos da Genética’ procurou-se pontuar os avanços científicos e tecnológicos alcançados ao longo da história do melhoramento genético. Para isso, teremos informações claras e de fácil acesso ao pecuarista, o que assegurará que os avanços considerados primordiais permitam a continuidade do posicionamento do Brasil como detentor de genética bovina competitiva no mundo. Ainda com esse evento busca-se garantir a consolidação e a expansão do melhoramento genético animal, focando nas metodologias disponíveis para o progresso da bovinocultura, pensando na ‘Pecuária do Futuro’, que só será possível se os elos Genética e Sustentabilidade caminharem juntos, constituindo-se em elemento fundamental para o sucesso da cadeia produtiva de carne, fortalecendo-a como componente essencial do agronegócio brasileiro”, explica Renata Helena Branco Arnandes, Diretora Técnica de Departamento do Instituto de Zootecnia – IZ, um dos parceiros do “Caminhos da Genética” na InterCorte São Paulo.

“O trabalho que a Intercorte vem fazendo de levar informação e provocar o debate em regiões produtoras de carne é muito importante para o setor. E a proposta de em São Paulo começar uma trilha de aprofundamento, seguindo, ano a ano, os passos da cadeia da carne – ou do ‘Caminho do Boi’ faz todo sentido, pois permite reunir na capital econômica produtores de todas as regiões para um intercâmbio de ideias e bons exemplos das melhores práticas e das tendências para o futuro da agropecuária. Ficamos muito contentes em ver o projeto ‘Caminho do Boi’ se desdobrando para além de chamar a atenção para a importância da integração da cadeia produtiva, mas também para permitir um olhar mais de perto para cada etapa envolvida numa produção de carne de qualidade dentro de uma proposta de pecuária sustentável em todos os sentidos – ambiental, social e economicamente”, avalia a vice-presidente executiva da Beckhauser, Mariana Soletti Beckheuser, uma das idealizadoras do “Caminho do Boi”.

InterCorte São Paulo
Além do “Caminhos da Genética”, a InterCorte São Paulo, que no mais completo complexo de negócios da América Latina, o World Trade Center São Paulo, terá três dias de uma diversificada programação envolvendo os diversos elos da cadeia produtiva da carne, como um evento em comemoração aos dez anos do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS); congresso da APPS – Associação dos Profissionais de Pecuária Sustentável; encerramento do Circuito InterCorte 2017, que percorreu estados como Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Tocantins com workshops sobre o tema principal “Entender para Atender”; encontro do grupo Beef Radar; e um espaço para degustação e eventos gastronômicos. Nesse período, de 11 a 19 de novembro, será promovida a Angus Beef Week São Paulo, com a participação de diversos restaurantes da cidade que oferecerão ao consumidor pratos especiais com cortes de animais Angus.

A edição da InterCorte em São Paulo terá ainda uma feira de negócios com a participação de empresas de referência na pecuária, que lançarão no evento suas inovações tecnológicas para tornar a pecuária cada vez mais produtiva e rentável. Já confirmaram presença na InterCorte São Paulo as empresas Ourofino, AgroMaripá, Cargill-Nutron, Matsuda, Romancini, Mundial Bens, SBC Certificadora, Beckhauser, Trouw Nutrition, Brutale, Toledo, Casale, CRI Genética, Deltagen, Wolf Seeds, Rubber Tank, ORO AGRI, ABCT – Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã, Associação Goiana do Tabapuã, Illumina, Multibovinos, Minerthal, Balanças Açores, Estância Bahia, ABCB Senepol e Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental – Simbrasil.

“A InterCorte São Paulo será a convergência de diversas iniciativas que vêm sendo desenvolvidas nesse grande movimento em prol da carne bovina, seja com a realização de eventos em diversos pontos do Brasil seja com a campanha #SomosdaCarne, que tem um papel muito importante, especialmente neste ano em que setor vive grandes desafios”, destaca Carla Tuccilio, diretora do Terraviva Eventos, realizadora da InterCorte.

 

Fonte: Ass. Imprensa

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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