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Câmara Setorial do Leite e Derivados retoma atividades em 2022

Na pauta de discussão, elaboração de ações de marketing e promoção do leite gaúcho e seus derivados, além do cenário de certificação de propriedades como livres de brucelose e tuberculose.

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Fotos: Fernando Dias

Com sua última reunião realizada em dezembro de 2020, a Câmara Setorial do Leite e Derivados retomou suas atividades na terça-feira (19), com a condução do vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, ao posto de coordenador. Na pauta de discussão, elaboração de ações de marketing e promoção do leite gaúcho e seus derivados, além do cenário de certificação de propriedades como livres de brucelose e tuberculose.

Marketing de fomento ao consumo de leite
Em pauta proposta pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Câmara Setorial deve compor um grupo de trabalho que elabore um planejamento de marketing e promoção do consumo do leite gaúcho e seus derivados. Uma reunião foi agendada para ocorrer no dia 20, à tarde, durante a Expoleite/Fenasul, com o objetivo de apresentar ações já existentes de incentivo ao consumo do leite e detalhes sobre a Instrução Normativa 75 do Ministério da Saúde, que estabelece os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nos alimentos embalados e entra em vigor a partir de 1º de outubro deste ano.

“É importante que tenhamos um grupo de pessoas, apontadas pelas entidades que participam da Câmara Setorial, que possam elaborar um projeto para sensibilizar a população para o fomento no consumo de produtos lácteos, focando na saudabilidade do leite do Rio Grande do Sul”, destacou Rodrigo Rizzo, assessor especial do secretário da Agricultura, Domingos Velho Lopes.

Nessa reunião, a extensionista da Emater/RS-Ascar Mara Helena Saalfeld apresentará livro elaborado por ela sobre a origem do leite, voltado para o público infantil, cujo lançamento será feito na Expoleite/Fenasul. O livro já está em impressão e será utilizado pela Emater em seus escritórios regionais. Já o pesquisador Rogério Dereti, da Embrapa, falará sobre o Projeto Leite Seguro, que tem como objetivo gerar soluções para maximizar a segurança, qualidade e integridade do leite e derivados no Sul do Brasil.

Tuberculose e brucelose
A coordenadora do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ana Groff, abordou alguns fatores associados ao acesso dos produtores ao programa, dando destaque à certificação da propriedade como livre de brucelose e tuberculose, feita de forma voluntária.

“Somos um dos estados que mais certifica, mas temos condição de evoluir mais. Precisamos desmistificar a ideia de que a certificação é um processo caro e difícil. A certificação exige dois testes, com intervalos de seis a 12 meses entre eles, então não envolve um custo maior para propriedades que já fazem o teste anual”, explicou. De acordo com os inquéritos epidemiológicos do programa, a prevalência de tuberculose no rebanho do Rio Grande do Sul é de 0,8%, com apenas 2,8% nas propriedades positivadas. Já os casos de brucelose representam 0,22%.

Outro ponto importante é o diferencial do Rio Grande do Sul frente aos demais estados produtores, por contar com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). O Fundo paga 75% da indenização por abate sanitário, sendo os 25% restantes de responsabilidade do Ministério da Agricultura. “O Fundesa é muito ágil na liberação do recurso para indenização. Desde 2008, todas as inspetorias da Seapdr orientam o produtor a acessar esse recurso”, complementou Ana.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destacou o papel importante do setor produtivo no estímulo para que cada vez mais produtores busquem a certificação de suas propriedades como livres de tuberculose e brucelose. “O setor agroindustrial é o indutor da adesão ao programa pelo produtor, oferecendo orientação e estímulo, inclusive financeiro, para a certificação. São visíveis as empresas que trabalham de forma efetiva, como o sistema cooperativista, que vem trabalhando de forma intensiva a questão dos testes”, exemplificou.

Para Allan Tormen, produtor rural e integrante do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), a certificação tornou-se uma questão gerencial das propriedades. “Uma vaca doente não pode vender leite: a sanidade é uma questão gerencial. A certificação é um caminho sem volta, trata-se da saúde dos animais e da nossa saúde também, de quem trabalha e quem consome”, finalizou.

Como encaminhamento, o assunto da certificação das propriedades como livres de brucelose e tuberculose será tratado na próxima reunião da Câmara Setorial, trazendo exemplos positivos do setor produtivo.

Participaram da reunião as seguintes entidades: Banrisul, Comissão das Indústrias Fabricantes de Equipamentos para a Pecuária do Leite do Simers (Ciepel/Simers), Conseleite/RS, Cooperativa Piá, Emater/RS-Ascar, Embrapa, Farsul, Fecoagro, Fetag-RS, Fundesa, gabinete do deputado estadual Zé Nunes, Ministério da Agricultura, Sebrae, Secretaria da Fazenda, Sindicato Rural de Venâncio Aires e Sindilat.

Fonte: Assessoria

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Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

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Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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